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Sillut e Gilinsky estavam parados em frente a porta, não paravam de se encarar. Ela estava sendo séria e ele tentava segurar a risada com a tentativa falha dela. Sabia que se soltar uma risada, deixaria ela irritada. Ou não...

A única vez em que viu a garota irritada, foi por conta do beijo em que deu em Naomi. Aquele foi um dia em que Gilinsky teve pavor.

Ele soltou um suspiro e sorriu para sillut, que retribuiu e depois ficou séria novamente.

— Querida, quem está na porta? — A mãe da Sillut perguntou ao ver a demora da filha.

Sillut ia dar tchau para Gilinsky e fechar a porta, mas antes disso a pequena Dorothy apareceu.

— Quem é esse? — Dorothy perguntou, deixando visível a curiosidade.

— Eu sou o Gilinsky, namorado dela. — Ele se abaixou na altura da criança e sorriu. — E você?

— Namorado? — Ela abriu a boca, chocada. — Sil, você tem dois namorados?

— Eu não tenho dois namorados.

— E aquele bonitão que está na sala? — A menininha colocou as duas mão na cintura. — Você tem dois namorados e eu não tenho nenhum. Que injustiça!

— Você é só uma criança. — A voz da sillut saiu mais alta que o normal e Dorothy saiu de perto dela.

Sillut respirou fundo e se deu por vencida. Foi para o canto e deu passagem pro Gilinsky entrar. Sabia que nesse momento a Dorothy já teria falado pra toda família sobre o ocorrido. Esperava que ninguém fizesse nenhuma gracinha sobre o relacionamento dela.

Ele abraçou a garota antes de entrar na residência. Demonstrando a saudades que tinha sentido dela. Por mais que estava com medo de conhecer a família dela, enfrentaria qualquer coisa pra vê-la feliz. Só não gostaria de ser morto pelo pai da garota. Sillut percebeu o nervosismo dele e segurou a mão do mesmo.

Fechou a porta e deu apenas alguns passos no pequeno corredor. Assim que os olhos da família bateram em Gilinsky, ele engoliu seco.

Tinha medo de fazer tudo errado e acabar afetando o relacionamento dele. Tinha medo de perder a Sillut. Pela primeira vez, depois de muito tempo, ele sentia algo que nunca sentiu em todos os relacionamentos: amor. Queria construir uma vida com a garota, esperaria o tempo que for. Mas só via um futuro com ela.

— Oi, esse é o Jack. — Sillut apresentou para família ao perceber que o menino tinha ficado parado.

— Oi, querido. Você é mais bonito do que a Dorothy havia falado. — Clary, a tia de Sillut falou e se levantou para abraçar ele.

— Eu também falei que a Sillut tem dois namorados. — Dorothy disse inocente. — Igual você, mamãe.

— Que história é essa? — Marcos, o marido dela perguntou.

— É criança, ela não sabe o que fala. — A mulher respondeu, meio sem graça. Depois dessa cena, a pequena iria receber alguns xingamentos.

— Fico mais aliviado. — Marcos respirou fundo e tomou um gole da cerveja.

A verdade é que todo mundo sabia que o Marcos era corno, menos ele. Essa história ainda ia acabar com confusão.

— Oi, Jack. Você sabe atirar? — O pai de Sillut perguntou.

— Eu não sei. — Gilinsky respondeu.

— Pois eu sei. — Ele encarou seriamente o genro. — Nasci no Texas. Sei como caçar, eliminar flagrantes... fica esperto.

— Querido, você vai assustar o garoto. — Mãe de Sillut repreendeu o marido. — Fico feliz que você tenha vindo, Jack. É bom que podemos conhecer melhor o namorado da Sil. Quer alguma coisa pra beber? Cerveja,  whisky?

— O prazer é meu. — Ele respondeu. — E eu não bebo nada alcoólico,  obrigado.

— Hum... — Hayes deu risada, e Gilinsky acabou percebendo a presença do amigo nesse momento. Teve que ficar calmo e esconder o ciúmes.

— Ah,  esse é o Hayes. — Maggie apontou para o menino, sem saber que eles já se conheciam. — Mas pode chamar ele de Benjamin, é o primeiro nome dele.

— Olha, se você for minha namorada, não pode sair com essa boca de trombone. — Hayes cutucou a Maggie, após ela ter revelado o nome na qual ele odiava.

— Você me chamou de namorada.

— Não, não chamei.

— Chamou sim e cale a boca. Não estraga o momento. — Ela socou o braço de Hayes e beijou a bochecha dele.

A família de Sillut começou a fazer perguntas sobre a vida profissional e familiar de Gilinsky. Por incrível que pareça, o pai de Sillut começou a aceitar melhor ao saber que ele não era uma pessoa ruim. Quando perguntaram se ele já tinha sido preso alguma vez, ele mentiu e disse que nunca. Não iria falar que tempo atrás tinha ido parar na delegacia por conta de um moletom.

Ele se sentiu aceito pela família. Mas se sentiu um pouco desconfortável com o olhar da tia de Sillut nele. Ele tinha certeza que ela trai o marido. Gilinsky e Hayes apelidaram ela de papa anjo, claro que somente os dois iriam ficar ciente desse apelido.

Em algumas horas, a família se Sillut começou a ir embora. Hayes e Maggie resolveram sair pra algum lugar e tomar cachaça.

— Vou dormir, boa noite querida, boa noite Jack. — A mãe de Sillut deixou os dois na sala e subiu para o quarto.

O casal estava abraçado no sofá, Sillut mexendo no celular e Jack fazendo cafune nela.

— Quer assistir Star Wars? — Ela perguntou animada.

— Eu não gosto de espaço, amor.

— Se vamos ter um relacionamento, você tem que começar a ceder. — Sillut pegou o controle e ligou a televisão, pra colocar o filme.

Gilinsky apenas deu risada e ficou observando a namorada. Se sentia o homem mais sortudo do mundo.

— Você acha que somos um casal esquisito e anormal? — Ela perguntou, tinha escutado a tia comentar isso com o marido.

Essa é uma pergunta louca. Se esse relacionamento não fosse esquisito e anormal, eu não estaria nele. — Ele sorriu e deixou um selinho demorado nos lábios dela.

Se arrumaram no sofá e começaram a assistir o filme. Até que em algumas horas, os dois caíram no sono. Pai de Sillut desceu as escadas pra ir até a cozinha beber água e observou a cena. Desligou a televisão e começou a chorar enquanto voltava para o quarto.

— Ela cresceu tão rápido. — Falou ainda chorando, o que acabou acordando a esposa.

— Que foi? — Ela perguntou assustada e sonolenta.

— O meu tesouro está namorando. Daqui a pouco ela vai querer ir embora de casa. — Falou dramático.

— Cala boca e vai dormir.  — A mulher falou com raiva.

— Vem chorar comigo.

— Não!

— Por que você nunca faz o que eu quero? — Questionou indignado.

— Está na Bíblia.

Enquanto isso, no outro lado da cidade, Hayes estava em Vegas com Maggie, se casando. Eles superaram o conceito de emocionados.

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oi, que saudades.

a história está na reta final, vou chorar.
eu tenho outras fanfics da mesma pegada que essa, caso queiram é só ir no meu perfil.

𝐒𝐈𝐋𝐋𝐔𝐓 • 𝑗𝑎𝑐𝑘 𝑔𝑖𝑙𝑖𝑛𝑠𝑘𝑦Onde histórias criam vida. Descubra agora