New York

She was supposed to marry me

*Presentinho de Páscoa pra vocês hahaha! Desculpem pela demora, não desistam de mim :)*

***

Sexta - 08 de fevereiro

Três dias e muitos cuidados depois foram suficientes para Arizona acordar na sexta de manhã apenas com a voz ainda um pucado rouca. A febre tinha passado no dia anterior e as outras dores também. Com isso, ela voltaria ao trabalho.

Callie foi quem levou todo mundo para seus afazeres naquela manhã depois de tomarem café, visto que o carro da loira ainda estava sendo consertado. Inclusive, ela combinou com a morena de ir até o hospital no horário do almoço, que seria quando Callie e Dr. Carter dariam alta para Anne.

E como disse que faria, Arizona foi até o hospital no horário de almoço. Callie estava em cirurgia então ela apenas foi direto para o quarto em que Anne estava depois de receber autorização para tal. Robert e a pequena Robbin também estavam lá.

- Hey! - anunciou sua presença, sua voz com resquícios de rouquidão.

- Arizona! - falaram em uníssono, felizes em ver a mulher.

- Como vocês estão, hein?! - perguntou abraçando Robert e depois indo até próximo da cama de Anne.

- Graças a você e a Dr. Torres, nós estamos muito bem, não é Robbin? - falou com a pequena no colo, que olhava agora atentamente para a loira, que sorriu abertamente.

- Vocês já comeram? Callie me disse que esse é o horário que você almoça, Anne, então trouxe o meu - ergueu a sacola de papelão com seu almoço - pra te acompanhar.

- A enfermeira já vai trazer. Ela foi buscar - sorriu. - Quer pegar ela, Arizona? - ofereceu.

- Oh, sério? - sorriu em surpresa. - Eu adoraria - deixou o almoço na bandeja na frente da cama e foi até a mulher morena que segurava a bebê de cabelos loiros, como os do pai. Com cuidado, tomou a pequena nos braços, que continuava com seus olhos cor de mel atentos em Arizona. - Hey, baby - falou com ela, que esboçou uma reação, e o casal que observava a cena sorriu.

- Acho que ela gostou de você - Walter comentou.

- Parece que sim - respondeu sem desviar os olhos dela.

Continuou interagindo com a pequena e com o casal até a menina adormecer e a enfermeira voltar com a comida de Anne. Os três comeram juntos em uma conversa animada que envolvia a experiência do casal com o primeiro filho. Ela aproveitou para contar um pouco sobre como foi pra ela:

- É difícil a adaptação mesmo. Rápida, mas difícil. Eu lembro quando a Sofia foi pra casa pela primeira vez - sorriu nostálgica. - A gente mal conseguia sair de perto daquela coisinha. Dormir era um privilégio e olha que éramos três!

- Três? - questionou Anne.

- Eu, Callie e o pai de Sofia, Mark. Era o melhor amigo da Callie e morava no apartamento da frente - disse em um sorriso triste e emocionado. - Foi, surpreendentemente, um dos melhores pais que eu já vi. Ele fazia de tudo e mais um pouco por ela.

- O que houve? - questionou curiosa e calma devido a fragilidade do assunto e recebeu um olhar repreensivo do marido.

- Ele faleceu há alguns anos atrás. O que me conforta é que ele se foi junto com o grande amor da vida dele, não sei como teria sido se ele tivesse que viver sem ela - refletiu no quanto Mark sofreria em ter que estar em um mundo sem a Lexie.

- Eu sinto muito - Anne falou com carinho.

- Está tudo bem, de verdade. O que eu quero dizer é que mesmo com todos os privilégios de se ter três pessoas cuidando de um bebê, era difícil, mas vão ser os melhores dias mais difíceis da vida de vocês.