Seis

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Depois da noite que tivemos, Caterina dormiu profundamente em meus braços, eu, ao contrário, fiquei pensando sobre o ocorrido

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Depois da noite que tivemos, Caterina dormiu profundamente em meus braços, eu, ao contrário, fiquei pensando sobre o ocorrido.

Sem sono, vou para o escritório escrever, no intuito de aplacar o turbilhão em minha cabeça.

Aproveitei o ensejo e mandei mensagem para o advogado da empresa, com o intuito de saber como prosseguir depois do ato sofrido por Caterina.

Por volta das três da manhã, me embrenho nos lençóis ao lado de Cat, trazendo seu corpo para mim.

Ela nem sequer se mexe em seu sono, e é cheirando seu pescoço que durmo tranquilamente.

Por volta das sete, confirmo olhando o relógio de cabeceira, a companhia toca, me fazendo levantar para saber quem é a esta hora.

— Bom dia, filho, estava dormindo?- Ao abrir a porta meu pai entra, vestido num terno escuro.

Coço os olhos, cansado ainda pelas poucas horas dormidas.

— Pai, hum... bom dia, a gente tinha algo marcado?

Ele nunca marca as coisas, mas não custa tentar fazê-lo entender que não marcamos com uma boa indagação.

— Vim para termos uma reunião, você sabe que a rede de cafés Lady Hoffman é o sustento da família...- Ele senta no sofá, de frente para mim.

Cuido da empresa da família, mas meu pai não deixa de me lembrar que embora eu administre, não é minha, que não a criei.

E tudo bem, não é o que eu amo. Suspirando fundo, eu fecho a porta e vou sentar de frente para meu pai.

— Então marque um horário na empresa, pai, isso não é hora de reunião nenhuma.

Ele conserta seu terno, provavelmente pensando em como me responder.

— Por isso anda negligenciado o trabalho?

Lá vem!

— Tenho executado meu trabalho muito bem, ninguém tem se queixado- Além dele, obviamente— Ando trabalhando muito ao lado do Kenedy.

Pela cara de Alberto Hoffman não é o suficiente.

— Então eu te ensinei tudo errado, porque...- E começa a distribuir sua opinião capitalista.

Fecho os olhos por um momento, porque o sermão sem motivo vai durar.

Espero que não o dia todo!

Acordo sem o corpo do homem com quem dormi, então levanto e vou para o quarto ao lado, ver se Ravi já acordou, mas o mesmo permanece em sono profundo, os cílios longos e muito claros tocando seu rosto

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Acordo sem o corpo do homem com quem dormi, então levanto e vou para o quarto ao lado, ver se Ravi já acordou, mas o mesmo permanece em sono profundo, os cílios longos e muito claros tocando seu rosto.

Ajeito as cortinas, garantindo que nenhum raio de sol possa entrar, pois embora o sol de antes das 10h não seja tão prejudicial a saúde do meu irmãozinho, ainda assim eu temo.

Deixando-o dormir por mais tempo, por ser sábado, me encaminho para a sala, atrás de Hugo.

— Te esperei junto com Kenedy ontem para o jantar com os empresários chilenos- Ouço alguém dizer.

— Estive ocupado com algumas coisas- Agora ouço a voz do Hugo.

— Meu filho, para um Hoffman é sempre trabalho em primeiro lugar.

Mais alguns passos e estou na sala, ajeito a camisa do Hugo em mim e pigarreio para avisar da minha entrada.

— Ah, uma empregada, bom dia, será que pode passar um café para nós?

— Pai!- Hugo ralha.

Uma inevitável risada sarcástica sai de mim.

— Eu não sou a empregada, senhor...

— Alberto Hoffman- Fala como um pavão vaidoso— Acreditei que seria a empregada por...

—...Por conta da minha cor de pele, bem, senhor Alberto Hoffman, eu não sou a empregada da casa, creio eu que seu filho nem tenha uma, a considerar pela bagunça- Digo olhando nos seus olhos de um escuro castanho— E saiba que isto que não o deixei completar, é rascimo, e existe uma lei pra isso.

Olho uma última vez para Hugo, parado como uma estátua a me encarar, antes de eu virar as costas e sair da sala.

— Droga, pai, ela é minha namorada!- Ouço Hugo falar— E não vou tolerar que a trate desta forma.

É extremamente cansativo este tipo de situação, as pessoas nem notam como excluem quem é negro dos espaços, a gente nunca é olhado como igual.

— Cat- Ouço a voz do Hugo do outro lado da porta.

Abro-a vagarosamente, vendo seu rosto contorcido numa careta.

— Sinto muito, eu o botei para fora daqui, não posso tolerar que seja tratada daquela jeito, por ninguém, seja quem for.

Seu abraço é apertado em volta do meu corpo, me sinto abrigada ali, e me permito chorar, porque não é fácil e porque não sou forte todo o tempo.

Seu abraço é apertado em volta do meu corpo, me sinto abrigada ali, e me permito chorar, porque não é fácil e porque não sou forte todo o tempo

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Repostando o capítulo, pois o Wattpad bugou ele todo.

A obra tem várias abordagens, e discutir racismo é de crucial importância no enredo, porque nem tudo são flores em relacionamentos interracial.

Opiniões sobre Alberto Hoffman? Mais para frente ele aparecerá, embora a situação deste capítulo.

Nosso casal permanece firme, né? Mesmo mediante todos os questionamentos com Caterina

Até amanhã ♥️

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