Brasil ‐ Século 21
Jamais lamente, se nao deu certo, renove as forças e tente novamente, se possível, faça diferente, e não seja como eu fui egoísta, mesquinha, dona da razão.
"Ame, cuide, não esqueça as raízes "×××××××//×××××××
Samantha passou a mão na lápide da Bisavó depois de ler o que estava escrito, deixando uma rosa branca artesanal sobre o túmulo da bisa fixou o olhar no retrato da mulher feito artisticamente quanto ainda era jovem, na imagem avia uma moça bonita, de pele branca e longos cabelos negros, de olhos também caramelados, estavam parados, pareciam meios distantes, a bisneta demostrou uma certa melancolia ao analisar aquela imagem. Na verdadeiras elas não haviam se conhecido intimamente, só aviam se visto uma vez quando ainda era criança com seus 8 anos de idade, em um momento triste para a família, quando sua vó, a mãe do seu pai falecera derrepente, que era filha da sua Bisa. Lamentou pela família não ter cido muito unida, os poucos que existiu mal se falavam, pelo simples fato de seu pai ter se casado sem consentimento da família então fora deserdado, sendo filho único da sua mãe, que por sua vez também fora filha única, não tinham mais herdeiro para quem deixar os bens da família, já que sendo filha mais velha e seu pai se encontrava desaparecido a cinco anos, "já considerado como morto",pois se tornará dependente químico antes de sumir sem deixar rastros, em todo caso Samantha seria a herdeira escolhida pela sua Bisa vó, assim estava escrito na carta que lhe foi entregue a dois meses atrás
por um advogado da sua Bisa que deixara claro sobre a cláusula, " só poderia se desfazer dos bens aos vinte e um anos" algo que não compreendia, mais não ousou questionar. Agora estava ali parada dando seu último adeus ao membro mais velho da família que nem conhecera nem teve tempo de cuidar, amar, e agradecer por ter lhe confiado seus bens, mesmo que não fossem tão valiosos assim como pensou, quando soube que seria herdeira, pois se lembrava bem, aquela mulher já foi muito rica, não sabia como foi gasto toda a riqueza, com tratamentos caros? Medicamentos? Mas ninguém soubera que ela estava doente, pior ninguém foi avisado de sua morte, só dias depois do enterro quando a carta chegara, - Bom, já não avia nada a se fazer, não posso me sentir culpada, a senhora não nos quis em sua vida. - disse em um meio fio de voz, olhando ao redor do cemitério e se deu conta que a tarde de sol quente de verão estava indo embora, estava só naquele lugar silencioso, um vento frio lhe soprou os cabelos soltos que não eram muito compridos, talvez na altura dos ombros, - Preciso ir bisa, obrigada pela consideração, vou cuidar do que sobrou com muito prazer. - Novamente sentiu o vento soprar com mais força, dessa vez sentiu um arrepio lhe percorrer todo o corpo e seus pelos ficaram ouriçados, - Como o tempo mudou assim tão derrepente? - questionou pra si mesma abraçando o próprio corpo, já com frio achando estranho estar ali sozinha aquela hora, decidiu chamar a uber e voltar para casa, que ficava à 20 minutos de pé da onde estava, pegou o aparelho celular e fez a chamada, rápido como sempre o automóvel chegou e foi deixada no endereço dado, aliviada por sentir-se segura, em casa, abriu o portão enorme de grades altas indo em direção a porta principal, - dando um suspiro exausto girou a maçaneta, adentrando no espaço vazio, quase correra para o andar de cima, pois nunca gostara de lugar silencioso demais, confessava que era um pouco medrosa, sem falar que o ambiente em si já era meio sombrio, com muitos cômodos trancado que não teve curiosidade em abri-los, sabia que medo, tinha que ter, mas nao de fantasmas, só dos vivos, pois os mortos estão dormindo profundamente, não estão cóncios não podem fazer nada contra ninguém.
- Preciso de um bom banho! - disse, já subindo a longa escada da velha mansão.
Depois do banho longo, vestiu uma calça de moletom cinza e uma regata preta, calçou um par de chinelos que encontrou naquele quarto, sendo um número maior que o seu, mas tava valendo, - sorriu, olhando no grande espelho a sua frente, estava se sentindo desengonçada, passou as mãos nos cabelos úmidos e notou que a tintura estava já desbontando, e nem avia feito três semanas desde que tivera a louca ideia de mudar a tonalidade dos cabelos, de castanhos passou a ser marsala uma cor que achara linda em uma atriz negra, ficou louca para ficar diva como a atriz que exibia seus volumosos cachos de cor tão intensa e moderna, achou que ficaria ingual, o resultado? - fez uma careta sem gostar da figura que via, seus cachos não eram tão definidos e nem tão volumosos, morena com olhos caramelados não era a beleza em pessoa, mas não ficava assim tão atrás nesse requisito, gostava do seu corpo, nao era gorda nem magra, com pernas bem torneadas e cintura fina, tinha preguiça de malhar, não estava insartifeita com o corpo, mas sentia que precisava ser nas ativa quanto ao exercício físico, para manter a boa forma, sabia que não seria jovem para sempre, so estava infeliz com seus cabelos, que lhe deixa muitas vezes triste por conta da rebeldia, estavam sempre armados,
Seu desejo as vêzes era de usar Química e alisar, assim teria menos trabalho na hora de pentear, - suspirou quando ouviu batidas em sua porta.
- Entre! - Uma senhora de meia idade entrou pela porta no mesmo instante.
- Deseja fazer suas refeições no quarto senhorita? - ELA perguntou sem olhar a jovem nos olhos, em sinal de respeito, como fazia desde que a nova patroa chegara ali.
