Capítulo 10 - Scottie, não faça isso!

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Dois meses se passaram. Donna já está no sétimo mês e meio de gestação. Antes de ir trabalhar ela sempre passava alguns minutos se olhando no espelho, admirando o tamanho da sua barriga e conversando inconscientemente com Harriet.

- Estou gigante! - pensou alto, enquanto vestia mais um vestido folgado para ir trabalhar.

- Não está não, está cada dia mais linda - respondeu Harvey enquanto apertava a gravata fazendo Donna dar um breve suspiro.

- Eu mal consigo ver meus pés, Harvey. E você só fala isso porque tem medo de apanhar - brincou Donna. Harvey se aproximou dela e a abraçou por trás.

- Donna.... você sabe que eu não minto para você não é? - ela fez que sim com a cabeça - E quando eu digo que você está cada vez mais linda, você está cada vez mais linda - e deu um beijo no pescoço da ruiva - agora, vamos, estamos atrasados hoje.

Os dois tinham mais uma consulta com a Dra. Montgomery, mas dessa vez era para montar o plano do parto de Harriet. Donna e Harvey chegaram ao consenso de que seria uma cesárea. Addison explicou para eles todo o procedimento que envolvia a operação e o pós operatório. Harvey às vezes ficava branco com os detalhes sobre corte, sutura e afins, Donna que segurava uma mão dele, alisava o seu braço sempre que possível numa forma de acalenta-lo. Seguiram para mais um ultrassom e tudo normal com Harriet. Dra. Addison estava mostrando aos pais, mais uma vez ,a fisionomia do bebê no monitor, deixando Specter maravilhado, ele ficava todo emocionado quando via a filha se desenvolvendo. E aconselhou que Paulsen começasse a reduzir o ritmo de trabalho já que estava nos meses finais da gravidez.

À noite, pouco antes de dormirem, Donna estava sentada na cama de Harvey, encostada na cabeceira, usava um óculos grande e preto e lia um romance de Shakespeare.

- Sabe... - falou Harvey - eu tenho que confessar que tive muitas fantasias com você - Donna o olhava desconfiada - e imaginar você usando óculos era uma delas. Mas agora aqui, te vendo na minha cama, lendo e usando um óculos preto.... Se for um sonho, por favor não me acorde - completou ele ainda secando o cabelo recém lavado com a toalha, fazendo Donna atirar um travesseiro na direção dele - Donna.... - ele começou e se sentou ao lado dela na cama fazendo carinho na barriga - Você já imaginou como a nossa filha será?

- Já ... . Espero que ela tenha o meu gênio - brincou Donna

- Estou falando fisicamente..... Eu imagino que ela será um bebê morango.

- Você e essa fixação em morangos.

- Eu falo sério, imagino que ela vai ser igualzinha você, branquinha quase transparente, ruivinha e cheia de sardas - os olhos de Harvey brilhavam ao falar.

- Hum... já eu não a imagino assim, sabia?! Eu acho que ela vai ser parecida com você, com seu tom de pele, uma boquinha de gato, os cabelos castanhos claros e óbvio que com o meu nariz né!

- Tá dizendo que meu nariz é feio?

- Não, mas o meu é mais bonito vai! - falou Donna em um tom convencido.

- É.... Não posso negar. Donna, tive uma ideia. Vamos apostar?

- Apostar?

- É, você acha que Harriet vai ser mais parecida comigo e eu acho que ela vai ser mais parecida com você, ai, a gente aposta algo.

- Hummm, certo. Vamos apostar 1 mês trocando as fraldas dela - sugeriu Donna

- Feito. Quem perder vai trocar as fraldas de Harriet por 1 mês - e estendeu uma mão para Donna - Apostado? - Donna apertou a mão dele de forma firme.

- Apostadíssimo.

Harvey então deitou ao lado de Donna e colocou sua cabeça próximo a barriga dela.

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