Central Park

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Terça - 20 de novembro

Callie despertou cedo e praticamente repetiu os processos do dia anterior, mas dessa vez ligou para a loira um pouco mais tarde, antes de realizar a única cirurgia que teria para aquele dia.

Ligação on

- Hey, Arizona! Bom dia! - disse assim que a mulher atendeu.

- Bom dia, Calliope! - era uma sensação maravilhosa ter Arizona falando seu nome daquele jeito logo pela manhã.

- Te acordei de novo? - preocupou-se.

- Não - riu. - Dessa vez eu já estava acordada.

- Ai, que bom! Mas então... - pensando bem agora ela não tinha certeza do porquê ligou. Callie riu de nervoso.

- O quê? - não entendia.

- Na verdade eu não lembro mais o motivo de ter ligado, me desculpa - Arizona riu do nervosismo que a morena parecia estar passando.

- Só você, Calliope.

- Parece que sim.

- Mas então, vou aproveitar que você ligou pra dizer que estou indo no mercado daqui a pouco para comprar as coisas para mim e para o passeio.

- O quê? Como? Você não conhece nada aqui - preocupou-se novamente.

- É bom que eu aprendo, né?! Não se preocupe que eu coloco no Google e me acho.

- Tem certeza?

- Sim. O que você quer que compre para levar? - perguntou já com o papel e caneta em mãos.

- Ah, frutas, pão, frios, alguma bebida. Acho que é suficiente.

- Certo, anotado. Então é isso.

- Como vai carregar tudo?

- Eu me viro, Torres. Pode deixar - riu da preocupação excessiva da mulher.

- Certo, okay. Preciso ir. Qualquer coisa me liga ou manda mensagem, sei lá. Não esqueça de tomar café da manhã, tem lá em casa.

- Tudo bem. Beijos e até daqui a pouco.

- Até!

Ligação off

Callie encerrou a ligação e foi para sua cirurgia. Enquanto isso, Robbins foi se arriscar pelas ruas de Nova York, após comer no apartamento da frente, em busca de um supermercado. Buscou no Maps pelo estabelecimento mais próximo e foi andando até lá, encantada com o lugar que agora era seu lar. Era difícil explicar, mas ela estranhamente sentia-se em casa ali e até mesmo em seu novo apartamento. Talvez porque foi Callie quem decorou e a mulher conhecia seus gostos, mas talvez não. Talvez fosse porque tinha as pessoas mais importantes da sua vida ali pertinho dela de novo. "É.. talvez seja isso." Caminhava e divagava ao mesmo tempo. Não demorou para encontrar o mercado e ficou feliz por ser bem perto do prédio. Não foram nem dez minutos andando.

A loira comprou tudo que precisava e mais um pouco e só se deu conta que não seria capaz de carregar tudo quando estava passando as compras no caixa. Desse modo, pediu por um táxi, lembrando, assim, que precisava de um carro e fez uma nota mental a respeito. Chegando na porta do prédio o motorista auxiliou-a a tirar as sacolas do carro, mas foi só. Ela olhou para os inúmeros sacos jogados aos seus pés e ficou sem saber o que fazer ao notar a ausência do porteiro.

- Precisa de ajuda? - uma mulher muito bem vestida e linda, notou Arizona, saía do prédio naquele instante e viu a loira perdida ali.

- Ahn... - não sabia o que dizer.

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