PrinSosia [kth + jjk] ♤

Capítulo 17 - Apenas um porto-seguro

OIE SÓSIAS!

Me desculpem pela baita demora para postar o capítulo. Nas notas finais explicarei tudinho então peço que leiam 🥺

Usem a tag para comentar pelo tt, ajuda na divulgação!!

Tava com muitas saudades de vocês e dos comentários então sem mais delongas, boa leitura sósias ♤

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Capítulo 17 - E quando tudo pareceu perdido você apareceu dando um sentido que nunca pensei que precisaria para viver.

#CoroaFalsaTK 🏰👑

Jungkook

No meus últimos anos no Ginásio, antes de entrar na maratona final para conseguir passar numa faculdade, uma professora olhou no fundo dos meus olhos e com um coreano falho porém compreensível disse que eu precisava achar um rumo para a minha vida ou as circunstâncias tomariam conta de tudo fazendo com que no fim eu vivesse no automático com coisas que nunca quis. Professora Gertrudes tinha pouco mais de cinquenta anos naquela época, vinha da Inglaterra e ensinava inglês de uma maneira tão ambiciosa que era impossível não gostar de suas aulas e não se dedicar em sua matéria, todos os alunos faziam questão de deixá-la orgulhosa com seus resultados mas ainda mais com suas escolhas de futuro.

Ela foi uma das únicas professoras que sempre nos incentivava a seguir nosso coração para irmos em busca de nossos sonhos.

Todas as quintas-feiras tínhamos o deslumbre de suas aulas e o final de todas elas era sempre fechado com chave de ouro, palavras de encorajamento e lições de moral. No último dia de aula, quando ela me disse aquilo, professora Gertrudes reconheceu o quanto estava perdido dentro de mim mesmo ao ponto de não ter nem uma perspectiva de futuro agradável ou pelo menos desejado e depois de tanto tempo consigo ver como ela tinha razão. Essa conclusão não começa com meus sonhos, meus desejos ou pelo menos algo que tenho em mente para conseguir, ela começa quando percebo que nunca me dei ao luxo de me conhecer melhor.

Eu não me conheço. Isso é um fato.

Ter a completa certeza disso é como saber que tenho braços, pernas, e tudo o há de visível em meu corpo, mas só descubro que possuo um sinal no meio das costas porque alguém viu e comentou a respeito. É morar em um lugar durante anos mas não saber nem ao menos o nome de um vizinho. É sobre tudo isso e um pouco mais e sou breve com essas palavras porque não me conheço ao ponto de dar exemplos que condizem com essa assimilação.

Você não pode falar sobre algo que não sabe.

Ter pensado a respeito disso em um momento de extrema sensibilidade conseguiu me deixar desnorteado ao ponto dos dedos ficarem frios e a nuca formigar com força. A ficha caiu com toda pujança em um período curto de tempo enquanto pensava sobre como conseguir fugir dos encontros com Taehyung pelos próximos dias apenas para não acabar tendo dor de cabeça a respeito de uma relação conturbada cheia de altos e baixos a todo o momento. Pensei em coisas que poderiam deixar explícito uma diferença gigantesca entre mim e o príncipe tal como o gosto musical, literário, cor preferida, interesses e todas essas merdas.

De todos, na maior sinceridade, só consegui responder os dois primeiros sendo ambos respondíveis porque era nesse mundo de sons e palavras que eu queria viver, então o sentido é que eu os conheça. Sentir a noção disso foi como uma facada no peito, algo entrando com crueldade e brusquidão entre minha pele e corpo para que sentisse aquilo que nunca dei a mínima: meu eu. O mais engraçado - sendo até curioso também - é só ter noção disso quando tenho que me passar por outra pessoa que também não é uma pessoa qualquer, é um príncipe. Perceber que não me conheço o suficiente enquanto pratico o papel de um personagem todos os dias foi uma coisa que nunca imaginei que aconteceria e ver que aconteceu divide meus pensamentos entre achar bom e achar ruim já que de qualquer forma tomei noção desse fato de maneira quase palpável.