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Na manhã seguinte, Alisson se apressou a se arrumar, logo ela e Pansy correram para o salão principal, se juntando a Draco, Blaise e Adrian.

O Prof. Dumbledore se levantara. Sorria para os estudantes, os braços abertos num gesto de boas-vindas.

- Só tenho duas palavras para lhes dizer - começou ele, sua voz grave ecoando pelo salão.

- Bom apetite!

- Apoiado! Apoiado! - disseram Harry e Rony em voz alta, enquanto as travessas vazias se enchiam magicamente diante dos seus olhos.

Nick Quase Sem Cabeça ficou observando tristemente Harry, Rony e Hermione encherem os pratos.

Aaah, agora sim! -disse Rony, com a boca cheia de purê de batatas.

- Vocês têm sorte de que haja uma festa esta noite, sabem - disse Nick Quase Sem Cabeça.

- Hoje cedo tivemos problemas na cozinha.

- Por quê? O que aconteceu? - perguntou Harry com a boca cheia de carne.

- Pirraça, é claro - disse Nick sacudindo a cabeça, que se desequilibrou perigosamente. O fantasma puxou mais para cima um rufo da gola. - A história de sempre, sabem. Ele queria vir à festa, bom, isto está fora de questão, vocês sabem como ele é, absolutamente selvagem, não pode ver um prato de comida sem querer atirá-lo longe. Reunimos um conselho de fantasmas, Frei Gorducho foi a favor de dar uma chance a Pirraça, mas muito prudentemente, na minha opinião, o Barão Sangrento fez pé firme.

O Barão Sangrento era o fantasma da Sonserina, um espectro extremamente magro e silencioso, coberto de manchas de sangue prateado. Era a única pessoa de Hogwarts que conseguia realmente controlar Pirraça.

-É, achamos que Pirraça estava invocado com alguma coisa - disse Rony sombriamente. - Então, que foi que ele aprontou na cozinha?

- Ah, o de sempre respondeu Nick Quase Sem Cabeça, sacudindo os ombros -, causou prejuízos e confusão. Tachos e panelas por toda parte. Sopa para todo lado. Deixou os elfos domésticos loucos de terror....

Blém. Hermione derrubara sua taça de vinho. O suco de abóbora escorreu pela mesa,

manchando de laranja mais de um metro de linho branco, mas nem se importou.

-Tem elfos domésticos aqui?-perguntou, encarando Nick Quase Sem Cabeça com uma expressão de horror. - Aqui em Hogwarts?

- Claro que sim- disse o fantasma, parecendo surpreso com a reação da garota. - O maior número que existe em uma habitação na Grã-Bretanha, acho. Mais de cem.

- Eu nunca vi nenhum! - exclamou Hermione.

- Bom, eles raramente deixam a cozinha durante o dia, não é? Saem à noite para fazer limpeza... abastecer as lareiras e coisas assim... quero dizer, não é esperado que fiquem à vista. Essa é a marca de um bom elfo doméstico, não é, que não se saiba que ele existe.

Hermione ficou olhando o fantasma.

- Mas eles recebem salário? - perguntou ela. - Têm férias, não têm? Licença médica, aposentadoria e todo o resto?

Nick Quase Sem Cabeça deu gargalhadas tão gostosas que sua gola de rufos escorregou, e cabeça despencou para o lado e ficou balançando poucos centímetros de pele e músculo fantasmais que ainda a ligavam ao pescoço.

- Licença para tratamento médico e aposentadoria? - repetiu ele, puxando a cabeça de volta aos ombros e prendendo-a mais uma vez com a gola. - Elfos domésticos não querem licenças nem aposentadorias.

O amor impossível -Draco Black and Alisson Weasley Onde histórias criam vida. Descubra agora