Capítulo 3 - Somos dois diferentes que tentam ser iguais

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Capítulo 3 - "Existe um traço, não se pode romper, não se pode mudar sua direção e muito menos driblá-lo. Se me levou até ti, você é o outro lado dele, então não ouse fugir."

#CoroaFalsaTK 👑🏰

Jungwook

Após a fala proferida por meu pai, consegui sentir desde os mais finos até os mais grossos vasos sanguíneos que rodeavam meu corpo pulsar. Nunca duvidei da tecnologia de MonteFort, na realidade é o extremo contrário disso, mas não mentirei quando digo não querer tanta rapidez. Poxa! Eu iria embora para - provavelmente - outro país e viveria lá por tempo indeterminado, longe da minha família e de meus amigos! Preciso de tempo para pensar e me acostumar com a ideia.

Na real, eu só disse que de certa forma estava pronto para poder acalmá-los e fugir de um estresse desnecessário. Não me encontro nem um pouco pronto para ficar completamente sozinho em um território desconhecido.

Ok, posso estar exagerando....

Mas sou um príncipe.... acho que o desespero vale.

— Achou quem, tio? — Hoseok, que antes possuía minha almofada na boca, pergunta para o meu pai que agora percebe que eu não estou sozinho. — Perdão, majestade.

— Hoseok, já disse inúmeras vezes que pode me chamar de tio. Todos vocês podem, antes de ser rei, sou o pai do Jungwook. — Ele sorri, e com o olhar me indica para sair.

Eu e meu pai determinamos um meio de comunicação por olhares quando necessitamos conversar sobre um assunto urgente e não temos como citar ele em frente a outras pessoas. É algo bem fácil de entender; duas piscadas significam que depois nos falaríamos; uma encarada e uma virada mínima representavam a urgência e que deveríamos conversar nesse exato instante, isso foi exatamente o que ele fez agora.

— Galera, vou conversar com meu pai aqui e já volto. — Entrego as almofadas para Moon, ela as segura e assente juntamente com os outros.

Saí do quarto e logo depois um dos soldados que veio acompanhando meu progenitor, fecha a porta. Não lembro seu nome, então apenas sorrio sem graça.

— Que rapidez foi essa? Vocês chamaram o Flash?

— O quê? — Ele ri, passa a mão pelo cabelo e suspira. Essa era uma chata mania que ele tinha. —  Não, não, nada disso. Achamos só uma pessoa e ela mora no Japão.

— Oh, pensei que apenas iríamos procurar entre MonteFort e Coreia.

— E estamos procurando! Só que o doutor Nakamoto por acaso encontrou esse moço, preciso que o veja. — Ele aperta o primeiro botão da camisa social e sorri um pouco aliviado, pelo menos é o que parece.

— Tudo bem.... pai, o senhor acha que dará certo? — Mesmo que eu quisesse esconder o medo e a insegurança por baixo de falas com o tom mais firme, meu pai me conhecia o suficiente para perceber logo de cara.

Ele sabia que eu sentia medo e tenho certeza que o mesmo não estava muito atrás.

— Não posso garantir nada agora, por mais que eu queira. Só consigo afirmar que tudo está caminhando para um sim. — Sorriu singelo e logo depois beijou minha testa.

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