Capítulo 34

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"CADÊ ELE DAISY? EU MATO AQUELE DESGRAÇADO AGORA!" chego gritando em casa. Eu estava com tanta raiva, que se eu o visse agora na minha frente já tinha tacado o pedaço de madeira que está em minha mão. Que ódio, que ódio, que ódio.

"Graças à Deus você está de volta Lottie... Meu Deus" ela diz assim que me vê.

Certeza que se passa das seis da tarde, mas não sei a hora ao certo. Começo a gritar o Zayn pela casa toda, procurar embaixo de escada, armário enquanto Daisy me segue colocando uma toalha em minha volta e me perguntando o que houve. Eu estava morrendo de frio e fome, mas a única coisa que eu queria era matar o Malik e dar os restos para os cachorros comerem.

"Cadê aquele filha da puta Daisy! Aparece seu corno, aparece Zayn!" exclamo sentindo as minhas veias saltarem do meu corpo enquanto a senhora está tão preocupada que é capaz de chorar.

"Lottie, o Zayn ainda não chegou, nem ele e nem Safaa. Ele disse que iria buscá-la e depois iria fazer umas coisas. Mas o que houve? Por que está ensopada de chuva?" Tom aparece na sala por conta dos meus berros e eu tento manter a calma, o que é impossível.

"Pergunta para aquele imbecil quando ele chegar, mas pergunta logo porque eu vou matar ele! Eu juro!" digo apertando a madeira com força e sinto o meu pulso junto com a minha mão doerem por conta do que houve no fim de semana. Não quis usar nada, porque se me vissem, certeza que não deixariam eu jogar, e pelo visto não vou mesmo depois de enfiar a porrada naquele escroto mimado. Espirro duas vezes por conta do resfriado que já deve estar em meu corpo.

"Querida, vai tomar um banho, esfriar essa cabeça... Eu aviso quando o Zayn chegar" Daisy diz com calma e eu respiro fundo três vezes. Eu tusso, tentando por as minhas ideias no lugar. Ela pega o pedaço de madeira enquanto vou pisando forte subindo as escadas pro banheiro. Quase escorrego algumas vezes por causa das sapatilhas.

A água quente entra em contato com meu corpo, e só aí percebo o quanto estava com frio. A minha raiva pelo Zayn parece que nunca vai ter limites, mas a cada segundo que passa, eu morro mais de ódio por ele. Por isso nunca temos tendência a se dar bem, porque tudo tem que ser da maneira que ele quer, na hora que ele quer e... e... Meu Deus, que ódio, que ódio, que ódio. Só essa palavra que vem na minha mente agora. Okay, eu tinha grande parcela de culpa nisso, mas precisava de tudo isso?

Eu tremia de tanto frio. A chuva tinha dado uma trégua algumas vezes, mas logo fazia o favor de voltar. Visto uma roupa de frio e seco os cabelos com a toalha, assim que acabo meu banho de uma hora. Meus dedos estavam enrugados e o banheiro estava muito quente, resultado da água da banheira que finalmente hoje eu tomei coragem de usar.

Preciso fazer algo para aquele idiota, eu preciso. A única coisa que irá me fazer sentir melhor, seria quebrar a cara daquele monte de estrume com gel no cabelo. Caminho até seu quarto que graças, a porta estava aberta. Fecho atrás de mim a mesma e deixo minhas roupas no chão, hora de deixar uma bagunçinha como resposta. Começo a quebrar todo o quarto. Nem reparo do que é feita a decoração do mesmo, não me importo, só sei que quebro tudo o que acho pela frente.

A cada coisa quebrada, uma sensação de alívio se instalava em mim. Não sei se eu gritava, nada na minha mente passava naquele momento, a não ser ódio. Ódio por ele ter feito isso comigo. Ódio por eu odiar minha atual vida. Ódio dele. Ódio dessa casa. Ódio de ter largado minha vida em Phoenix. Ódio do meu pai ter feito o que fez pela minha mãe. Ódio pelo meu irmão ter ido para uma universidade longe. Ódio por estar distante de quem eu amo. Ódio.

