Garota Arco-íris - Imagine Shinsou

O Pequeno Príncipe

Pov's [Seu nome]

  Batimentos que recordam-me tambores lentos. Estes eram os compassos que dedilhavam meu coração, em uma melodia que apenas eu lhes posso decifrar, como caminham-me á mim. Sucede que as notas desta pauta, achegavam-se aos meus tímpanos através de lábios doces de uma ametista radiante, que distintos, proclamavam apenas carinho e súplicas de abrigo. As orbes minhas, eram como uma pequena flor que renasce, sendo banhada de algo que minhas pálpebras, em momento desatadas, não compreendiam. Porém que ao meu ver, hão de desabrochar em algo mais valioso, sem que se murchem ao caminho.

  O sopro de Hitoshi encaminhava-me um conto tão simples, mas ainda assim, tão meigo. Estreitei meu corpo a endireitar sobre o acolchoado, tomando a manta azulada para cobrir-me do frio, um pouco mais, ouvindo deliberadamente tua harmoniosa voz para comigo. As finas mãos buscavam por ajeitar o tecido, quando dei-me conta de estar em um concerto. Afinal, o que podes ser País das Maravilhas, podes não passar de uma estimável ilusão. Suas palavras repentinas eram como se um trovão rossoasse dentro de mim, sendo como um par de pedras chocando por si, revelando um puro amor. As faixas postas a minha face, decaíram para lhe ver, e perceber como o quão sincero o homem pode ser. Eu acanhei-me, mas em teus olhos me fixei, vendo que seu coração virou-se para ludibriar a mim.

   — H-ha! Eu n-não sabia q-que v-você estava a-acordada [Seu nome]. — observo-lhe a feição me encarar, vendo que o rosto deste avermelhou-se por notar - V-você ouviu tudo q-que, a história que eu c-contei?

  Prosto-me a não lhe dar sinais. Minha destra fora ao encontro de meus fios lisos, ressoando claro em um tom desconhecido. Prontei meus pés em contato com o chão, estando sentada sobre a cama afofada. Ao lhe dar mais vistas que eu poderias encontrar, meus membros arrepiaram-se em me realocar. Aproximei-me de Shinsou, e toquei-lhe o rosto com a minha canhota, acariciando tuas maçãs do rosto avermelhadas, e encarando teu vasto olhar. Uma criatura tão bela, tão sozinha, insegura, mas também determinada, eras visto como um próprio reflexo. Talvez de si mesmo, tal que sejas dos meus próprios medos. Sinto-me apenas um frágil e pequeno barco, que apenas podes perder-se em meio as tuas ondas de sentimentos, Hitoshi.

  Os dedos levemente traziam seu rosto para mim. Eras por impulso o ter perto. Seus lábios tremiam de maneira pouco perceptível, que desataram-se ao me ver próximo de si. Tua respiração eras como brisa, que podes tontear o mais aguçado de meus sentidos. Percebo tuas orbes fecharem-se, dando-me brecha para fazer o mesmo. O que fez-se me perceber, que esta jóia sempre me amará. Até mesmo se eu estivesse irada, ele me amaria quando mal me reconhecerias. Estavas sobre nossos próprios ardores, caso não fostes a inesperada porta de correr, abrindo-se em vão para nós. Nos distanciamos de modo ligeiro, ao notar um pequeno doutor, acompanhado de Aizawa, nosso estimado e estasiado professor.

  — C-com licença. — disses o doutor, agitando o pequeno par de óculos em sua face — Vim ver o estado de minha paciente, mas não esperava vê-la acordada. Excelente!

  — Eu vi o que estavam por fazer. - ditou Shouta ao se aproximar de Hitoshi. Pigarreou - Você a indusiu a isso? Lembro de ter te ensinado bons modos ainda quando era pequeno, faça-me o favor, isto é um hospital 'moleque. — retirou suas ásperas mãos do bolso para apertar a face do garoto perante mim, que grunia de dores — E então doutor, como ela está?

  — Devo dizer que ela está ótima. O ferimento fora apenas uma leve torção em seu braço direito, pelo impacto, mas nada com que os dias não possam tratar. Não é como se ela não passasse por essas coisas todos os dias com você, Eraser. - suspirou afastando-se de mim, e logo estavas perto outra vez — Parece que houve um pequeno incidente, pode me dizer do que você lembra, jovem? - ditou ao depositar a luz de uma pequena lanterna sobre meus olhos.