• Epílogo •

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Ele estava deitado ao meu lado, completamente nu, a exceção do colar que eu lhe dera, estendido na cama com os braços jogados para cima, esparramados pelos travesseiros. A janela estava aberta, mas pouca luz vinha da rua, já era bem tarde, mas eu não conseguia dormir. A festa há muito já deveria ter terminado lá embaixo.

Eu conseguia ver os traços de Draco graças ao castiçal com três velas acesas no quarto.

E me perguntava com ele poderia ser tão belo.

Passeei a ponta dos meus dedos pelo abdômen magro, com músculos delgados e suaves, e sorri quando ele soltou um suspiro baixo, mordendo o lábio inferior, ainda que se negasse a abrir os olhos pela preguiça. Desci meus lábios para seu peito e capturem um de seus mamilos rosados, sugando-o.

Isso arrancou um gemido dele, e sua mão enroscou-se em meus cabelos.

"Hm, Harry..." Ele murmurou, arqueando o corpo. "Eu estava dormindo..."

Eu ri de seu tom manhoso. Ele sempre ficava assim quando estava cansado e com sono.

"Até poucos minutos atrás você estava bem acordado." Sussurrei, subindo os beijos até seu pescoço e me dedicando em lamber e morder a área sensível de sua pele pálida. As mãos de Draco desceram por meus ombros, e ele arranhou minhas costas, sabendo que esse era um dos meus pontos fracos.

Quando eu tentei alcançar sua boca pequena, de lábios finos perfeitos, Draco virou o rosto e me empurrou, invertendo as posições, sentando sobre a minha cintura. Ter ele sobre mim desse jeito me fez querer repetir tudo que havíamos feito há pouco. Subi minhas mãos por suas coxas torneadas e as apertei com força, sabendo que as deixaria marcadas, enquanto Draco se inclinava sobre mim.

"Você não respondeu minha pergunta." Ele disse, sério. "Você vai, não vai? Quatro anos é tempo demais."

Eu suspirei.

"Você vai vir me visitar. Não vou precisar de mulher nenhuma para saciar minha libido." Falei, finalmente. Era engraçado que eu não sentisse atração alguma por nenhum homem e, contudo, tudo em Draco me incendiasse, desde sua voz aveludada e traços angelicais, até sua personalidade que era uma mistura adorável de fragilidade, determinação e força.

Ele mordeu o lábio inferior, atraindo meu olhar. Queria ser eu a morder seus lábios dessa maneira. Abri uma expressão confusa quando ele saiu de cima de mim e se deitou de lado na cama, de costas para meu corpo. Me virei também e me aproximei, tocando-o no braço.

"O que foi?"

"Não é nada..." Ele disse. "É só que... eu vou sentir muito a sua falta."

Nesse momento eu desejei insistir que ele então não fosse, que ficasse ali comigo. Porém eu não podia ser egoísta dessa forma, não podia prendê-lo a mim. Eu queria que ele estudasse, visse o mundo, conhecesse outras culturas e pessoas. Ele merecia tudo isso. Merecia muito mais do que eu podia lhe oferecer aqui em Veneza. E ele próprio agora havia entendido isso, ao recusar-se a ficar.

"Também vou sentir sua falta." Murmurei, beijando-o no ombro. Era a última noite dele ali comigo, e eu já sentia o gosto amargo da separação.

Colei nossos corpos e passei a mão pelo lado interno de sua coxa, sentindo-o estremecer contra mim, e a ergui. Minha mão envolveu seu membro, terminando de enrijecê-lo conforme eu o penetrava com cuidado. Draco gemeu abafado, mordendo novamente o lábio.

Era Uma Vez em Veneza ● DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora