Capítulo 7

6.1K 387 25
                                    

Lilith K. Petrova

Acabamos de chegar nessa tal de Mistic Falls, é pequena, e fofa. A Bonnie ficava resmungando o quanto o Damon é idiota por confiar numa outra duplicata vadia. Mas fazer o que né? Nem todos tem bom gosto o suficiente para gostar de mim.

– Chegamos, Lili. Seja bem vinda a minha casa.- Diz dando uma de “gentil” para irritar a Bonnie.

Eu: Obrigado, Damon.

Pegamos nossas malas e ele me dá permissão para entrar.

– Elena! Você tá...- Um cara de topete e olhos verdes me agarra e eu taco ele na parede.- Katherine, onde está a Elena?

Eu: Não sei, e se soubesse não diria.

Damon: Lili, esse é meu irmão, Stefan, a amiga de Elena, Caroline, e o irmão da Elena, Jeremy. Pessoas, essa é a Lilith Katerina, a duplicata entre a Katherine e Elena.

Bonnie: Ela é mais vadia e mais malvada que a outra.

Damon: Já disse para não falar assim dela.

Eu: Damon, aqui tem um bar, de preferência um lugar sem essa bruxa, que eu só não matei ainda por sua causa.

Damon: Caroline, pode levá-la no Mistic Grill?

Caroline: Não vai tentar me matar né?

Eu: Não. Só vou tentar, e talvez conseguir se você me irritar.

Damon: E o humano?

Eu: Leve-o para um quarto, dê comida e logo ele vai dormi. E nada de provar o sangue dele, Salvatore.

Damon: Mas cheira tão bem!- Debocha de mim.

Eu: Mantenha suas presas longe do meu humano. Tá avisado, Damon.

Eu e a loira saímos da mansão Salvatore, e fomos andando até o tal Mistic Grill.

Caroline: Matt, um suco de laranja por favor, o que vai querer?

Eu: Um bourbon.

Caroline: E um bourbon.- O cara se vira com o suco e o bourbon e começa a me encarar.

Eu: Não sou a Elena, e também não sou a Katherine, então por favor, não começa.

Matt: C-como?

Caroline: Duplicata do meio, e protegida do Damon.

Após bebermos, ela me leva para conhecer a cidade.

Caroline: Você tem quantos anos?

Eu: 17.

Caroline: É sério.

Eu: 119.

Caroline: Não parece ser como a Katherine, além do jeito de se vestir.

Eu: Porquê é o que eu quero que pensem, a história é longa, mas não perca seu tempo, sua amiga vai me fazer de diabo, então foda-se.

Caroline: Mas eu quero escutar, e eu decido o que acho.

Eu: Tem certeza?- Ela assentiu, e sentamos numa praça.

Caroline: Me conte um pouco sobre você, toda duplicata tem sua história trágica.

Eu: Então a minha está concorrendo a pior. Provavelmente nasci aqui, depois fui abandonada num orfanato do Canadá, lá não era um bom lugar, mas eu era uma boa menina, e nem mesmo boas meninas escapavam da maldade do mundo na época.

Flashback ( A partir daqui pode conter gatilho para quem já passou por assédio, tentativa, ou abuso sexual, e agreção física e verbal .)

Eu tava brincando com as meninas, quando a diretora do orfanato me chamou, quando cheguei a sala dela ela disso:

– Lilith, esse é o senhor Tompson, ele quer conhecer você melhor. Que tal amostrar todo o orfanato a ele?

O cara tinha aparentemente 50 a 60 anos, nada mais que isso.

– Sim, senhorita Lemos. Venha comigo senhor Tompson.

Comecei a mostrar o orfanato para ele, e chegamos na parte vazia do orfanato, era a área do banheiro que estava em reforma.

– Esse é o banheiro, mas não devemos entrar nele, está interditado.

– Deixe-me ver, Lilith, a senhorita Lemos disse “todo o orfanato”, isso inclui o banheiro quebrado.

Eu assenti, fui educada a obedecer os mais velhos e não desconfiei das más intenções.

Abri a porta e entrei na frente, foi quando ouvi a porta ser fechada e o trinco fechado.

– Senhor Tompson, a senhorita Lemos não gosta de portas fechadas.

– Ela não vai saber nada do que aconteceu aqui mesmo, então fique quietinha.

Ele veio até mim, e eu me afastei assustada.

– Não tenho medo querida, é só uma brincadeira, eu sou o médico tenho que examinar a paciente.

– Vamos brincar aqui?- Perguntei inocentemente.

– Sim, querida, você vai ser minha filha, preciso saber se sabe brincar direito.

Ele veio até mim, me sentou na pia e levantou minha saia.

– Olha que calcinha fofa, vamos tirar ela para o doutor examinar.

– A senhorita Lemos disse que não podemos.

– Não ligo, cala a boca vagabunda! Você vai fazer o que eu quiser!- Ele falou minha boca, e me começou a abaixar minha calcinha.- Para de chorar menina irritante. Você vai gostar!

Eu mordi a mão dele, e pulei da pia, ele me pegou e começou a dar tapas na minha cara.

– Sua vagabunda! cê vai aprender a fazer o que eu quiser!

Foi quando uma energia jogou ele para longe, e ele desmaiou, eu sai correndo e encontrei uma das funcionárias, a única que acreditou em tudo que aconteceu.

Flashback Off

Caroline: Como ele pôde? Você era só uma criança.

Eu: Não sei, mas graças a minha magia não aconteceu nada.

Caroline: O que aconteceu depois disso?

Eu: Com ele nada, mas eu cresci, digamos que eu continuei sendo uma versão da Elena. Até perder meu amor, aos 50 anos, depois disso eu deixei de ser tanto como a Elena, e apesar de ter feito coisas ruins, só virei uma versão da Katherine quando perdi minha magia e vi que as pessoas que eu chamei de família pouco se importavam com meu sofrimento.

Caroline: Não conheço a história de suas antecessoras mas se eu achei triste sem você contar todos os detalhes, imagine se me contasse.

Eu: Você iria querer cortar os pulsos, e não é num bom sentido.

Caroline: Não importa o que a Bonnie diga de você, não vai mudar a imagem que eu tenho de você.

Eu: Que imagem?

Caroline: Você desde pequena sofreu, e tentou ser boa, sua vida não foi fácil, você perdeu muita coisa e muitas pessoas, inclusive uma coisa que você amava, e só se rendeu ao “mal” após anos, você foi forte em continuar. Eu já teria ficado má a muito tempo. Não se importe com o que vão achar dessa sua nova versão, se gostavam verdadeiramente de você antes, vão continuar gostando, te entender e te apoiar.

Eu: Wow! Você é uma boa concelheira.

Caroline: Obrigado. Mas agora eu acho melhor voltarmos, antes que achem que a “duplicata mais vadia, e mais malvada” me matou.- Gargalhei com a imitação dela.

Eu: Vamos.

Voltamos para a casa de Damon conversando, eu só não esperava que dessas conversas, surgiria uma amizade verdadeira, com alguém que não tivesse relacionada aos Cullens.







Wicked - Alec Volturi Onde histórias criam vida. Descubra agora