Capítulo Trinta e Nove

1.5K 231 38
                                    

Duas semanas se passaram, passei alguns dias me recuperando na minha cama mas agora sem dor e curada dos ferimentos.

Baltazar agora era viúvo e Aleksander decidiu contar a verdade a todos, claro que o culpado agora estava morto e todos ficaram aliviados com essa notícia.

Os ossos de Genevive foram enterrados perto de seu pai e sua mãe, Aleksander e Baltazar foram no pequeno funeral, o homem ficou abalado durante esses últimos dias.

Morrigan e Liandra vinham o tempo todo no meu quarto para saber os detalhes do que aconteceu ou para me animarem.

Hoje eu iria voltar para Tiberian, queria ver como estava Matthew, o novo prédio, talvez voltar para meus trabalhos.

Abracei forte Morrigan, me despedindo da garota, prometi que ainda conversaríamos por meio de cartas, não ligava se a mãe dela visse. Ajeitei minha capa vendo a garota se aproximar da carruagem dos seus pais, estava frio mas pelos menos não estava nevando.

Antes da garota entrar na carruagem, Arthur se aproximou se despedindo, para a surpresa de todos, Morrigan beijou Arthur. Abri a boca em choque e me segurei para não surtar.

- Morrigan!- sua mãe gritou, a garota deu mais um beijo em Arthur e entrou na carruagem fechando a porta, ela levaria uma bronca. Arthur me olhou e eu o zoei, o general revirou os olhos ajeitando a lapela do uniforme.

Escutei alguém limpar a garganta atrás de mim.

Me virei e dei um sorriso fraco.

- A que devo a honra, majestade?

- Vim me despedir da minha Dama da Noite.

- Eu vou embora com meus Sessenta milhões de Frags, que vossa majestade me deu de bom grado.- apontei para o baú dentro da carruagem.

- Bom grado.- ri de sua cara.- Você vai voltar? Algum dia?

- Talvez, acho que vou sentir falta desse castelo, talvez eu volte, espere acordado.

- Prometa escrever.

- Claro que prometo.

- Vou sentir sua falta, Liza.

- Também vou, Alek.- ele segurou minha cintura e me beijou, os guardas desviaram os olhares. Senti o toque da língua de Aleksander e segurei seu sobretudo, meu coração doia porque eu não queria deixá-lo.

Separei o beijo e colei nossas testa.

- Até breve então.

- Até.- segurei a sua mão e depois entrei na carruagem, ele fechou a porta e a carruagem começou a se mexer, via o castelo se afastando aos poucos.

Depois de dois dias de viagem, cheguei a Tiberian mais uma vez. O vento frio também tomada conta do reino, a neve caia aos poucos, a carruagem parou na frente do prédio novo de Matthew que Eric havia me passado o endereço.

Desci da carruagem observando o prédio, era parecido com o antigo mas mais largo para os lados. Entrei no local e algumas pessoas ainda arrumavam algumas caixas.

- Onde está Matthew?- perguntei a uma mulher que já conhecia de vista.

- Primeiro andar, terceira sala a esquerda.

- Obrigada.- subi as escadas, minhas mãos suavam dentro das minhas luvas.

Andei pelo corredor parando enfrente da porta, soltei o ar que prendi e bati. Escutei uma "Entre" e girei a maçaneta.

Matthew estava em pé perto da janela do seu novo escritório, ainda vazio, apenas com alguns objetos. O homem se virou e abriu um sorriso, parecia bem, mas agora usava uma bengala preta na mão para ficar em pé.

- Que bom que está viva.- ri e o abracei.

- Eu que o diga, iria sentir falta dos seus sermões.

- Iria te assombrar, pelo resto de sua vida.- ri.

- Tenho uma boa notícia pelo menos.

- O que?- separou o abraço.

- Não voltei de mãos vazias.- ele se apoiou na bengala.

- Quanto?

- Sessenta milhões de Frags.

- Vinte milhões meus.

- Tá.- resmunguei, ele abraçou meus ombros.

- Bem vinda de volta Dama da noite.

- Eu nunca fui embora.- sorri.

A Dama Da NoiteOnde histórias criam vida. Descubra agora