In Another Body

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— Eu te disse para viver sem fazer nenhum ruído, como se estivesse morta. — suou a voz grossa nos meus ouvidos.


Você era a sombra para minha luz
Você sentiu nossa conexão?
Um novo começo, você desaparece


Eu sentia algo frio bater contra meus joelhos. Desde quando que a minha cama era tão fria? E eu nem estava deitada mas sim, ajoelhada. De quem era essa voz grossa? Eu morava no meu apartamento sozinha, não tinha contato com nenhum homem, então eu estava sendo assaltada?

Abri meus olhos que até então estavam fechados. Minha visão estava turva e eu não via o que estava em minha volta claramente. Mas agora tinha certeza que não estava na minha cama. E nem na minha casa. Que lugar era aquele?

— Eu ouvi que você fez uma cena bem no banquete de celebração pelo retorno do Príncipe Herdeiro. Qual era o problema da vez? Uma Lady estava com o mesmo vestido que você? Ou a comida não estava do seu agrado, ao ponto de fazer um tumulto? — mesmo sem olhar para aquela pessoa podia saber que ele me odiava só pela forma que ele falava, era com desprezo. Era como se ele cuspisse as palavras para cima de mim.


Foi tudo minha fantasia?
Onde você está agora?
Você era apenas imaginário?
Onde você está agora?


— É sempre a mesma coisa, estou cansado de você. —

Banquete? Príncipe? Só pode ser uma piada. Eu estava sonhando?

Ao olhar para a pessoa que era para ser o assaltador arregalei meus olhos como nunca fiz antes. Era apenas um sonho. Só podia ser um sonho porque não tem como o Neji Hyuga, um personagens fictício de um jogo, estar na minha frente agora me dando sermão por algo que só Deus sabe porquê. Aqueles olhos cor de pérolas, aqueles longos cabelos, de dar inveja castanhos. Aquele corpo perfeito musculoso que não existe. Isso! Não existe! Então ...

Porquê ó santo Deus eu estava ajoelhada na frente dele?

Que sonho mais absurdo eu estava tendo?

— Não vai falar nada? — ele falou ríspido.


Outro sonho
Os monstros correm selvagens dentro de mim
Estou desaparecendo
Tão perdida


Ao abrir minha boca para falar nada saiu. Nem um pio. Tentava de novo e de novo mas minha voz apenas não saia era como se eu tivesse perdido a habilidade da fala. Isso era agoniante. Agora eu estava seriamente assustada e isso já não parecia ser apenas um sonho. Tudo parecia real de mais. Olhei de novo para mim mesma e notei que estava com um longo vestido que ia até meus pés acinturado rosa bebe, tinha mangas longas e era cheio de babados, isso eram jóias de verdade? Meus cabelos eram muito longos de cor preto-azulado, e iam até um pouco mais abaixo da cintura.

Nunca que meus cabelos foram tão longos e nem dessa cor!

Aonde eu estava? E de quem era esse corpo?


Opções de fala :

1 Opção =
Não se meta nos meus assuntos ! ( Gritar )

2 Opção =
Não sei do que está falando.

3 Opção =
Bem ... é que ...
( Com uma voz lamentável )


Mas o que é isso?

— Bem ... é que ... — saíram as palavras ao abrir a minha boca.

Essas eram as palavras da terceira opção que eu estava pensando em escolher. Eu só pensei que para aquela situação, essa seria a melhor resposta e logo, tipo automaticamente minha boca proferiu aquelas palavras sozinha. Aquilo me dava arrepios, como se eu estivesse em um filme de terror.

Nestas águas rasas, nunca encontrarei
O que eu precisava
Eu estou desapegando
Um mergulho mais profundo

Então quer dizer que agora não posso mais falar o que eu quero? Eu tenho que escolher opções de fala?

— Continue. — ele incentivou.


Opções de fala :

1 Opção =
Me desculpa, eu me arrependo.

2 Opção =
A culpa é toda daquela estupida serva !
( Irritada )

3 Opção =
Meros servos zombaram de mim, uma nobre senhorita !
( Irritada )

— Me descu ... —

— Se isso fosse algo que pudesse terminar com um simples pedido de desculpas, não estaríamos na frente um do outro, nesse exato momento. — respondeu frio, sem deixar eu terminar minha frase.

— A partir desse momento, eu ordeno que você fique em condicional. Não somente está proibida de comparecer em banquetes, mas também está proibida de sair de seu quarto. Pense em como agiu errado e pense em como vai agir a partir de agora. —

Espera, o quê? Mas o que eu fiz de errado? Onde eu errei?

— Hinata Hyuga. — fiquei em choque ao ouvir esse nome sair de sua boca. Meu coração errou algumas batidas.


Sob o brilho , mas as luzes estão
desbotadas
Onde você está agora?


Não, não! Você está errado! Eu não sou essa pessoa, meu nome é Hinata Takamura e não Hinata Hyuga. Eu sou uma Universitária com boas notas, uma jovem de dezoito anos que vive longe de sua família. Já chega, alguém por favor me acorde desse pesadelo!

O encarei nos olhos mas minha atenção foi desviada quando vi algo brilhando em cima da cabeça do Neji. Eram números ... números de favorabilidade.

Neji Hyuga = 0 %

— Volte para o seu quarto. A conversa acabou. — ele me deu as costas e com passos lentos e majestosos se retirou do grande salão em que estávamos.

— Sua retardada, tem sorte que sua punição foi tão leve. — suou a voz grossa de forma cínica.

Kiba Hyuga estava encostado na parede do salão de braços cruzados há minha esquerda, não muito longe de mim. Ele me lançava um olhar de ódio o que me fazia tremer de medo. Seus cabelos estavam desarrumados, o contrário de suas roupas que estavam perfeitamente arrumadas. Em suas bochechas, bem debaixo dos olhos castanhos ele tinha duas marcas de nascença. Seu corpo não era muito diferente do seu irmão. Musculoso na proporção perfeita.

Kiba Hyuga = -10 %

Arregalei os olhos ao ver o que estava escrito em cima de sua cabeça. Aquilo era o símbolo de morte certa. Quando a favorabilidade está em número negativo significa que a pessoa me odeia ao ponto de querer me matar e se os números continuarem crescendo em forma negativa, a morte é certa. Nesse caso, a minha morte poderia vir pelas mãos de Kiba.


Onde você está agora ?
Estou desaparecendo
Tão perdida


Não aguentando mais a pressão e o medo crescente em meu corpo, eu desmaiei.

The Survival Plan of the Villainess Onde histórias criam vida. Descubra agora