Any Gabrielly─ Bom dia, senhor Urrea! - falo com um sorriso falso.
Ele me olha atentamente nos olhos sem expressar nenhuma emoção. O que será que ele está pensando? Será que vou ser demitida? Oh, meu Deus! Não posso ser demitida. Sinto meu sorriso sumir, por pensar em tal possibilidade.
Ainda olhando nos olhos do meu chefe, vejo-os rolar sobre meu corpo, o que não me deixou nada à vontade.
─ Pode me explicar o que está havendo? - diz ele, finalmente. Mas ainda olha meu corpo.
Coro.
Envolvo meus braços em volta do meus tronco, a fim de me esconder, o que não dá muito certo, mas faz com que o cara na minha frente volte a olhar nos meus olhos.
─ D-Desculpe-me, senhor Urrea. E-Eu... na verdade, a água... É... - paro. Com ele me olhando desse jeito não dá. ─ Eu... derramei água na minha roupa...
Ele me olha como se estivesse pensando em algo, e de repente ele fecha a porta. Vou ser estuprada!
Ele começa a desabotoar o paletó azul-marinho que usa. Eu deixo meus braços caírem, quando ele termina de desabotoar. Ele vem se aproximando, e eu dou passos para trás, afim de afastar, até que esbarro na maldita mesa. Ele retira a peça de roupa, ficando somente de blusa social branca, se aproximando ainda mais.
─ Senhor Urrea, eu vou chutar suas bolas se você se aproximar de mim! Isso é assédio! - falei estendendo o braço, para fazê-lo parar. Ele me olha confuso.
─ O que você achava que eu iria fazer, senhorita Gabrielly? - perguntou ainda confuso.
─ É... eu não sei! Não sei o que se passa nessa sua cabecinha mandona.- falo. Ele estende a mão com a peça. Encaro-a e depois volto a olhar para Noah, que agora tem um sorriso convencido nos lábios. ─ O que significa isso?
─ Vista isso, e peça alguém para trazer uma blusa. Não quero... - para fazendo uma expressão pensativa. ─ Não posso ver minha secretária assim.
Hã?
─ Hã... obrigada, senhor! - falo pegando a roupa, me vestindo em seguida. Ele coloca as mãos no bolso da calça, ainda me encarando.
─ Você está sangrando, Senhorita Gabrielly. - diz. O olho sem entender, e ele aponta para meu nariz. ─ O que houve?
Sangue...?
─ S-San... - toco meu nariz, ao sentir a umidade do meu próprio sangue e levá-los à vista. ─ Oh! Deve ter sido na hora que a porta abriu. Ou melhor... quando você abriu. - viro bruscamente para pegar um lenço na minha bolsa, mas paro no mesmo local por conta de uma tontura repentina e passageira.
─ Senhorita Gabrielly? - ouço a voz de Noah, um pouco ecoada. Tudo gira. ─ Você está bem?
─ Sim! - estapeio minhas bochechas levemente. ─ Só uma tontura rápida.
Continuo a procurar o lenço na bolsa, encontro uma todo amassado, o uso e jogo na lixeira próxima de minha mesa. Me viro e o cara ainda me olha. Sério... isso tá dando medo, já.
─ Ligue para alguém trazer uma roupa pra você. - disse com seu semblante sério.
─ Claro, senhor. - falo. ─ Dispensado.
Ele me olha confuso. E sinceramente, me arrependi de ter dito isso. Tá certo que, de alguma forma, meu sonho era dizer isso. E se fosse com o senhor Marco, sorriríamos feito loucos, porque nos gostamos... mas aqui é o estúpido Urrea. Esse cara não tem senso de humor nenhum, a não ser a desgraça alheia. Aposto a alma de Krys que ele se divertiu com meu estado deplorável.
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apaixonada pelo sr. Urrea? [noany]
Fanfic(concluída) +noany| Any Gabrielly é uma mulher bastante dedicada ao trabalho e a sua família, seu único melhor amigo. Órfã de pais, começou a ter responsabilidade muito jovem ainda, sem tempo pra romances duradouros. Hoje em dia, ela trabalha na emp...