Termino tudo completamente ofegante e sinto meu corpo em chamas. Já perdi as contas de quantas vezes tossi e espirrei. Olho aquele ambiente todo quebrado e me sinto um pouco melhor, mas não ainda satisfeita. Pego minhas roupas do chão e saio dali fechando a porta. Vou para meu quarto e coloco tudo no cesto de roupas sujas e desço as escadas. Esfrego meu nariz de tanto que já cossei desde ontem.

"Hey, estou fazendo uma sopa pra você. Gosta não é?" Daisy me pergunta sorridente, enquanto Tom toma café sentado na bancada da cozinha.

"Só gosto quando estou doente" digo um pouco rouca, e daí noto meu nariz ficando entupido. Ótimo, era só o que me faltava agora.

"Claramente você está Lottie. Escuta, vai pro quarto que a Daisy vai levar a sopa pra ti" Tom anuncia me guiando pelos ombros até a escada, me fazendo subir e ir até o meu quarto.

O aquecedor estava bastante alto, mas ainda assim eu morria de frio. Me encolho de baixo de dois edredons sentindo meu corpo todo tremer. Duas calças, duas meias e dois casacos parecem que não são suficientes para diminuir o meu frio. Penso em pegar meu celular, mas lembro que ele está no carro do Malik junto com o restante das minhas coisas. Malik. Aquele desgraçado.

Daisy levou uma sopa deliciosa pra mim que tomei três pratos por estar morta de fome. Ela disse que já eram dez para às oito da noite, o que me conforta. Tiro um cochilo breve, em que até sonho com coisas maravilhosas.


(...)


"Você ficou maluca?" alguém grita comigo batendo a porta do meu quarto e eu continuo olhando sem entender. "Mas que porra você fez sua doente?" a pessoa continua berrando no meu ouvido, me deixando quase surda. A imagem estava um pouco embaçada, mas quando dou por mim, já sei quem é o dono daquela voz. Zayn.

"Maluca? Maluco aqui é você seu desgraçado!" salto da cama ao o ver em meu quarto enquanto o empurro sem parar. "Você me deixa no meio do nada, na chuva, no frio, onde eu não conheço e depois eu sou a maluca? Só fiz o que você merece seu doente!" grito pra ele. Ele está todo errado e quer discutir comigo. Okay, eu também estou errada.

"Eu só fiz porque você mereceu? Tenho certeza que antes de você estragar tudo, a Safaa te avisou como eu ficaria não é! Então por que você fez caralho?" ele bufa gritando no mesmo tom que eu. "E você é tão irritante, mas agora destruir o meu quarto... Qual o seu tipo de problema porra?"

"Eu mereci? Meu Deus! Eu posso ter, okay, mas não acha que isso foi demais não? Você não sabe brincar com as coisas? Tudo tem que ser oito ou oitenta pra você?" passo as mãos no rosto. Começo a bater em seu peito sem parar, até ele segurar meus pulsos contra seu peito. Os mesmos ainda doem um pouco, mas eu ignoro completamente. "Sai do meu quarto agora! Anda!" começo a me mexer enquanto ele me encara com fúria. Posso ver a imagem de Tom, Safaa e Daisy assistindo a nossa discussão na porta.

"Você vai pagar por cada coisa quebrada naquela merda entendeu?" ele diz entre os dentes enquanto sussurra pra mim.

"Vamos ver Malik" falo de volta, até ele me largar e sair batendo o pé pra fora do meu quarto. Meu corpo está todo mole, mas ainda assim quero ir lá e acabar com ele.

Safaa entra no quarto me abraçando e perguntando se estou bem. Ela é uma fofa e me entrega as minhas coisas que estavam no carro de Zayn e posso ver a hora. Dez e trinta e dois da noite. A mais nova fica lá comigo depois de tomar banho e jantar, e ficamos vendo filme até as duas dormirem novamente. Daisy havia me dado um remédio para desentupir o nariz e eu o usei umas quinze vezes só naquele dia.




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HELLOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO sexxxtou galera, se cuidem muito! Capítulo curtinho, mas espero que gostem! 

Petição pra bater nesses dois: sou a primeira KKKKKKKKKK xoxo, até o próximo galera!

Heathens// Z.M. (HIATOS)Onde histórias criam vida. Descubra agora