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A partida Grifinória-Sonserina fora marcada para o primeiro sábado depois das férias da Páscoa. Sonserina liderava o campeonato por exatos duzentos pontos. Isto significava (conforme Olívio não parava de lembrar ao seu time) que eles precisavam vencer a partida por um número de pontos superior a duzentos para ganhar a Taça. Significava, ainda, que a responsabilidade de vencer cabia em grande parte a Harry, porque capturar o pomo valia cento e cinquenta pontos.

– Por isso você deve capturar o pomo somente quando obtivermos uma vantagem de mais de cinquenta pontos – dizia Olívio a Harry constantemente. – Só se tivermos mais de cinquenta pontos, Harry, senão ganhamos a partida mas perdemos a taça. Você entendeu bem? Você só pode apanhar o pomo se tivermos...

– JÁ SEI, OLÍVIO! – berrou Harry.

Toda a Grifinória estava obcecada com a próxima partida.

A casa não ganhava a Taça de Quadribol desde que o lendário Carlinhos Weasley (o segundo irmão mais velho de Rony) jogara como apanhador. Mas Harry duvidava se alguém no mundo, mesmo Olívio, queria essa vitória tanto quanto ele. A inimizade entre Harry e Malfoy atingira o auge.

Nunca, na lembrança de ninguém, uma partida se aproximara com uma atmosfera tão carregada. Quando as férias terminaram, a tensão entre os dois times e suas casas estava a ponto de explodir.

Pequenas brigas irrompiam nos corredores, que culminaram em um incidente perverso, no qual um quartanista da Grifinória e um sextanista da Sonserina acabaram na ala hospitalar, com alhos-porós brotando dos ouvidos.

Harry, pessoalmente, estava passando um mau pedaço. Não podia ir e vir sem que os alunos da Sonserina esticassem as pernas tentando fazê-lo tropeçar; Crabbe e Goyle não paravam de aparecer onde quer que ele estivesse e se afastar desapontados quando o viam cercado de colegas.

Olívio dera instruções para que Harry estivesse sempre acompanhado em todo lugar, para a eventualidade de algum aluno da Sonserina querer inutilizá-lo para o jogo.

Toda a Grifinória assumiu o desafio com entusiasmo, tornando impossível Harry chegar às aulas na hora certa, porque andava rodeado por uma aglomeração de colegas barulhentos.

Mas o garoto se preocupava mais com a segurança da Firebolt do que com a própria.

Quando não estava voando, ele trancava a vassoura no malão e muitas vezes dava uma corrida à Torre da Grifinória, nos intervalos das aulas, para verificar se ela continuava lá.

Todas as atividades normais na sala comunal foram abandonadas na véspera do jogo.

Até Hermione pusera os livros de lado.
– Não consigo estudar, não consigo me concentrar – comentou ela, nervosa.

Havia uma grande algazarra.

Fred e Jorge Weasley enfrentavam a pressão agindo com mais barulho e exuberância que nunca.

Olívio estava a um canto debruçado sobre a maquete de um campo de quadribol, empurrando bonequinhos com a varinha e resmungando. Angelina, Alícia e Katie riam das piadas de Fred e Jorge.

Harry se sentara com Rony e Hermione afastado do centro das atividades, procurando não pensar no dia seguinte, porque toda vez que o fazia, tinha a terrível sensação de que alguma coisa enorme estava tentando voltar do seu estômago.

– Você vai se sair bem – disse Hermione a ele, embora parecesse decididamente aterrorizada.

– Você tem uma Firebolt! – animou-o Rony.

Harry tinha ganhado um Firebolt de uma pessoa anônima, Minerva tinha a confiscado por achar que poderia ter algum tipo de magia negra nela posta por Sirius Black, Hermione tinha contado a ela sobre a Firebolt e por isso Rony tinha ficado estremamente furioso com ela, mas agora os dois já voltaram ao normal.

O amor impossível -Draco Black and Alisson Weasley Onde histórias criam vida. Descubra agora