𝐓𝐀𝐋𝐊𝐈𝐍𝐆 𝐓𝐎 𝐓𝐇𝐄 𝐌𝐎𝐎𝐍 | Remus Lupin é um lobisomem desde os quatro anos de idade. Aprendera a conviver
com aquela condição tenebrosa desde cedo com ajuda dos seus pais e dos
amigos que conhecera na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwart...
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NO DIA SEGUINTE nenhum dos garotos tinham sido vistos pelo castelo. Era como se tivessem evaporado, sumido completamente do mapa. Lily não se preocupara, tirou o tempo livre para fazer todos os trabalhos que tinham sem ser incomodada. Marlene foi treinar quadribol com alguns colegas enquanto Dorcas lia diversos livros. Mas, Allie havia ficado extremamente preocupada.
Na segunda-feira, Sirius, James e Peter apareceram na primeira aula do dia repleto de olheiras. Nem pareciam ter dormido ou tomado café da manhã. James havia sentado ao lado de Allie na carteira e acabou pegando no sono, não movendo um só músculo. Na terceira aula do dia – História da Magia -, Allie expulsou a corvina que se sentava ao lado de Sirius para que pudesse conversar com o Black.
— Ei, eu gosto de flertar com aquela corvina. – ele resmungou – É a melhor parte da aula.
— Onde estavam ontem à noite? – ela indagou.
— Com o Remus na enfermaria. – ele bocejou – Você sabe, né? Ele adoece todo mês
por conta da condição dele.
— Ah, sim... Eu me lembro. – a garota assentiu. Lembrava-se bem de quando, no segundo ano, surgira o boato de que Remus fingia estar doente todo mês para cabular aula porque era "burro demais". Lembrava como o pequeno James e o pequeno Sirius gritaram na Sala Comunal que o amigo tinha problemas de saúde, lágrimas de ódio nos olhos de ambos, envergonhando todos os colegas que haviam inventado mentiras. E desde então, nunca mais falaram nisso.
— Seu namorado está bem. – ele brincou – Não se preocupe.
— Ele não é meu namorado! – ela gritou, mas Sirius já havia se apoiado no seu ombro para que voltasse a dormir.
Após todas as aulas, Allie seguiu para a biblioteca. Os deveres estavam a deixando maluca e sem Remus ali para lhe explicar a nova matéria de Herbologia, teria que trabalhar dobrado para entender todas aquelas nomenclaturas.
Seus olhos encontraram o de Regulus Black assim que se aproximou da estante de Herbologia, os dedos apertando o livro timidamente. O garoto estava usando um suéter preto com um cachecol da Sonserina. Ele não usava o cachecol como Remus, que parecia se agarrar ao pedaço de pano como a sua única fonte de calor, mas sim como um acessório para mero estilo.
— Obrigada por sábado. – ela achou a sua voz para que pudesse agradecê-lo. – Foi muito gentil o que fez por mim e pelo Remus.
— Não precisa me agradecer. – ele deu de ombros – O Bartô passou dos limites. Ele ainda age como uma criança.
— Nenhuma criança falaria aquelas palavras horríveis. – Allie concluiu pesarosa. – Enfim, obrigada do mesmo jeito.
— Espera. – o Black mais novo pediu, encostando as mãos gélidas nas de Allie. – Acha que pode me encontrar novamente na torre de Astronomia? Só para conversar.
