⤷013

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Gilinsky, Jack

— Toma, Sillut. — Falei, entregando o sorvete de menta e chocolate, para a garota. Ela sorriu e pegou no mesmo instante, passando a língua no sorvete.

Eu consigo ter a mente mais podre do que as meias do Nate, isso eu tenho certeza.

Depois que fomos comer no McDonald's, Sillut inventou de querer tomar sorvete. Clarisse disse que não, então a garota apenas ignorou e me puxou com ela.

Como eu sou gado e emocionado, acompanhei a garota. Até minha família sabe o meu fraco por mulheres, principalmente pela Sillut.

— Está pensando no que? — Sillut perguntou, sorrindo de canto. Ela estava com a boca suja de sorvete, e antes que eu pudesse avisar, ela passou a língua pelo lábio inferior.

— Em nada. — Desviei a minha atenção, engolindo seco e soltando um suspiro. — Vamos voltar antes que a Naomi ligue pra polícia.

— Ela não vai ligar pra polícia, Gilinsky. — Ela soltou uma risada gostosa, andando ao meu lado e entrelaçou nossos braços. — O bom é que dessa vez não fomos presos.

Eu não tenho um minuto de paz. Cada palavra direcionada a mim era sobre o acontecimento na delegacia. Mas a Sillut poderia zombar quantas vezes quiser.

— Como você está? — Perguntei, para trocar de assunto. — E a igreja?

— Ah, está normal. — Ela deu de ombros, virando o rosto para me encarar. — O pessoal ainda está com o pé atrás, depois daquele filme.

— Me desculpa pela brincadeira. — Fui sincero com a desculpa, mas não consegui de evitar a risada. Queria ter visto a cena dela se desculpando.

— Eu ainda não acredito que você trocou o DVD, Gilinsky. Fui assistir um filme com o grupo da igreja e apareceu uma beringela com caroço no telão. — Ela disse, visivelmente amargurada e chateada. — Foi humilhante, mas eu te perdoou.

— Obrigado. — Soltei uma risada nasal, e beijei a bochecha da garota.

Ela parou no meio do caminho e me encarou, sorrindo de canto. Intercalava o olhar em meu olho e meus lábios.

Antes que eu pudesse falar alguma coisa, em questão de segundos nossos rostos estavam mais próximos que o necessário. Minhas mãos já sobre sua cintura e eu não fazia a mínima ideia de como isso havia acontecido. Encarei a de madeixas escuras e sorri completamente nervoso.

Fechei os olhos e pude sentir a respiração de Sillut mais próxima de meu rosto, sem mais demoras fui agarrado brutalmente por uma anã. Pela primeira vez eu não sabia como fazer aquilo, Sillut tinha um beijo tão doce e calmo, que era impossível sentir vontade de parar de beija-lá. Seu toque sobre minha pele me causava altos arrepios, os quais eu nunca senti antes, não dessa forma, essa garota tinha um poder sobre mim que nem eu mesmo conseguia explicar.

Aos poucos Sillut foi se afastando de mim, o que eu não queria, pela falta de ar a garota colocou a mão no peito e respirou fundo.

— O que foi isso? — Disse sorrindo abertamente, eu estava mais do que chocado, mas também havia esperado isso por muito tempo. Sillut permaneceu com a cabeça abaixada, mas percebi que suas bochechas estavam rosadas e que a garota estava sorrindo.

— Bom... A Naomi me disse que é melhor se arrepender do que passar vontade. — A menor finalmente levantou sua cabeça e sorriu completamente cínica.

— Eu disse? — Me corpo congelou completamente quando escutei a voz de Naomi, nunca senti tanto medo de uma mulher igual sinto dela.

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𝐒𝐈𝐋𝐋𝐔𝐓 • 𝑗𝑎𝑐𝑘 𝑔𝑖𝑙𝑖𝑛𝑠𝑘𝑦Onde histórias criam vida. Descubra agora