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— Por falar em Nathan, cadê ele? — Jack Gilinsky perguntou, olhou para os lados e não conseguiu ver aonde o maconheiro estava. Sillut olhou para pista de dança e apontou na direção, fazendo com que o Gilinsky olhasse também.

— Ele está dançando com o Josh? — Gilinsky segurou a risada observando a cena dos dois dançando Macarena. — O Nathan está bêbado?

— Não, por que? — Clarisse perguntou curiosa.

— Aposto dez dólares que o Josh vai tentar algo com o Nathan. — Johnson juntou as mãos animado e esfregou uma na outra.

— E eu aposto que ele não vai tentar nada. — Sammy estendeu a mão para Johnson, selando a aposta. — Você vai perder, meu querido. De longe da pra perceber a heterossexualidade do Nathan, viu?

— Meu Deus, parem com isso. — Clarisse disse com a voz cansada e olhou para o Maloley. — Amor, vem aqui.

Ela aumentou o tom de voz para chamar o Nathan. Até ela sabia que se ele começasse a beber, não ia conseguir controlar. Nathan começou a caminhar com o Josh ao lado.

Johnson soltou uma risada quando os dois pararam perto de Clarisse. Josh estava com a mão apoiada no ombro do Nathan.

— Eu estava dançando Macarena, gata. O que rolou? — Nathan passou a mão na testa, até porque estava começando a suar por conta da dança. — Por que vocês estão me olhando assim?

— Josh, larga meu namorado. — Clarisse pediu com a voz calma, mas o olhar dela estava estranho. Josh deu um passo para trás e tirou a mão do ombro do Nathan.

— Não sei porque ela está aborrecida. Eu mal toquei em você. — Josh falou dando de ombros.

— Talvez ninguém saiba sobre isso, mas é a Clarisse que manda na relação. — Nathan apontou para a loira e se aproximou dela, beijando a bochecha da mesma e ficando quietinho no canto.

— Todo mundo sabe sobre isso, maconheiro. — Johnson respondeu soltando uma leve risada e prestou atenção na Naomi chegando disfarçadamente no grupinho. Ela estava com os cabelos levemente bagunçados e o batom borrado.

Sillut percebeu isso e foi para perto da amiga, tentando ajeitar ela pra ninguém perceber.

Gilinsky ficou a todo momento olhando para cacheada. Os planos da noite era se declarar e tentar ver se conseguia algo. Até porque a Sillut era o motivo da insônia e felicidade dele.

Depois de vários dias mentindo para si mesmo que não gostava da Sillut, tentado convencer o próprio subconsciente que era apenas um sentimento entre amigos. Mas a verdade é que mesmo fingindo e tentando, sempre existe alguém que gostamos mais, pessoas que ultrapassa todas as barreiras e adentra lugares que juramos não abrir pra ninguém.

O único medo que Gilinsky sentia no momento era ser rejeitado, mesmo sabendo que o que a garota sente também é recíproco.

Gilinsky ficou tanto tempo encarando Sillut, que nem acabou percebendo que todo mundo encarava ele.

— Tem um bichinho no seu cabelo. — Gilinsky disse apontando para uma mecha do cabelo da Sillut. Esse disfarce do garoto foi horrível.

— Sério? — Sillut balançou os cabelos. — Saiu?

— Cara, precisava encarar ela desse jeito só pra dizer que tinha um bichinho? Você parecia um psicopata! — Johnson falou com a mão no peitoral e se afastou de todos para procurar algo forte para beber. Naomi aproveitou o momento e foi junto com ele.

Gilinsky colocou a mão no bolso da calça e deu uma tossida. Encarou Sillut disfarçadamente enquanto a mesma soltava algumas risadas na conversa que estava tendo com Nathan e Clarisse.

Sammy já sabia os planos do garoto para hoje, mas não botava fé em nada. Até porque estava preocupado com ambos. Ele se aproximou do moreno e olhou para Sillut também.

— Se você ficar encarando ela, eu juro que vou chamar a polícia. — Sammy falou puxando o amigo para longe do grupinho. Guiou até a cozinha, na qual conhecia muito bem. — Você precisa beber pra deixar de ser gado.

Wilk se abaixou e bateu o dedo levemente no chão. Ficou assim por alguns segundos e logo em seguida tirou a cerâmica do chão falso, pegou uma garrafa de tequila e sorriu animado.

— O que é isso? Como você conseguiu fazer um chão falso na minha cozinha? — Gilinsky estava abismado com tamanha audácia do amigo.

— Nathan me ajudou, sabia? — Sammy abriu a garrafa e tomou um gole no gargalo. — Melhor do que esses vinhos caros.

— Isso é assustador.

— Assustador é sair de uma loja com o moletom no corpo e falar que foi engano. — Sammy estendeu a garrafa para o amigo, que não hesitou em tomar um gole. — Agora é sério, vamos superar?

Gilinsky sabia muito bem que isso era referente a Sillut.

— Cala boca! Você era assim com a Stassie.

— Sim, eu era. Hoje em dia eu só amo meu carro, nirvana e pizza, nessa ordem. Pra que sofrer por mulher? — Sammy tentou mentir, mas todo mundo sabia que ele ainda chorava no banho.

— Você ainda sofre pela Stassie. — Gilinsky arqueou a sobrancelha e andou até a saída da cozinha. — Diferente de você, vou tentar não fazer merda uma vez na vida e ser feliz.

— Vai tentando. Eu e você somos iguais. — Sammy apontou para o Gilinsky.

— Cornos? — Gilinsky saiu rapidamente da cozinha, antes que o loiro quebrasse a garrafa na cabeça dele.  Mas acabou dando de cara com Sillut, fazendo com que a garota caísse no chão.

— Cacete, que dor! — Sillut reclamou e massageou os cotovelos, sem olhar pra cima.

— Foi mal! — Gilinsky ajudou a garota a levantar. — Isso quase foi um palavrão ou é impressão minha?

— Não foi um palavrão, eu acho. — Sillut tombou a cabeça para o lado e soltou uma risada nasal. — Preciso falar com você.

— Eu também preciso falar com você.

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boa noite, povo lindo.

vocês estão bem?

𝐒𝐈𝐋𝐋𝐔𝐓 • 𝑗𝑎𝑐𝑘 𝑔𝑖𝑙𝑖𝑛𝑠𝑘𝑦Onde histórias criam vida. Descubra agora