Capítulo Único

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N/A: Olá pessoas, está é minha primeira Ranpoe, ou seja nunca escrevi nada sobre eles na minha vida, então perdoem meus eventuais erros, tem um capítulo bônus também e ficaria feliz se vocês o lessem :). No mais, aproveitem a one.


De algum lugar a sua esquerda Edgar pode ouvir seu celular zumbir. Há não muito tempo atrás isso seria um chamado para uma missão, agora, no entanto, significava outra coisa, pois a única pessoa que mandaria mensagens seguidas às três da tarde de um domingo monótono seria Ranpo. Poe escorregou de suas cobertas sem muita vontade de realmente o fazer, porém o detetive de olhos esverdeados costumava se tornar impaciente muito rápido - e também há algo sobre Poe simplesmente não conseguir ignorar Rampo.

Quando os pés nus tocaram o chão frio um arrepio de arrependimento o atingiu, talvez ele devesse fingir que estava dormindo e deixar o celular de lado. Porém, logo descartou essa ideia já que de algum modo Ranpo saberia que esse não foi o motivo de ter sido ignorado, pois Ranpo simplesmente sabia de tudo. Edgar deu mais um passo no chão frio e viu Karl se remexer nas cobertas como se perguntasse: o que você está fazendo de pé? está tão frio ai Edgar murmurou Ranpo, se fosse possível o moreno diria que pode ver claramente a imagem de Karl revirando os olhos antes de soltar não sei porque me surpreendo, e voltar ao seu estado ímovel.

Ao alcançar o celular acumulava-se mais de quinze mensagens do outro detetive. Um breve rolar de olhos sobre as mensagens foi cortado por uma chamada. Poe surpreendeu-se um pouco, era incomum que qualquer um o ligasse, mesmo os membros da guilda e Ranpo nunca o havia feito até então. Por um longo momento Edgar apenas encarou o nome na tela enquanto o celular vibrava em suas mãos, o remexer de Karl incomodado o despertou para realidade. Pressionando para aceitar a chamada ele pôs o celular próximo a orelha e antes que pudesse sequer dizer uma saudação Ranpo disparou:

— Estação 12, eu acho, eles falam muitos nomes de paradas e estações — Ditou.

Poe soltou um longo suspiro, ele ainda surpreendia-se com a capacidade - ou melhor a falta dela - de Ranpo andar de trem. Não era a primeira vez que isso acontecia - e Poe duvidava que seria a última -, no entanto Ranpo costumava ser mais paciente, uma olhada para o clima no lado de fora fez Edgar compreender a necessidade. Não que Ranpo fosse admitir aquilo sobre circunstância alguma, porém os últimos meses na companhia do detetive foram suficientes para esclarecer o medo que ele tinha por tempestades.

"Consegue me passar sua localização, certo"

"Eu já fiz isso, mas você não respondeu."

"Bem, eu estava dormindo."

"Não, você não estava" Não era um tom grosseiro, era apenas afiado como de costume.

"Eu realmente não estava, mas..."

Edgar pensou em dizer que o celular estava muito longe, o que em parte era verdade, afinal alguns passos no piso frio em um dia frio pode ser considerado muito longe, porém nada disso era uma desculpa boa o suficiente. Edgar apenas suspirou audivelmente e tornou a falar:

"Estou a caminho."

E assim a ligação terminou.

O clima do lado de fora estava tão intimidador quanto visto pelo vidro da janela. Edgar se perguntou porque Ranpo havia insistido que ele fosse - do seu modo, que consistia em enviar uma quantidade absurda de mensagens e desta vez até mesmo consistia em uma ligação - quando ele poderia simplesmente ligar para que Kunikida ou Atsushi o resgatasse. Todavia, Edgar estava mais focado em calcular o menor caminho para encontrar Rampo que deixou este pensamento ainda em segundo plano.

Balas de Canela - RanpoeOnde histórias criam vida. Descubra agora