Capítulo 3 - A reconciliação

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Lembra do voto e boa leitura

15 de dezembro de 1977

Emília Selwyn

Já tinha quase três semanas que o Sirius não falava comigo, talvez pelo fato que eu estava o evitando. Ia para as aulas, depois corria para biblioteca onde Severo me ensinava o conteúdo como um general, tínhamos revisado todo o conteúdo até ali e começávamos a fazer resumos antecipados do que restava. Comia o mais longe possível dele e me trancava no quarto o resto do tempo.

Fazia checagens semanais do bebê, na primeira semana Lily e Marlene foram comigo, na segunda Severo me acompanhou com a desculpa que queria ter certeza que não ia cair da escada no caminho já que elas estavam ocupadas nesse dia.

E hoje na terceira semana indo à enfermaria decidi andar um pouco em volta do castelo antes da consulta, seria a última antes do recesso, estava frio e a neve se acumulava . Acabei me afastando um pouco quando ouvi um barulho de galho quebrando.

- Régulos? - meu até então cunhado parecia ter me seguido.

- Eu não quis te assustar - se manteve imóvel alguns metros de mim.

- Então me seguir foi a forma que escolheu para fazer isso?

- Precisava falar com você.

- É só falar, não precisava me seguir até um local deserto.

- Não tem outro jeito de perguntar então vou ser direto - se aproximou olhando nos meus olhos - você esta grávida do meu irmão?

- Não tem forma sutil de responder isso, então também vou ser direta. Eu estou grávida do Sirius.

Passaram - se alguns minutos em total silêncio, o vento era o único som audível vez ou outra balançando as folhas. Comecei a me sentir desconfortável então dei alguns passos em direção ao castelo, Régulos segurou meu pulso.

- Preciso ir a enfermaria, madame Pomfrey já deve esta esperando para me examinar e ver se tudo está bem com o bebê.

- Posso ir com você? - estranhei sua pergunta, mas concordei. Sua mente parecia envolta numa grande luta interna.

Andou ao meu lado um pouco afastado e sem falar comigo, nos nunca tínhamos trocado muitas palavras, ele estar ali parecendo minimamente interessado no sobrinho me deixava muito confusa.

- Senhorita Selwyn, bem vinda - papoula me levou ate um leito afastado - não imaginei que o pai do seu filho fosse o Black mais novo.

- Ele...

- Eu vim conhecer meu sobrinho - me interrompeu.

- Claro. Imagino que esteja animado.

- Sim - ele encarava minha barriga ainda plana - já da pra saber o sexo?

- Eu acabei de fazer três meses Régulos. E decidi que só saberei na hora do parto.

- O que o meu irmão acha disso? - perguntou quando a enfermeira saiu por alguns instantes.

- Não conversamos sobre ainda - o Black fez uma careta.

- Prontos? Como é a primeira vez acompanhando quer ouvir o coraçãozinho? É uma das partes mais emocionantes.

- Podemos? - seus olhos brilharam por alguns segundos, ele parecia um menininho que ia comer a sobremesa antes do jantar, meu coração se derreteu um pouco. Contudo no fundo sabia quem eu queria ali.

O som que preenchia meu peito de amor começou a soar e o moreno se aproximou de olhos fechados como se ouvisse a mais bela sinfonia numa cara vitrola.

Ele me ajudou a levantar da cama quando o exame acabou, durante todo o processo fez perguntas sobre a gravidez e como seriam os próximos estágios. Foi bem mais demorado do que geralmente seria.

A origem das estrelas - O início (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora