Capítulo 20

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Capítulo 20

A virada do Jogo

Kim

Permiti ficar naquele abraço o tanto que ela deixou e me empurrou.

— Pronto, já deu! — Ela falou e se afastou. Meio atordoado e com a emoção percorrendo meu corpo, perguntei:

— Namorados a partir de agora?

— O quê?

— Você, é minha namorada?

— É um pedido ou você decidiu?

— Como assim? Acabamos de ficar minutos abraçados, se não for namoro, o que pode ser?

— Kim, que história é essa? Apenas nos abraçamos.

— Apenas? Como pode dizer uma coisa dessas, Huma. Você aceitou, além de retribuir, sorriu e me abraçou de novo.

— O que tem isso? Normal. Somos amigos, pelo menos é para este lado que estamos caminhando, eu imagino.

Afastei dela e andei pela sala. Sinceramente, eu não entendia nada mesmo. Poderia viver fora da Coreia o resto da vida e achar que aprendia sobre a vida, as mulheres e o mundo, mas na verdade não sabia nada. E a Huma, ela me fazia ter muito mais dúvidas de como me comportar e compreender um relacionamento. Porque diferenciar uma noite de aventura com uma mulher, pagando ou não por isso, eu aprendi desde moleque com meus tios e primos.

— Amigo? Sim. Eu já me considerava há muito tempo. Para mim isso já evoluiu e muito. Nosso abraço então... chegar a este ponto vale muito mais que qualquer outro envolvimento. — Ela balançou a cabeça como se não me compreendesse e sentou novamente.

— Você está exagerando e entendo que tivemos criação muito diferentes. Mas acho que este tempo fora e sua vivência pelo mundo te deu visão que relacionar está em outro nível.

— Concordo com você que o mundo é bem diferente de fora da Coreia. Mas nós já temos uma história e não foi um simples abraço.

— Kim, você me deu um beijo na boca outro dia ao sair. E nem por isso se considerou meu namorado.

— Levante! — Cheguei perto dela e peguei em sua mão. Assim que ela ficou próxima, mas a um passo de mim eu lhe dei um beijo de leve na boca. — O que você sentiu?

— Surpresa.

— Quero saber de sentimento.

— Sei lá. Acho que nada.

— Especifique.

— Senti seus lábios macios e rápido, não deu cheguei a ter sentimentos.

Perceba agora. A abracei. Ficamos assim por um minuto inteiro.

— E agora? — Ela me encarou e não respondeu de imediato, quis se afastar, não deixei. — Qual a diferença?

— É diferente. Ficamos em contato por mais tempo e como me sentia pressionada não sei formular o que senti.

— A diferença aqui é que o meu coração está com o seu coração. Um, escuta o outro. Veja! — A abracei de novo e apontei nossos peitos colados. Aproximei minha cabeça da dela na lateral e falei baixinho: — Eu escuto o seu respirar e sinto a sua pulsação. O silêncio do abraço fala mais que qualquer coisa.

— E o beijo? Ele não diz nada?

— Claro que diz, mas ele te leva a pensar em outras coisas mais audaciosas. Digo o beijo demorado e de boca aberta e língua. O contato rápido não dá tempo para isso.

Um Coreano Caiu na Minha Vida. Completo.Onde histórias criam vida. Descubra agora