3- sou uma funcionária stripper

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Any Gabrielly

Aqui estou.

Na minha sala fazendo hora extra. Isso, porque, segundo o chefinho, cheguei um minuto atrasada.

Sério isso? Por causa de um minutinho? Esse homem deve ser aqueles obcecados por pontualidade.

Confesso que eu também gosto de pontualidade, mas na hora que coloquei o pé na empresa, era oito da manhã. Não tenho culpa se cheguei na sala dele às oito e um. OITO E UM. Isso nem deveria ser considerado atraso, fala sério!

Nesse primeiro dia de trabalho, ele me fez mais raiva do que dois anos aturando a siliconada da Zoe. Esse homem é louco e perfeccionista.

Ele me mandou refazer um relatório por conta da droga de um ponto final que eu havia esquecido na última linha. Sim, a ausência de um ponto final me fez refazer todo o relatório, e sem essa de "copiar e colar".

Ele disse que isso é coisa de preguiçoso, e eu sou preguiçosa, mas aqui estou eu... refazendo a merda do relatório. Meus dedos estavam doloridos de tanto digitar.

Depois das reuniões, surgiu mais relatórios. Eu estava acostumada com isso, claro! Mas eu sempre dei conta do meu trabalho sem precisar de hora extra. Mas hoje, o sr. Chefinho decidiu que eu iria fazer hora extra por causa da merda de um minuto. Nunca odiei tanto o número um!

Acho que sobrou somente eu de funcionária nesse prédio. Tirando os seguranças e o chefe.

Depois de algum tempo, termino o relatório e vou em direção à sua sala. Bato e ouço um entre. Ele estava mexendo no computador e me olha de cima a baixo com uma expressão séria. Volta a me encarar com as mão cruzadas e os cotovelos apoiados na mesa.

─ Diga, senhorita Gabrielly.

─ Senhor, - falei. ─ aqui está o relatório. - entrego e ele da uma rápida olhada.

─ Dispensada. - disse.

O olho incrédula com a boca aberta. Ele não vai agradecer?

─ Não me ouviu, senhorita Gabrielly? Ou vai dormir no prédio?

─ Claro, senhor. - estalando os dedos. ─ Com licença. - digo de forma seca e me viro.

Marco me agradecia, pensei, Mas esse aí...

Voltando para minha sala, arrumo minhas coisas e saio da mesma. Ando em direção ao elevador, aperto o botão e espero o mesmo chegar. Quando chega, entro e vejo o reflexo do meu chefe vindo em direção ao elevador.

Seguro a porta ou não?

Decidi não segurar, pra ele aprender a me agradecer, mas o infeliz chega a tempo, e a porta se abre. Me viro e o mesmo entra. A porta se fecha, e o clima não é nada relaxante.

─ Não ia parar a porta para mim, senhorita Gabrielly? - pergunta depois do elevador descer um andar.

─ Não o vi, senhor Urrea. - Mentira!

─ Eu sei que viu, senhorita Gabrielly. - diz sem me olhar. Tenho a impressão de que ele fala meu nome com provocação.

─ Se o senhor está dizendo... - falo sem olhá-lo. Mas percebo que ele vira o rosto para mim.

Passamos um tempo em silêncio, até que ele o quebra.

─ A senhorita é uma péssima mentirosa. - diz. O olho e ele está olhando para a porta do elevador. Depois me olha. A porta se abre e vejo o estacionamento, saio parando na porta.

apaixonada pelo sr. Urrea? [noany]Onde histórias criam vida. Descubra agora