Just a Call [YM]

Quarta ligação

Oie! Demorei um pouco mais cheguei 🤧
Essa semana foi complicada para mim porque meu filho não está muito bem e se ele não dorme eu também não durmo. Mas cá estou! Como prometido.
Eu sempre esqueço de por nas notas, mas tokkie significa coelho.
Sem mais delongas, cuidado com a fatura do cartão e lembre-se de deixar o celular carregado.
Boa leitura! 💜

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Jimin abriu os olhos e sentiu a cabeça pesar mais do que o normal. Não estava com enxaqueca, o que era uma grande vitória, mas ainda assim o mal-estar era grande. Se sentou devagar na beirada da cama, tomando coragem para se levantar, tinha algumas lacunas pretas em sua memória o que significava que tinha passado dos limites. Moveu a língua dentro da boca, tentando tirar aquela sensação de que tinha comido areia e bebido água do mar, usou aquilo como motivação para se levantar e se arrastou até o banheiro.

Seu reflexo era lamentável. Fechou os olhos, achou melhor lavar logo o rosto e comer algo, ainda se sentia um pouco bêbado, queria saber o que tinha acontecido na noite anterior que não se lembrava. Desceu as escadas do chalé com o cenho franzido, a iluminação natural incomodava tanto ao ponto de querer voltar para o quarto.

— Hyung.- Murmurou ainda sonolento, Seokjin precisava ter algum remédio— Eu acho que eu vou morrer.

Entrou na cozinha procurando o Kim, mas assim que abriu os olhos parou onde estava, arrependido de ter descido apenas de calça. Encarou uma mulher desconhecida que estava encostada no balcão, com uma xícara em mãos e assoprando o conteúdo, ainda o olhando. Num reflexo idiota, colocou a mão em frente ao tronco, como se aquilo fosse resolver sua semi-nudez.

— Bom dia. Desculpa, eu não achei que… Eu vou…- apontou para fora da cozinha e começou a sair dali.

— Bom dia.- Ela respondeu bebericando o conteúdo da xícara e não teve pudor de olhar o loiro de cima a baixo.

Jimin sentiu o rosto queimar ainda mais e saiu disparado de volta para o segundo andar, pulando alguns degraus da escada e revirando a sua mala para achar uma camiseta, tinha começado o dia bem. Colocou a peça de roupa e desceu, dessa vez conseguia ouvir a voz do Seokjin conversando na cozinha.

— Oi.- O Park parou na porta da cozinha, ainda envergonhado.

O Kim o encarou e sorriu contido.

— Oi.- O mais velho se aproximou, parecia um tanto quanto sem graça— Já comeu alguma coisa?

— Acabei de acordar, hyung, ainda vou comer.- Caminhou até a mesa, um pouco incerto. Queria conversar sobre o que lembrava com o Seokjin, mas parecia que teria que esperar mais um pouco.

— Você ainda não conhece a Hyori noona, não é?- O mais velho sorriu de forma doce para o Jimin.— Ela trabalha com a minha omma, sem contar que é uma grande amiga minha.

O loiro assentiu, voltando a encarar a comida na mesa. Respirou fundo e começou a se servir, sentia um clima estranho ali e achou melhor não piorar a situação, encheu a boca de comida tentando engolir junto a angústia que crescia dentro de si, tinha medo de que fosse por conta de algo que tinha dito ou feito na noite anterior.

— Bom dia, Park.- Heesun entrou na cozinha com um sorriso estampado no rosto, ela estava com uma roupa casual, mas dava para ver uma certa elegância.— Achei que não iria acordar hoje, já estava pensando como iria falar para seu pai que você entrou em coma.

Ele apenas sorriu sem graça, tinha certo respeito pela estilista a ponto de muitas vezes virar medo, sabia que era um tanto quanto ridículo um homem de vinte e seis anos ter medo da mãe de seu amigo, mas não conseguia evitar.