Capítulo 33 - O começo do fim.

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Era uma sexta a noite, e como de praxe, uma sexta no mês, Donna e Harvey tiravam a noite para assistir um filme com as filhas em casa. Cada um colocava o filme que gostaria de assistir num papel, depositavam numa caixinha, e se fazia o sorteio; nesta noite a escolha de Harriet tinha sido a sorteada, a animação Anastacia, filme que ela gostava bastante desde criança. Sentaram na cama do casal os quatro, Louise, Donna, Harvey e Harriet, nesta ordem; Louise tinha um balde de pipoca em mãos para ela e Donna, Harriet tinha um também para ela e Harvey.
Donna mantinha a cabeça no ombro direito de Harvey que as vezes lhe passava o indicador na bochecha, ele inclinou-se e deu um beijinho demorado em Donna, Louise como sempre não gostou muito.

- Para de beijar a minha mamãezinha- Louise recriminou Harvey franzindo a testa e abraçando Donna.

- Deixe de ciúmes bobo, ruivinha - Harvey brincou, tornando a beijar Donna.

- Para! - Louise choramingou.

Harriet segurava o riso vendo aquela situação toda. Donna pausou o filme e virou-se de frente para a criança.

- Louise, fala aqui para mamãe...por que você não gosta quando seu pai tem algum ato de carinho comigo? - Donna indagou; Louise ficou pensativa por uns instantes.

- Por que você é minha mamãezinha- a criança respondeu.

- Sou… mas também sou a mulher do seu pai -Paulsen disse pacientemente - E é normal e saudável que os casais troquem carinhos.

- O papai chegou primeiro que a gente, bonequinha! - Harriet disse.

- Chegou não! - Louise respondeu zangada e fazendo bico.

- Ruivinha, o papai está na vida da mamãe há mais de 14 anos - Harvey disse; Louise ficou contando nos dedos.

- Mentirinha sua, por que a Eti tem 13 anos - a criança argumentou.

- Então, a mamãe é do papai antes mesmo da sua irmã mais velha nascer - Harvey explicou; Louise ficou em silêncio ponderando tudo.

- Hum… - a criança resmungou antes de continuar-  Dou meu parecer depois do filme - Louise disse, passando por cima da mãe, ficando entre Donna e Harvey; os pais se entreolharam.

- Você sabe o que é um parecer, ô ruivinha? - o pai indagou.

- Sei sim…. É analisar a situação e dar uma opinião sobre ela - Louise respondeu.

- Quando eu digo que ela é um mini robô vocês não acreditam - Harriet brincou.

Os quatro tornaram a assistir o filme.

- Hora das princesas irem dormir - Harvey falou pegando Louise no braço.

- Mas eu quero dormir aqui - a criança pediu.

- Eu também- Harriet disse.

- O que vocês não me pedem chorando que eu não faço sorrindo-  o pai brincou enquanto montava o colchão ao lado para as filhas.

O casal deitou em sua cama e as crianças no colchão ao lado, Harriet ficou de joelhos para ficar numa altura que desse acesso aos pais.

- Se eu convencer ela sobre deixar de lado o ciúme do papai, vocês me dão um celular? - Harriet perguntou sussurrando.

- Não prometo nada - Donna respondeu e Harvey apenas levantou os braços.

A adolescente tornou a deitar no colchão com a irmã que passou uma perna em seu quadril.

- Ise… - Harriet a chamou baixinho - Você tem que deixar de lado esse ciúme bobo do papai.

- Hum.. Não sei - a criança respondeu.

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