AllanaQuem me dera se a vida fosse perfeita, daí eu não precisaria tá subindo esse morro gigante debaixo desse sol de quarenta graus fritando minha mente. Quando estava passando perto da boca logo vi o WL fumando do lado de fora.
E do lado dele estava o Terror, motivo de muitas calcinhas molhadas e muitas cabeças raspadas, Deus me livre. O que tinha de gostoso também tinha de ruim.
Terror estava com seu fuzil atravessado nas costas e com a blusa jogada no ombro, tinha um baseado entre os dedos. Maravilhoso como sempre, né atoa que as doidas se matam por ele.
- Disfarça, todo mundo já percebeu que você tá babando aí, otária. - Tomei um puta susto com o WL do meu lado, que horas esse garoto levantou de lá?
- Babando sua cara, tô babando nada, idiota. - Olhei de novo pra onde o Terror estava e dessa vez ele me encarava totalmente sério.
Morri de vergonha, desviei rapidamente o olhar e virei pro WL, espero que o Terror não tenha percebido pra depois não dá merda.
- Qual foi, sobe aí que eu te levo na sua goma.
- Graças a Deus, mais três passos e eu desmaio de calor.
Esperei ele subir na moto e subi em seguida, ele acelerou e dessa vez nem olhei pra trás.
Não demorou muito pra eu chegar em casa, não moro tão no alto e isso é ótimo, imagina todos os dias ter que subir até o pico andando? Tenho perna pra isso não.
Joguei minha mochila no canto do quarto e fui direto tomar um banho pra limpar o suor do corpo. Minha mãe não estava em casa, então aproveitei pra dormir a tarde toda já que hoje tem pagode.
-x-
Acordei com a porra do celular gritando, era a praga da Mila que não parava de ligar.
- Precisa ficar ligando toda hora, minha filha? Consegue esperar não?
- Bora agitar a boa, quero jogar minha bunda! - Gritou no meu ouvido.
- Meu ouvido, filha da puta. Eu tava dormindo, vou tomar um banho e me produzir.
- Quando estiver pronta me avisa pra gente se encontrar.
Desliguei a chamada e criei forças pra sair de cama, olhei o relógio e já ia dar 18 horas.
Saí do quarto pra comer alguma coisa e vi minha mãe na cozinha terminando de jogar a calda no bolo. Peguei um copo de água e fiquei olhando as notificações do celular.
- Tava só de rolê né dona Patrícia.
- Fui almoçar com o Fernando.
Terminou o bolo e eu corri pra pegar uma fatia.
- Vou sair com a Mila. Não me espera acordada.
- Não gosto nadinha de você frequentando essas festas, ainda por cima só chega de madrugada! - Cruzou os braços me olhando séria.
- Mãe, é logo ali na praça, não tem perigo.
Toda vez era o mesmo assunto, se eu for pela onda da minha mãe eu não saio nunca mais de casa, nem ando pelo morro.
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Gatilho
General FictionQue o nosso amor esteja acima de cada aperto de gatilho. Esse é um amor em meio a tantas balas e guerras. ANTES DE COMEÇAR - Essa é minha primeira história, tenham paciência comigo, por favor. - Estarei revisando sempre, mas perdoe se algum errinho...