capítulo dois

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CECÍLIA SAVOIS

Galoppo tinha me chamado para um jantar e agora eu estava indo para casa dele pela milésima vez naquela semana. O que deu em mim para agir daquele jeito? Não era nem para eu sair de casa naquela noite e agora acho que estou apaixonada por um cara que conheço há duas semanas. Mas eu me sentia muito confortável com ele, o Giuliano falava coisas engraçadas me fazendo rir muito e isso deixava os meus dias muito tranquilos.

Observo o caminho que Giuliano está fazendo para ver se me encontro na cidade, eu nunca havia prestado muita atenção no caminho, não me pergunte o motivo, logo ele entra em um dos condomínios mais luxuosos de São Paulo, 80% dos jogadores que jogavam na cidade moravam nesse condomínio e era o sonho de qualquer um.

Ele estaciona o carro na grande garagem cheia de outros carros luxuosos e quando descemos do carro ele pega na minha mão e me leva até uma porta que ficava ali mesmo para a grande sala da casa.

— Papai! — Um mini ser solta um gritinho quando vê a gente entrando na sala e corre até o Giuliano pulando no colo dele.

Eu sabia que ele tinha um filho, mas até o momento não havia conhecido o menino.

— O que você está fazendo acordado essa hora? — Galoppo pergunta e olha feio para uma moça que encolhe os ombros quando percebe o olhar do mesmo.

— Desculpa, senhor Giuliano, eu não consegui colocar ele na cama de jeito nenhum. — A moça fala.

— Não tem problema, Maressa. — Ele fala colocando o menino no chão e vai até à moça.

O menino me olhava com o rosto inclinado para o lado, ele lembrava um pouco o pai, mas Giuliano já tinha comentado que ele era a cara da mãe, então a moça deve ser extremamente bonita.

— Como é seu nome pequeno? — Pergunto me abaixando para ficar na altura dele.

— Heitor! E o seu? — Ele me responde e rapidamente faz a pergunta.

— Cecília, mas pode me chamar de Lia. — Me apresento.

— Você é muito bonita, tia Lia! — Ele observa meu rosto com um sorriso.

— Heitor vamos para cama agora. — Giuliano fala autoritário, fazendo eu e Heitor olharmos para ele.

— A tia Lia pode contar a história com você? — Ele pergunta e faz uma carinha de cachorro abandonado.

— O senhor nem está merecendo uma história. — Ele veio até ele e pegou o mesmo no colo. — Você só vai ter história da tia lia quiser contar. — Giuliano fala e olha para mim que só falta mandar eu falar que não e o Heitor me olhar com o mesmo olhar do que havia olhado para o pai antes.

— Então vai ter história. — Falo animada e Heitor solta um gritinho de animação também e Giuliano me olha bravo.

— Onde é o seu quarto, Heitor? — Pergunto e o mesmo pula do colo do Galoppo pega na minha mão e me leva para o seu quarto.

— Era para você ter falado que não ia contar a história. — Giuliano fala num sussurro assim que saímos do quarto do Heitor.

— E deixar o menino chateado comigo sem nem me conhecer? Era melhor você ter falado que não. — Falo dando de ombros.

— Não é isso! É que você foi super carinhosa com o meu filho e me deixou mais apaixonado. — Ele fala e caminha na minha frente.

— Apaixonado? — Pergunto e inclino minha cabeça.

— Falei isso alto? — Ele para de andar e vira na minha direção colocando a mão na testa.

Obstáculos da vida ━━ Giuliano GaloppoOnde histórias criam vida. Descubra agora