- Oh, não, eu irei descer logo que consegui desembaraçar esse ninho de sabiá. - apontou para seu próprio cabelo, viu a mulher pedir licença e sair, seu nome era Sara, ela que dissera trabalhar na casa a mais de uma década, e prometera cuidar da casa até quando a nova dona quisesse seus serviços, - Lógico que vou querer, ao menos enquanto eu ainda puder lhe pagar, pois não quero ficar sozinha nesta casa enorme! - deixou claro para ela, pois o dinheiro que ainda restava no banco em nome da bisa era pouco, mais com economia poderia paga-la pelos poucos meses que pretendia ficar ali, talvez permanesse na cidade depois de vender a casa, mandaria parte do valor para a família, outra tentaria investir em algum negócio, talvez em uma loja de roupas, onde farias as peças para vender, pois sempre quis ser estilista, e mesmo com um cursinho básico, sabia fazer belas peças, era no que ganhava dinheiro em sua cidade, costurando por encomendas para os conhecidos, isso quando não estava ajudando no sítio da família.
Depois do jantar a moça se retirou para a biblioteca, queria aproveitar ao máximo aquele lugar, pois os meses passavam rápido, e não teria outra oportunidade de ler aquelas belezas, pois pretendia vender de porteira fechada, só queria mesmo alguns quadros de seus antepassados que enfeitavam as paredes da imersa biblioteca. Escolhendo um livro de Dom casmurro "Capitu" sentou‐ se na poltrona confortável relaxou o corpo pronta para ler" os olhos de ressaca de Capitu ", mas no primeiro capítulo foi interrompida pela presença da Sara, baixinha e rechochuda sempre andava com passos rápidos e leves, tanto que só se deram conta da sua presença quando ela lhe perguntou algo ao limpar a garganta para se mostrar presente, pois a jovem estava imersa no mundo de Capitu e Bentinho.
- O que a senhora disse? - perguntou levantando o olhar na direção da porta notou que ela segurava um pequeno baú em seus braços curtos e roliços.
- Sua Bisa vó pediu que lhe entregasse isto! - ela andou até a escrivaninha e depositou o baú que estava trancado com cadeados numerais.
- Está trancado? É um tesouro?- a moça perguntou curiosa ao se levantar indo até o móvel deixando o livro de lado, e se dar conta que não tinha a chave.
- Está aqui! - A Sara retirou do pescoço um colar com um pingente em formato de coração e lhe entregou.
- 1.8.9.0 - Samantha colocou os números que estava gravado atras do pingente de que a mulher lhe dera, levantou a tampa devagar esperando encontrar uma boa quantia em dinheiro ou outras coisas de valor, mais ficará desanimada ao só ver papéis, pegando em suas mãos viu que eram cartas assinada pela sua Bisa e pela sua avó, no fundo do baú avia uma pequena caixinha e amarrada a ela um bilhete com seu nome escrito em letras grandes antes de ler o que dizia ali , abriu ansiosa achando que agora sim, seria uma joia caríssima que resolveria metade dos seu problemas,
- Um anel? - Esboçou uma careta desanimada, era um anel sem dúvida bem antigo, parecia ser de prata, mais o que lhe chamou atenção foi quando colocou o anel no dedo, parecia que ficaria largo, mais se enganara logo o anel se encaixou ficando perfeito no dedo e para sua surpresa tinha desenho de um ave esculpida no anel, no momento que colocou no dedo sentiu um leve tremor em seu corpo, como um pequeno choque elétrico, e pensou ter visto os olhos do bicho brilhar, - Não era nada de muito valor, mais era algo difetente e pra ser sincera avia até gostado,- pensou abrindo o papel dobrado com cuidado, ali estava escrito em poucas palavras que era um presente, caso quem recebesse decidisse usar, não poderia mais tirar, por isso antes de experimentar o escolhido teria que ler todas as cartas que lhe seria direcionado, no final alguém lhe desejava sorte sucesso e boa viagem, na caça ao tesouro.
- Tesouro? Viagem? - disse mais confusa ainda, e notou no cantinho um pedaço de tecido envelhecido, abriu o tecido manchando boquiaberta não acreditava que poderia ser mesmo verdade.
- Minha bisa tinha um tesouro?- perguntou de olhos arregalados para a mulher que continuava parada de cabeça baixa ao seu lado.
- Não sei dizer, mas ela se tracava muitas vezes nesse mesmo lugar e lia relia essas cartas - respondeu sem muita emoção.
- Aqui diz que é um mapa de um tesouro, mais aonde está? Não sei ler mapas, me perco com GPS imagine com mapas de tesouros, eu sabia que a bisa tinha muito dinheiro, mais precisava enterrar? Dificultando minha vida, tem nada não eu me viro, escavarei essa mansão até a raiz mais acho esse tesouro, oh se acho. - Falava desenfreada tentando organizar as cartas para ler na ordem da data certa, precisava entender como acharia o tal tesouro e ali teria as respostas tinha plena certeza disso, pegou as cartas e sentou -se no tapete fofo que estava sobre aquele piso, sua intensão era ler e reler até obter todas as respostas que precisava, dispensando a mulher avisou que lhe trouxesse café, e depois não lhe incomodasse iria ficar ali buscando seu já sonhado tesouro.Vote
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Intrigas do velho Oeste- Samantha Ó Reley - E A Viagem Atravez DO Tempo
Ficción históricaSamantha Ó Reley vivia em uma cidade bonita, já avia se acostumado a agitação, daquele lugar, mas nem sempre foi assim, meses atrás, antes de tudo acontecer vivia em um pequeno sítio com sua mãe e seus dois irmãos. Com a morte da sua Bisa, receber...