O começo

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Bom dia!

Amei o retorno do primeiro capítulo, confesso que eu não tinha planejado essa fic da maneira que ela vai ser mostrada, mas espero muito que vocês gostem, to bem empolgada com ela ❤️.

Como sempre, agradecer a betagem da musa @mldpmm que tá me dando um feedback muito grande sobre a escrita ❤️ , obrigada meu bem!

Bora então?


[❤️❤️❤️]


Acordei quase sem ar, com um forte aperto no peito. Meu coração 'tava tão acelerado que parecia que ia entrar em pane a qualquer momento. O travesseiro molhado só confirmava o quanto eu tinha suado naquela noite. Acho que corri uma maratona enquanto dormia.

Puxei o ar com calma, tentando fazer meu pulmão voltar a funcionar direito, mas 'tava tão difícil conseguir voltar a respirar que eu não sabia dizer o que me incomodava mais: se era minha respiração preguiçosa ou uma dor chata que parecia formigar de lado no meu abdômen.

Eu nunca gostei de dormir de bruços, mas cheguei tão cansado que nem vi quando apaguei sem nem tirar a roupa.

Inspirei fundo dessa vez, afinal, meu corpo tinha que reagir. Eu não 'tava morto, ou pelo menos achava que não, e a confirmação de que ainda tinha vida em mim veio no segundo em que meu tórax inflou quando foi preenchido por oxigênio.

— Ai! — Gemi, sentindo uma coisa dura embaixo das minhas costelas.

Levei a mão até o lugar onde eu senti aquele negócio chato e vi que nem o distintivo eu tinha tirado pra dormir. O brasão dourado com a insígnia da Polícia Civil de Konoha era o que estava me incomodando.

Tentei levantar, apoiando os braços de lado na cama, mas assim que girei o corpo pra me sentar, uma dor de cabeça muito forte me fez fechar os olhos no mesmo instante.

"Eu quero um beijo." Uma voz doce ressoou na minha cabeça no momento em que apertei os olhos, tentando me livrar daquele incômodo que insistia em me perturbar.

Abri os olhos, assustado, tentando ver de onde tinha vindo aquelas palavras. Tateei o lençol até chegar embaixo do meu travesseiro, procurando minha arma, mas me assustei ao ver que ela não estava lá.

— Mas que merda! — Xinguei baixinho, revoltado, tentando me lembrar onde eu tinha deixado ela.

Peguei meu celular, que estava sobre a mesa de cabeceira, e acessei o aplicativo de segurança que monitorava a casa. Não tinha nada de errado. Os sensores não acusavam nenhuma presença ali, a não ser a minha.

— 'Tô trabalhando demais! — Falei comigo mesmo enquanto levantava.

Precisava de um banho quente para relaxar meus músculos tensos graças a noite mal dormida; sem contar que eu precisava ficar bem logo, já que daqui a pouco meu celular não ia parar mais.

Já tinha um tempo em que vinha trabalhando sem uma folga decente, afinal estava no meio de um caso muito importante, e enquanto não conseguisse prender um assassino em série eu não me daria o luxo de descansar.

Eu já 'tava quase lá, tinha só uma peça que não encaixava. Ele era descuidado, sempre deixava pistas, e o padrão das suas vítimas era tão clichê, que parecia que estávamos no meio de uma série americana de baixa produção.

O cenário que ele escolheu foi o de points noturnos, onde os funcionários trabalham até tarde. As mulheres que ele atacava eram sempre moças jovens e bonitas, presas fáceis para sua mente doentia.

Kakasaku - ChrysósOnde histórias criam vida. Descubra agora