Capítulo 11

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Allana

Dormi estressada e no outro dia ele me levou pra casa como se nada da noite tivesse acontecido, não sei como conseguia ser tão sínico.

Hoje marquei de ir pro baile do Vidigal com a Mila e o WL, geral tava agitando de ir.

Escutei buzinarem lá fora e saí pegando minha bolsa, entrei no carro ajeitando meu cabelo, hoje eu passei dos limites da beleza, na moral.

- Fala aí, meu povo feio. - Cumprimentei WL que tava dirigindo e Mila que tava do seu lado no banco do carona.

- Tá doida pra ficar de pista ela. - WL me ameaçou e eu e Mila rimos.

- Vamos quebrar tudo! - Mila gritou dançando sentada.

- Jogar a raba a noite toda!

- Ih, caralho. Te controla, hein, Camila. - Falou todo emburradinho de ciúmes. - Não tô afim de matar ninguém hoje.

- Relaxa, meu amor, eu jogo só pra você. - Camila mandou toda maliciosa.

- Aí dá bom. - Bateu as mãos e esfregou elas rindo, logo voltou a prestar atenção no caminho.

- Credo, seus sujos, me respeitem.

- Falou a virgem. - Mila me zoou.

- Só se o Terror não tiver fazendo o trabalho dele direito. - WL era um ridículo.

- Quem é Terror? Nem conheço. - Olhei debochada pra eles. - Hoje que eu arrumo um boyzinho.

- Allana, Allana. - WL balançou a cabeça rindo e eu fingi que nem era comigo.

-x-

O baile tava o fervo, um monte de conhecido tava aqui, parece que geral da Rocinha brotou legal mesmo.

Eu já tava altinha, no lindo brilho e não tava me importando. Vim pra curtir, não foi? Mila foi ficar agarrada com o WL e eu continuei dançando sozinha mesmo.

Meus planos é de beber e dançar sem pensar em mais nada, minha cabeça já tava cheia de coisas e eu só precisava de aliviar a mente, ficar leve.

- Eai, ruiva? Tá sozinha?

Olhei pra trás e vi um garoto muito do lindo rindo pra mim.

- Tô, tô sozinha sim. - Sorri de volta.

- Posso te fazer companhia então?

- Claro, não posso negar a companhia de um homem bonito e educado. - Socorro, Allana, afogou o senso com o álcool?

- Satisfação, BL. - Sorriu de lado. Usando vulgo, já sei que é do corre. - E a ruiva linda, é...?

- Allana. 

- Você não é daqui. - Ele concluiu.

- Não, eu sou da Rocinha, só vim curtir o baile com uns amigos. - Expliquei.

- Vou ter que aparecer na Rocinha qualquer dia desses então. - Sorriu me puxando pela cintura e me dando um beijo bom pra caralho.

Ficamos um tempão ali dançando e conversando, ele era legal e bom de papo, tava me divertindo muito com ele. Já tinha visto o Terror agarrado com uma piranha no camarote.

O imbecil não parava de me encarar todo puto, meu celular tocou duas vezes, vi que era ele e resolvi atender. Falei pro BL que já voltava e me afastei um pouco.

- Posso ajudar? - Perguntei irônica e ouvi um riso revoltado da parte dele.

- Você tá brincando com vagabundo, pode meter o pé pra casa. - Falou com a voz rouca.

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