Capítulo 10 - Ciúmes

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Às oito da manhã o Sol já estava extremamente quente, mas os amigos já estavam acostumados com isso e nem se importavam, então se encontraram na recepção as 08h30 para ir em direção a praia, que ficava a menos de 5 minutos andando dali. Todos com cara de sono e animados para o dia na praia, Arthur trazia consigo várias bóias bastante infantis, com os olhos bicolores brilhando de animação, parecia realmente uma criança, Elizabeth era como a mãe de todos ali, dando sermão em quem chegava atrasado e cuidando de seus "filhos". O asiático tinha acordado um pouco atrasado, isso por que havia dormido tarde na noite passada, levando assim uma bronca da cientista, Dante mantinha aquela postura de certinho, mas todos ali sabiam que ele era um puta pervertido, por outro lado Beatrice tomava conta do irmão e o impedia de fazer alguma merda das grandes. Cesar estava de mau humor, não gostava de tomar Sol e muito menos de lugares lotados, mas tratava os amigos bem de qualquer forma, principalmente Joui, que estava especialmente lindo naquela camiseta branca e a bermuda vermelha, a expressão gentil e a voz doce fazia o coração do moreno palpitar.

-Ta todo mundo aqui? – Elizabeth perguntou olhando para todos

-O minha querida tá cega?

-Cala boca Thiago – a mulher disse um pouco ríspida

-Mas vai começar o casos de família já de manhã Liz-Senpai? Não era cinco horas?

Todos riram com essa frase de Joui, que ficou lá com uma poker face olhando para Elizabeth. Saíram do SPA e seguiram em direção à praia, era só virar uma rua e a água já era visível, o guitarrista saiu saltitando em direção a areia com as bóias penduradas no corpo, muito animado. O grupo começou a montar as coisas num local estratégico, para que quando a maré subisse, não destruísse as cadeiras e guarda-sóis que montaram, a areia era branca como açúcar e as águas cristalinas, um paraíso para qualquer um. Dante, Beatrice e Cesar preferiram não entrar no mar de imediato, ficando em baixo de um guarda sol observando os amigos, Arthur por outro lado, correu para o mar e levou o asiático consigo, levantando-o e colocando o amigo em seu ombro. Os outros olhavam e riam pra essa cena, o Gaudério pequenino correndo com o Jouki no ombro, em seguida jogando o amigo em meio às ondas.

- Arthur-san! Minha roupa! – Disse Joui rindo.

De longe Cesar podia ver o fotógrafo jogando água no guitarrista ainda caído no chão, levando um caldo toda vez que uma onda avançava sobre si, quando o asiático se levantou, era possível ver a camiseta branca ainda em seu corpo, mas meio transparente por conta de estar molhada, colando completamente no peitoral, abdômen e costas do homem. O Cohen olhou aquela cena e se levantou rapidamente, os olhos vidrados em Joui, olhou para Dante e Elizabeth e disse já andando de costas.

- Eu... Eu esqueci algo, E-EU JÁ VOLTO

Nunca correu tão rápido em toda a sua vida, correndo em direção ao SPA novamente, com a imagem do corpo do Jouki impregnada em seus pensamentos, passou pela recepção e entrou em seu quarto, se trancando dentro do banheiro, muito ofegante. A cena passava e repassava na sua cabeça, impedindo-o de se acalmar, isso também só piorava a sua situação naquele momento, estava bravo consigo mesmo por isso e se punia internamente por estar daquele jeito.

- Eu sou... A porra de um adolescente no colegial...? – Ofegou encostado na parede oposta á porta. – Ficar excitado... só por ver um corpo molhado...

Colocou a mão na testa percebendo que não iria passar tão cedo, teria que... Droga! Por que raios Joui tinha que ser tão atraente? Não conseguia pensar em outra coisa além do asiático fazendo aquilo, se sentia culpado e bravo consigo mesmo por isso. Eram incontroláveis os pensamentos que surgiam, não conseguia deixar de imaginar o Jouki em baixo de si, o rosto vermelho e a expressão de prazer, seus gemidos, sua voz pedindo por mais e muitos outros bem piores que isso. O Cohen não sabia exatamente o por que disso o ter deixado tão excitado, só sabia que cada vez mais desejava se o único para o fotógrafo, queria fazê-lo seu, em todos os sentidos. Segurou a própria camiseta com os dentes, fez isso bem a tempo para não sujar, agradecia muito por não ter nenhum de seus amigos por perto, assim ninguém poderia ouvi-lo chamar o nome do asiático em meio aos seus gemidos contidos. Se limpou e apagou toda e qualquer evidência de sua passagem por ali, não sabia quando tempo tinha se passado, então tinha que se apressar para o grupo não suspeitar ou notar que estava demorando tanto.

Sentimentos - JoesarOnde histórias criam vida. Descubra agora