Ciúmes de Uma Rosa

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Severus estava agora sentado em sua poltrona em seu quarto, que lhe permitia um vista do jardim, e do lago negro. O sol já estava quase subindo, o avisando que logo começaria mais uma semana de aulas. 

Severus havia evitado Harry nesse último dia, não por não querer a companhia do outro professor, e sim por necessitar estar na presença dele. Há muito tempo ele acreditou que jamais se sentiria assim novamente, sentiria seu coração aquecer com um mero sorriso despretensioso, ou a lembrança dele. Sentir-se sem reações ao ver aquela pessoa mais bonita que o normal, porque ele pode estar totalmente desarrumado depois de um longo dia de trabalho, mas ainda sim estaria belo aos seus olhos. 

A seus olhos, aquelas esmeraldas intensas, difícil não se lembrar delas, já que em seu quarto tens muito dessa cor, desde do edredom, as cortinas. Mas ao se lembrar dos olhos dele, automaticamente lembra dos olhos dela. Lilian. 

Severus se sentia sujo por cobiçar o filho de sua própria amiga, o filho do seu desafeto em Hogwarts, James. Sentia-se como um mero pederasta. 

Mas o que poderia fazer ele, se esse sentimento começou a nascer em si? Não foi como se ele buscasse por isso, mas ter Harry ali perto de si, querendo estar com ele, conversar sobre banalidades. Quando fora a última vez que alguém se importou em conversar sobre coisas comuns com ele? 

Ele se sentiu acolhido por Harry, em cada gesto, em cada maldito sorriso. Ele se amaldiçoava por se encontrar nessa encruzilhada. 

Talvez os Potter's fossem sua perdição, uns ruins; já outros nem tanto. 

Porém mesmo que ele tenha começado a nutrir sentimentos por Harry, que de longe não se assemelha a desafeição, isso não significa que eles ficariam juntos, e teriam um final feliz, ou algo assim. 

É mais como uma ideia que existe na cabeça, que não tem pretensão de acontecer.

                                        *

Visto que passara muito tempo envolto a esses pensamentos que não o levariam a lugar algum, ele decidiu levantar e ir tomar um banho, logo mais teria que estar no salão principal.  

Ele adentrou no banheiro de seu quarto, um espaço agradável depois da reforma que tivera. As paredes eram de azulejos branco-gelo, um espelho redondo em cima do lavatório, com detalhes em preto e verde, havia uma banheira espaçosa, sanitário, e uma ducha ao lado de uma grande janela de vidro, com um pequeno peitoril de mármore preto, se não fossem os feitiços de privacidade qualquer um que estivesse no gramado poderia ver o professor de poções em seu estado mais vulnerável. 

Severus então retirou o roupão preto, e seu pijama, como não queria demorar resolveu tomar uma ducha gelada para acalmar seus ânimos, afinal estava precisando. Ele se ensaboou, e lavou seus cabelos com produtos com cheiro de lavanda que ele mesmo fizera. 

Logo ele saiu e se vestiu com suas roupas abtuais, uma camisa social branca, um calça preta, assim como seu blazer e túnica. 

Ele se olhou no espelho e penteou seus cabelos, e com um feitiço não verbal ele os secou, por último passou um pouco de perfume, e seguiu para o café da manhã. 

Como de costume ele chegou antes dos alunos e se sentou a mesa ao lado de Potter, que incrivelmente já estava lá. 

— Bom dia para você também Severus. Diz Harry com tom zombeteiro. 

— Bom dia. Respondeu Severus simplesmente enquanto pegava uma xícara de café sem açúcar. 

— Por quê me evitou ontem? Perguntou Harry direto, fazendo Snape se engasgar com o líquido quente. 

As Nossas Imperfeições - Snarry Onde histórias criam vida. Descubra agora