CAPÍTULO - 14

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Capítulo .14.

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Sarah encarava o cômodo vazio, por alguns segundos se manteve paralisada apenas processando o fato de nenhuma das duas estarem ali. Aquilo não poderia estar acontecendo. A loira procurou por todo o cômodo até chegar ao guarda-roupa que estava aberto. A mulher avistou o cesto destampado e olhou dentro do objeto, encontrando um dos lacinhos usados para prender o cabelo da Clara. Seu coração se apertou. Elas tentaram se esconder.

:- Filho da puta! - gritou esmurrando a porta do guarda-roupa.

:- Calma Sarah. - Gilberto se aproximou afagando os ombros da amiga.

:- Calma o caralho. - a mulher se afastou. Seus olhos vermelhos e marejados em preocupação e raiva. - Elas tentaram se esconder Gil. Elas estavam com medo. - a mulher gritava com a respiração alterada e levanta o lacinho de Clara na direção de Gilberto - E aquele desgraçado pegou elas!! Ele está com elas!!

Uma espécie de culpa tomava a mulher. Ela deveria ter ficado lá com elas ou ter deixado que fossem com ela, como Juliette havia pedido. Se tivesse atendido seu pedido isto não estaria acontecendo. Sarah secou a lágrima solitária que escorria por seu rosto.

:- Vamos procurar por elas amiga. - Gilberto disse tentando mais uma vez se aproximar da mulher.

:- Eles ainda podem estar por aqui. -Rodolfo sugeriu. - Vamos procurar por elas.

Todos concordaram no mesmo instante, sem hesitação, iniciando as buscas por todos os cômodos da casa. Rodolfo se aproximou de Sarah.

:- Não se preocupe, nós vamos achar ele, nem que tenha que ir até o inferno para isso. - Rodolfo tinha raiva em seu olhar. - E quando achar, eu mesmo vou matá-lo. - o homem afirmou e Sarah sorriu sem humor negando com a cabeça.

:- EU, vou matar ele! - o olhar da mulher se tornou escuro - Faça o que quiser com o Fernando, mas o Carlos - respirou fundo - Eu mato!! - era possível sentir o ódio se solidificar a cada palavra proferida fazendo com que Rodolfo apenas concordasse, sem discussões.

Dito isso, saíram do quarto ajudando nas buscas. Sarah guardou o lacinho no bolso de sua calça e correu toda a casa em busca. Cada cômodo, cada canto, cada lugar, tudo fora revirado. E nada. Até mesmo tapetes foram retirados em busca de algum passadouro de acesso a alguma galeria ou algo do tipo.

Nada.

:- Eles não podem ter levado elas para longe. - Camilla diz se reunindo com o grupo na sala. Todos estavam de pé, inquietos, tentando calcular onde poderiam estar. - Faz muito pouco tempo que ouvimos os gritos.

:- Na casa definitivamente não estão, já reviramos tudo. - Vitória afirma. A loira leva um dos dedos até a boca roendo sua unha mostrando seu nervosismo.

:- Ficar aqui olhando um para a cara do outro, não vai resolver nada. - Sarah diz irritada. - Temos que olhar lá fora. - a mulher diz já caminhando em direção a cozinha e saiu pelo vão da porta quebrada.

Seus colegas a seguiram. O grupo se dividiu espalhando pelo entorno da construção. Sarah, Gilberto e Rodolfo caminhavam pelo gramado. Sarah encarava aquela noite escura enquanto fincadas intervaladas insistiam em atormentar seu coração. Seu peito doía e se apertava sempre que a imagem de Juliette vinha a sua cabeça. Talvez um sinal de que ela não estava bem, nada bem. Alguns chamariam isso de sexto sentido. Outros de conexão. Seja o que for, torturava a mente de Sarah nesse momento.

Fim dos Tempos - Sariette [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora