Capítulo 4

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Na hospedaria, eu estava deitada em minha cama, o dia havia sido realmente exaustivo, fisicamente e psicologicamente.

Havia reencontrado duas pessoas importantes para mim. Admito minha surpresa quando vi que Sasuke sabia do real motivo, aquele pequeno garotinho havia crescido, e aparentemente, tinha ótimos amigos ao seu lado.

Me levantei, olhando para a janela, e lá estava ela. A minha mensageira silenciosa, a lua. Fui em direção a ela e me sentei no batente, observando aquele satélite.

— Foi bom te ver, espero que tenha voltado bem para a aldeia... Queria poder estar mais próxima de vocês, os protegendo. Mesmo que eu saiba que vocês se defendem bem... — Eu dizia com um sorriso pequeno olhando para aquela que iluminava tudo que tocava, de modo suave. — mesmo de longe, farei meu melhor, por vocês.

Enquanto isso, em outra hospedaria:

— Como assim ela te despistou Sasuke?! — O loiro dizia aborrecido, com o moreno que mantinha o rosto inexpressivo. — Você deve estar brincando com a gente!

— Não seu idiota, eu realmente a perdi. — O rapaz de orbes escuras parecia aborrecido com toda aquela "chatice" de seu amigo. — Eu também não gostei de tê-la perdido, mas ao em vez de estar aqui reclamando, por que não sai e a procura então?!

O moreno e o loiro brigavam, e enquanto isso, a moça de cabelos rosas, que se encontrava sentada na cama, de pernas cruzadas. Pensava, olhando para um ponto específico do quarto. Até se irritar com os dois amigos, então, esbravejou:

— Que tal calarem a boca ao invés de só brigarem inutilmente!? — A doce cerejeira estava realmente irritada, analisava em sua mente tudo o que fizeram durante a missão, mas as vozes em alto tom de seus amigos, haviam começado a irrita-la. — Aquela moça, ela sabia que iriamos encontrar o senhor Ishikawa. Ela estava naquele restaurante, e apenas saiu após falarmos onde o veríamos. Fomos desatentos nessa missão. — A rosada falava de maneira séria e furiosa. — Nossa primeira missão sendo apenas nós três, confiaram na gente para irmos sozinhos, sem um mais velho. E fracassamos!

Fracassar, o time 7 odiava essa palavra. Queriam se tornar os melhores ninjas, e embora os erros fizessem parte, eles queriam evitar o máximo, e fracassaram em uma missão, por falta de atenção, porque julgaram a missão muito fácil.

— Agora que você falou Sakura-chan. Enquanto você estava escolhendo roupas naquela loja. Vimos a mesma moça lá. Deveríamos ter percebido algo de errado quando a vimos no bar. Não quando ouvimos eles saltarem da janela. — O de orbes azuis dizia, parecendo mais calmo, e decepcionado com ele mesmo. — Esse erro não irá mais se repetir.

— Não mesmo. — A de esmeraldas nos olhos finalizou, com seriedade.

[..]

Havia acordado, passaria esse último dia na vila. Para que Kisame pudesse aproveitar um pouco. Me levantei, de maneira preguiçosa, sentindo um pouco de dor de cabeça. Logo peguei uma muda de roupa, e fui para o banheiro, assim me despindo enquanto tinha deixado a água esquentar. E ao entrar, senti meus músculos relaxarem, e acabar por ficar com mais sono. Talvez o mais correto para ficar desperta, fosse um banho gelado, mas sentir o corpo aquecido com aquele líquido, era mais tentador. Gostava de sentir o calor das coisas. Por isso apreciava quando o clima estava frio, era possível admirar mais tudo que proporcionava calor, o fogo, uma coberta quentinha, um chá, até um abraço era tentador, mesmo sem gostar muito do contato físico.

Assim que já estava vestida, sai para andar um pouco, indo para uma casa de chá. Escolhendo o sabor de morango. Gostava do sabor, e o cheiro era muito bom, quase viciante. Novamente, estava sentada em uma mesa afastada do local, não era apenas para ser discreta, era pelo motivo de menos pessoas me verem sem a máscara, possuía uma cicatriz, que vinha do pescoço, subindo um pouco até o maxilar, sem ultrapassar tanto, mas também notável. Por este motivo, a máscara que usava, era um pouco semelhante ao do Kakashi Hatake, com o tecido se iniciando desde o pescoço. A origem da cicatriz, ainda quando um pouco pequena, quando fui treinar com os Inuzuka, a garra de um dos caninos me pegou de maneira certeira quando tentei desviar. Lembro que havia muito sangue no chão, e por um triz não pegou em um ponto de extrema importância. Talvez eu tivesse muita sorte. E claro, existia um segundo motivo para o uso da máscara, eu ficava bonita.

𝐓𝐰𝐨 𝐛𝐨𝐝𝐢𝐞𝐬 - Itachi UchihaOnde histórias criam vida. Descubra agora