Onde tudo começou...

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Meu nome é Carla, Carla Johnson, mais conhecida como a "nerd popular".
Acabei de me mudar pra uma cidade nova por conta do emprego do meu pai, aqui é bem longe de onde eu morava e não conheço nada por aqui.
Nos mudados pra uma casa grande, bem maior do que a que eu morava.

A campainha acabou de tocar, parece ser a vizinha que estava nos observando quando guardávamos as mudanças. Minha mãe vai diante a porta e as recebe. Tinha duas mulheres, pareciam ser mãe e filha. Então a mulher que parecia ser a mãe da menina que estava ao seu lado disse:

- Oii, vi que vocês são novos aqui, muito prazer, me chamo Elisangela, sou sua vizinha aqui do lado! - olhando para menina ao seu lado completou:
- Essa é minha filha, se apresente.

- Oi, me chamo Gabriella - disse a menina meio envergonhada.
Ela parecia ter mais ou menos a minha idade, foi então quando minha mãe disse:

- Prazer, me chamo Vanilda, aquela ali na cozinha é minha filha Carla.
Acenei com a mão dando um leve sorrisinho de lado.
- Sua filha é linda! Ela parece ser bem gentil, espero que ela e a Carla se deem bem. - falou minha mãe.
E a conversa continuou por um bom tempo...

Mais tarde naquele mesmo dia, minha mãe foi fazer minha matrícula na escola nova, ela me matriculou na mesma escola que a Gabriella estuda, o que vai ser um saco! Pois vou ter que forçar amizade com a menina. Nunca fui muito de me enturmar, sou sempre na minha, mas dessa vez minha mãe me obrigou.

No dia seguinte, bem cedo, a campainha toca novamente. Adivinha quem é? Gabriella me esperando pra ir para escola.
Me despedi da minha mãe e fui até o ponto de ônibus com a minha nova "amiga".
Até então só tinha rolado um "oi" e nada mais. A garota parecia ser muito tímida e desastrada.
O clima já tava ficando chato, o ônibus estava demorando, então resolvi puxar assunto.

- Então..., quantos anos você tem? - perguntei.
- Eu tenho 16 e você? - respondeu ela baixinho.
- 17 - respondi.
Ouve novamente um silêncio, então acabei concluindo que seria mesmo eu que teria que puxar assunto.
- Você sempre morou aqui? - perguntei curiosa.
- Sim, desde que eu nasci - respondeu ela.
Dei um leve suspiro e com coragem falei:
- Você não fala muito, mas eu vou morar aqui por um bom tempo e não conheço muita coisa por aqui, a gente vai ter que se conhecer melhor.
- Sim, eu costumo falar muito, mas fico tímida com pessoas novas, daqui um tempo quando pegarmos intimidade eu não vou parar de falar - respondeu ela dando um sorriso.
Dei um sorriso falso fingindo ter gostado da idéia.

O ônibus chegou, subimos e fomos para a minha nova escola.

Por traz da InocênciaOnde histórias criam vida. Descubra agora