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Tá, você tá preparado pra isso? Porque eu não estava.

Hoje eu fui na casa do Tae depois da aula, em uma segunda mesmo. A gente não via a hora de ficarmos sozinhos juntos. Algo sobre hormônios de acordo com o Jin.

Ah eu falei com o Jin e com o Jungkook, e os dois sorrindo me abraçaram, quase me mataram na verdade, eu tava na cama e eles pularam em mim, eles são enormes. Mas eu fiquei aliviado, eles me apoiam.

Ser menino e ter amigos meninos te fazem ficar com medo de abrir essas coisas, assim eu sei que talvez eles gostem um do outro, mas acho que ninguém nunca teve coragem de falar. Depois que falei sobre mim percebi que os dois continuavam de mãos dadas mesmo quando eles percebiam que eu estava olhando, como se agora não tivesse mais problema, somos só nós. A gente gosta de meninos. Tá tudo bem.

Enfim, ele mora no apartamento 26, no segundo andar do prédio número 1360 da avenida e eu nem sei porque eu to escrevendo essa informação, acho que eu to nervoso para contar o que aconteceu.

A gente chegou da escola e ele esquentou o almoço para nós, a comida da mãe dele é muito boa. A gente separou alguns materiais, fizemos alguma lição de casa que tinha pra fazer. Eu ajudei ele com uma de física, eu gostei de ajudar ele com algo, me senti útil, dessa vez ele pode contar comigo, eu sou o hyung afinal.

Depois nós fomos para o quarto dele, ele queria me mostrar a coleção de CDs dele, ou poderia ser uma desculpa, eu não me importei, eu também queria ficar perto em todos os lugares.

"Hyung, você se importa de deitarmos na minha cama e ficarmos aqui ou você prefere ficar na sala?" Ele sempre tem um cuidado para fazer com que eu me sinta à vontade nas situações, eu me derreto. Quase que literalmente, minha mão estava a ponto de pingar quando eu concordei em ficar no quarto com ele.

A gente estava deitado um do lado do outro e ele desceu alguns centímetros para deitar em meu ombro. Então ele segurou minhas mãos e continuou falando sobre algo que estávamos conversando, eu sinceramente não lembro do assunto.

Eu virei o rosto, ele estava tão perto, ele sorriu. Aquele sorriso sacana, como alguém pode ser tão bonito?

Eu peguei minha coragem momentânea, que só ele consegue trazer em mim, e segurei seu queixo subindo até mim para juntar nossos lábios de novo. Foi tão bom quanto o primeiro, ou até melhor.

Ficamos minutos nos beijando, nos tocando de forma leve, sentindo a coxa do outro, o cabelo, as respirações.

Até que em um momento ele separou nossas bocas, olhou em meus olhos, levantou da cama, trancou a porta do quarto e voltou sentando em meu colo. ELE SENTOU NO MEU COLO.

Segurou meu rosto e perguntou em meio a um sorriso, já que minhas mãos já estavam na sua cintura, "Você se importa em eu sentar no seu colo, hyung?", a voz dele estava inacreditavelmente mais grossa.

Eu apenas balancei a cabeça e deixei que ele segurasse meu rosto para que pudéssemos nos beijar, o beijo foi diferente, eu senti ele tremer no meu colo, quando eu segurei com uma mão a sua cintura e a outra apertei sua coxa.

Era impossível não nos 'animar', em pouco tempo estávamos ambos duros. E eu nunca havia sentido dessa forma, eu nunca passei dos beijos e de algumas mãos bobas, na maioria das vezes com meninas. Isso é novo. Isso é tão bom.

Ele pegou minha mão e trocou olhares comigo para pedir permissão, eu respondi que ele poderia fazer o que quisesse comigo. Ele gemeu. Ouvir ele gemer foi o som mais gostoso do mundo, nenhuma daquelas músicas daqueles CDs que ele me mostrou era tão perfeito quanto ele gemendo no meu colo.

(Eu já escrevi fanfic, talvez esteja sendo bem descritivo, mas eu quero gravar em algum lugar além da minha memória, obrigado caderno)

Então ele guiou minha mão, eu o toquei, por cima da calça, mas eu toquei ele e foi incrível. Minha respiração que já estava alta, pirou assim que ele começou a descer os beijos pelo meu pescoço e subi-los para minha orelha. Quem diria que eu gostaria de beijos lá. Eu gosto.

Meus olhos viraram quando eu apertei ele com um jeito que gostava de fazer em mim quando estava sozinho, e ele gemeu e se esfregou no meu colo. Estávamos pegando fogo, de verdade ele estava quente e eu também.

"Hyung, a gente pode tirar a camiseta?" "Sim, por favor". Que diálogo.

Estávamos sem camisa e se esfregando um no outro e eu não precisava de mais nada, a pele dele é dourada, ele passava as mãos pelo meu tronco exposto e sorria em meio aos beijos. Nós continuamos nos esfregando até ouvir a porta da frente abrir e a mãe dele avisar que tinha chegado.

Tivemos que parar, rindo baixo ele saiu do meu colo, colocamos nossas camisetas de novo e nos acalmamos conversando de perna de índio um na frente do outro até as coisas 'voltarem ao normal'.

Eu me apresentei à mãe dele, ela insistiu que eu comesse antes de sair, ele me acompanhou até a portaria e me puxou para um canto escuro para nos beijarmos antes de eu ir embora.

Eu nem sei mais o que falar. Puta que pariu. Que dia. 

After Laughter | taegiOnde histórias criam vida. Descubra agora