⤷022

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Sillut resmungava enquanto ia em direção a saída da casa da Naomi, pra voltar para casa. Pensava que ia conseguir os livros do Harry Potter, mas se enganou completamente. Johnson disse que iria funcionar qualquer tipo de chantagem e suborno — o que não foi o caso.

Em algumas casas a frente, escondido atrás de um arbusto, estava Johnson e Sammy observando a garota. O mais baixo segurava um binóculos enquanto o outro mexia no celular.

— Wilk, ela não chorou e nem nada. — Johnson comentou para o amigo que estava sentado no chão sem dar nenhuma atenção. — Pelo menos isso.

— Que legal, Johnson! — Sammy fingiu uma falsa animação e balançou as mãos para cima logo depois de colocar o celular no bolso da calça.

Johnson se virou irritado e apontou o binóculos para o outro.

— Você não está nem ligando. — Ele revirou os olhos para o Sammy e negou com a cabeça. — Vai gostar em saber que ela não conseguiu os livros do Harry Potter que você queria.

— Que? — Sammy gritou sem acreditar na derrota e tomou o binóculos na mão de Johnson. Quando pensou em colocar o objeto nos olhos pra poder ver se o garoto estava falando a verdade, pode perceber que Sillut estava de frente para eles com a feição confusa.

— O que vocês estão fazendo aqui? — Ela perguntou, se abaixando um pouco para ficar na altura deles, já que estavam sentados no chão. Rapidamente eles se levantaram do chão.

— Eu estava procurando uma corrente que perdi semana passada. — Johnson mentiu, disfarçando como um ator de Hollywood, deixando Sammy impressionado.

— Ah sim, e eu pensando que vocês estavam me observando. — A morena respondeu com um sorriso meigo no rosto e deu um rápido abraço em Johnson e em seguida em Sammy. — Achou a corrente?

— Que corrente? — Johnson esqueceu da mentira por alguns segundos e recebeu um tapa de Sammy. — Oh, a corrente. Não achei, alguém deve ter pegado.

Sillut concordou com a cabeça e os outros dois garotos seguraram a mão dela, enquanto caminhavam para a direção da casa dela. Ninguém falou nada, somente o silêncio permaneceu. Não estava sendo desconfortável, como os dois meninos imaginariam.

Sammy ficou encarando a garota, enquanto caminhava e Johnson percebeu. O menor lançou um olhar irritado para o outro.

— Nem pense nisso. — Johnson moveu apenas os lábios para que o Sammy entendesse.

— Então, Sillut. — Sammy ignorou o Johnson completamente. — E você e o Gilinsky? Quando a raiva que você sente dele vai passar?

— Mas eu nunca fiquei com raiva dele. — Ela respondeu confusa e deu de ombros. — Ele é legal, eu gosto dele. Só fiquei chateada com o acontecimento.

— Você gosta dele tipo?? — Johnson perguntou curioso. Tinha até esquecido a raiva do Sammy por fazer a pergunta sobre o Gilinsky.

— Quando eu estou com ele fico com vontade de beijar ele e abraçar. Minha barriga fica estranha, fiz até um exame e não deu nenhuma doença.

— Oh, meu Deus! Você está apaixonada. — Sammy falou óbvio e revirou os olhos. Não entendia o que a Sillut tinha visto no Gilinsky.

— Eu devo estar. O beijo dele é bom. — Ela disse um pouco envergonhada e sorriu, sentindo saudades do Gilinsky, até porque ele fazia falta na vida da garota.

— Tinha até esquecido que aquele safado te beijou. Mostra em mim exatamente como foi. — Sammy falou atirado, recebendo um olhar desentendido da Sillut e raivoso do Johnson, que aproveitou para dar um tapa nele.

Johnson puxou a mão da Sillut que Sammy segurava e começou a dar passos largos com a garota, deixando o outro amigo para trás.

O grupo de amigos tinha talarico, caloteiro, ex presidiário, maconheiro, cachorro solto. Johnson era quase todos, menos ex presidiário e talarico.

— O Gilinsky está bem? — Sillut perguntou para Johnson.

— Está péssimo. Esses dias eu levantei de madrugada e me assustei com ele na cozinha, nunca vi alguém tão feio. — Johnson soltou uma risada nasal e não mentiu sobre isso. Gilinsky estava mais acabado que o Nate quando fumava.

— Sabe, mesmo eu estando chateada com ele, gostaria de mostrar o quanto ele é importante pra mim e sinto que sábado é o dia certo. — Ela falou sorrindo igual uma boba apaixonada.

Sábado seria o aniversário do Gilinsky e como todos sabiam, nenhum dos meninos negavam uma festa.

— Isso é muito lindo, Sillut. — Johnson disse abraçando a menina de lado e beijou o topo da cabeça dela.

— Eu sei, então está decidido! Minha genitália será o presente do Gilinsky. — Ela falou confiante e se assustou quando Johnson tropeçou nos próprios pés e caiu no chão, quase levando a garota.

— Você presta atenção nas coisas antes de falar? — Ele quase gritou com a garota e se levantou rapidamente, passando as mãos no joelho.

— Mas o Nate falou que...

— E desde quando alguém escuta aquele Maconheiro? Meu Deus, eu estou chocado! — Johnson não conseguiu segurar a risada.

𝐒𝐈𝐋𝐋𝐔𝐓 • 𝑗𝑎𝑐𝑘 𝑔𝑖𝑙𝑖𝑛𝑠𝑘𝑦Onde histórias criam vida. Descubra agora