🗡️ Capítulo 2 ☁️

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Skyler

— Oi princesa! — Emilly sorriu ao me ver.

— Sky! Estava com saudades...

— Nos falamos ontem.— Comentei rindo.

— Sim, mas eu sinto saudades! Quando você volta ? — eu sorri com seu jeitinho doce.

  Emilly sempre foi muito apegada a mim, mesmo que eu seja sete anos mais velha. Sempre fomos muito unidas e foi difícil para ela quando eu disse que iria embora por um tempo. Agora eu tenho dezoito e ela tem onze.

— Eu vou ficar mais dois dias em Tulum, depois vou para alguma ilha na Oceania e em breve estarei em casa. — Ela soltou um gritinho animado e saiu correndo pela casa.

— Pai! A Sky disse que vai voltar logo! – Meu pai gargalhou e colocou a Emilly em seu colo.

— Ela me disse....Como está, bonequinha ? — Eu ri e me ajeitei na cama.

— Estou bem pai, com saudade de vocês...Cadê a mamãe ?

— Ela está no abrigo, ajudando. Sabe como sua mãe é...— Eu Assenti rindo.

Minha mãe é um anjo, não é atoa que meu pai a chama assim. Ela já passou por muita coisa e mesmo assim, faz de tudo para ajudar os outros. Ela sofreu um acidente quando era mais nova, ficou cega por alguns anos, mas graças a uma cirurgia ela conseguiu recuperar a visão. Meu pai e ela se conheceram nesse meio tempo...A história de amor deles é linda, sonho em viver algo semelhante algum dia.

Ficamos conversando por mais algum tempo, até que eu tive que desligar pois acordaria cedo amanhã. Suspirei e fui até a varanda, encarando o céu...Ele estava lindo. Era uma noite tão bela e límpida, eu podia ver todas as estrelas. Com certeza uma das minhas melhores decisões foi fazer essas viagens.

Acabei de me formar em administração e logo vou assumir a empresa do meu pai e a Editora da minha mãe. Eu vi muitas coisas nesse meio tempo e amadureci bastante. Meus pais me Emanciparam quando eu resolvi fazer a viagem e a partir daí, fiquei responsável pelas minhas escolhas legalmente. Além disso, ver tantas culturas, tantas tragédias, e tantos lugares diferentes causa um grande impacto.

  Quando viajamos para o Continente Africano, eu raspei meu cabelo. Existia essa tribo, bem isolada dos demais, e uma menininha doente me chamou a atenção...A África não se resume a Savanas e animais, até porque, é um Continente bem vasto. Mas onde fomos era um lugar muito pobre e sem recursos e tinha essa garotinha, Anaya...Ela estava doente. Tinha leucemia em um estágio avançado, não tinha nada a ser feito.

Eu me apeguei a ela, A Ana me fez ver que mesmo quando as coisas estão na pior, podemos sorrir. Tantas pessoas sofrendo no mundo e mesmo assim muitas delas sorriam por coisas simples. Eu raspei meu cabelo em homenagem a ela, ela morreu uma semana depois que partimos daquela região. Hoje em dia ele está na altura dos meus ombros...Minha mãe gosta, ela fala que eu pareço mais adulta. Já o meu pai fala que eu sou linda de qualquer forma.

Eu ainda pensava neles, mas não era tão frequente. É difícil esquecer uma amizade de tantos anos, e um amor é mais difícil ainda. Eu segui minha vida e sei que eles também, uma pequena parte de mim se pergunta se os trigêmeos estão felizes...Eu realmente espero que estejam. Posso ter me magoado muito, mas sempre vou amar eles, nem que seja apenas como amiga. Eu nunca iria desejar mal a alguém que eu amo.

Suspirei e entrei no quarto, fechando a porta. Eu dormi calmamente, ansiosa para o dia seguinte.

°°°

Estávamos dando um evento beneficente, para divertir algumas crianças de um orfanato próximo e arrecadar fundos...Também aceitavam os doações. A Kate, supervisora da ONG, é dona de um dos abrigos que minha mãe frequenta, foi assim que eu soube deles. Ela me nomeou supervisora dos voluntários, pois eu lidava bem com todos e era boa em organizar as coisas.

Our Sweet Sky (PAUSADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora