apaixonada pelo sr. Urrea? [noany]

epílogo

Any Gabrielly

- Mãe, Marina! - Isabelle vem correndo até mim.

Marina e eu estavamos terminando de preparar um almoço especial que teríamos hoje. Claro que eu não sei cozinhar, aqui em casa, quem cuida disso são meu marido e meus filhos.

Por que eu faria se tenho meus cozinheiros particulares?

- O que foi, louca? - pergunto para Belle.

- Lucca me viu beijando o James. - balançou as mãos frenética. - Ele bateu no garoto e ameaçou contar pro papai. Meu plano de apresentação harmoniosa de hoje vai por água a baixo, mãe!

- Ele o quê? - Marina olha para minha filha surpresa.

- Cacete! - paro de amassar a batata. - Se fodeu.

- Mãe!

- Calma, Belle. Vou conversar seriamente com aquele moleque. - Marina enxuga as mão séria.

- É, minha filha. Marina consegue pôr seu irmão na linha.

Sorrio lembrando das vezes que minha futura nora já acalmou esse moleque pavio curto, dando um jeito nele.

Apesar do seu temperamento, ele é um ótimo rapaz.

Um ótimo filho e namorado. Ele teve sorte de conhecer a Marina, a primeira mulher que o acalma quando ele tem crise de ciúmes de sua irmã. Nem eu consigo livrar a pele de Belle. E se ele é assim, imagine Noah. Ele não podia ver ela conversando com um amiguinho da escola que já ameaçava o menino.

E nesse exato momento, Lucca entra na cozinha bufando e para assim que ver nós três juntas.

- Ah, então quer dizer que vocês são cúmplices? - cruza os braços. - O papai vai adorar saber que estavam acobertando a Isabelle.

- Se você contar pra ele eu volto no tempo e te aborto. - ameaço. - Não aceito X9 na minha casa.

Ele me olha perplexo e enfim encara sua namorada.

- Lucca Urrea, precisamos conversar. - ela diz saindo da cozinha, deixando um Lucca nervoso e um pouco amedrontado.

- Se fodeu, meu bebê. - sorrio de sua expressão.

Ele passa a mão no rosto e sai atrás da namorada. Essa menina tem algum poder, só pode.

Desde que Lucca a conheceu, tem mudado drasticamente para melhor. Quantas vezes eu o via entrar em confusão por causa de mulheres comprometidas, ou os pais furiosos que vinham tirar satisfações com ele, ou os tapas que eu dava nesse moleque sem jeito. Quantas vezes não pedi por um juízo pra ele, e finalmente o universo trouxe Marina.

Uma menina alegre, amável, gentil e muito divertida. Uma terceira filha pra mim.

Isabelle cai na cadeira aliviada, com as mãos no rosto.

Eu sorrio dela. Minha filha sempre foi toda certinha e estudiosa, e para Noah, sempre foi uma bebê, então um namorado estava fora de questão.

Quatro anos mais velho que Isabelle, Lucca tem 20 anos e um juízo infantil. Um pouco mimado, já que Noah o mimava demais quando pequeno. Eu não podia brigar com o garoto porque meu marido brigava comigo. Com Isabelle foi a mesma coisa, mas ela parece não ter sido afetada pelo carinho exagerado do pai. Ela puxou pra mim em quase tudo, ainda bem.

- Eu amo a Marina. - ela suspira. - Eu juro que não sei o que faria se ela não o acalmasse.

- Nem eu. - admito. - Bom, você termina o purê?