Allana- Vou estragar seu banco, tô toda molhada.
Ele me olhou de cima a baixo e sorriu de lado todo safado.
- Tô falando da chuva!
- Aham. Esquenta não, o banco é de couro. Dá em nada.
- Minha casa é pra aquele lado. - Apontei pra descida do morro vendo que na verdade ele estava subindo.
- Tô ligado. - Só disse isso como se não me devesse satisfação nenhuma de onde tava me levando.
- E pra onde você tá me levando? - Já escaldei, só o que eu sei sobre ele é que ele é o dono do morro, o suficiente pra não dar confiança e cá estou eu dentro do carro dele indo pra sei lá aonde.
- Lá na minha goma.
- O que?! - Me sobressaltei olhando pra ele. - E o que eu vou fazer na sua casa?
- Qual foi, garota, abaixa o tom. Tô te levando na moral pra tomar um banho e trocar essa roupa molhada aí.
- Eu poderia fazer isso na minha casa.
- Deixa de ser doidona, espera essa chuva aliviar que eu te levo pra casa, pô.
Não respondi mais nada, sentia meu coração acelerado e tentei não pensar em coisas ruins. O pior que poderia acontecer é ele me matar. Meu Deus.
Segui o caminho quieta, fiquei olhando pela janela as ruas vazias, isso só acontecia em dias de chuva mesmo.
Não demorou pra chegar na sua casa, que é bem grande por sinal. Dois andares e tinha terraço, pelo tamanho do muro o quintal também parecia grande. É uma casa bem chique, típica de zona sul.
Não poderia esperar menos do cara que é dono disso tudo, o que não falta é dinheiro pra ele.
O portão da garagem abriu e entramos, ele saiu do carro e eu o segui. Terror destrancou uma porta que deu acesso a sala, bem arrumadinha e linda.
O outro saiu subindo pro andar de cima e eu fiquei na sala reparando tudo o que tinha, abracei meus braços por conta do frio e corri meus olhos para a escada onde ele já descia com umas peças de roupa nas mãos.
- Toma aí, ruiva. Pode usar o banheiro lá de cima, toma um banho e veste essa roupa aqui. - Me estendeu as roupas e eu peguei dessa vez seguindo ele que voltava pro andar de cima.
Entramos numa porta que deduzi ser seu quarto, assim como o restante da casa ele era bem limpinho e organizado, certeza que alguém deve vir arrumar tudo pra ele.
Entrei no banheiro e tranquei a porta. Senti meu corpo relaxar ao entrar em contato com a água quente, me arrepiei toda com aquela sensação boa. Vontade de nunca mais sair de perto desse chuveiro maravilhoso.
Usei o sabonete líquido e outros produtos que já estavam ali e depois de terminar o banho fui me secar com a toalha limpa que encontrei pendurada.
Saí vestida com uma cueca sua e um casaco moletom que ia quase no meu joelho, já tinha passado um pente no cabelo lá dentro e agora estava deixando secar naturalmente já que não tinha secador.
- Obrigada pela ajuda, mas agora preciso mesmo voltar pra casa. - Ele estava jogado na cama enquanto mexia no celular.
Olhou pra mim e levantou da cama vindo na minha direção. Minha respiração acelerou na hora, era incrível o efeito que ele surtia em mim.
- Ainda tá caindo um pé d'água, po. Aguarda aí que quando passar vou pedir um bagulho bacana pra gente comer. - Passou os braços pela minha cintura. - Tu é gostosa pra caralho. - Sussurrou perto do meu ouvido.
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Gatilho
General FictionQue o nosso amor esteja acima de cada aperto de gatilho. Esse é um amor em meio a tantas balas e guerras. ANTES DE COMEÇAR - Essa é minha primeira história, tenham paciência comigo, por favor. - Estarei revisando sempre, mas perdoe se algum errinho...