San' Antonio

100 42 90
                                    

Texas, deserto selvagem
Estrada para Sant'Antonio, 15 de Abril 1891

- Quem será esse pobre diabo? Porque foi abandonada nesse imerso deserto? - ouviu alguém dizer.

- Pouco importa quem seja, como bons religiosos não devemos abandona- lá aqui, pra morrer. - era outra voz, que pareceu se aproximar, pode ouvir o barulho de botas ao seu redor.

- Não podemos ficar aqui parados, vamos já sair daqui, este lugar não é seguro...- Essa voz parecia mais ansiosa para parti.

Samanta abriu os olhos devagar, sentou-se com bastante esforços, nao sentia dor, apenas tinha as vistas nublada e os pensamentos confusos, Não fazia ideia do porque de tanto alvoroço, ouviu discussões sobre o que deviam fazer ao seu respeito, passou uma das mãos no rosto para clarear o sentido.

- Com certeza, foi deixada para morrer, então vamos fazer a vontade de Deus, e segui o rumo da viagem, veja o que ela está vestida, nem as piores mulheres que vivem no andar de cima dos saloons se vestem assim em seus momentos íntimos...

- Acalmem-se! Não vamos deixar uma mulher, que com certeza foi raptada, abusada, e só Deus sabe lá mais oque ela passou pra está nesse lugar, nesse estado, Vamos leva- lá conosco até o vilarejo mais próximo lá deixaresmo aos cuidados do cherife, que investigará o caso!
A jovem não sabia quem era aquelas pessoas, tentou se lembrar o que tinha acontecido, – a tempestarde, e... fechou os olhos com força e se lembrou da sensação ruim de está caído em alta velocidade um abismo sem fim, avia se sentido tonta e logo tudo se apagava - Ah claro!, com certeza eu cai da sacada me quebrei toda estão esperando a Samú vi recolher os cacos. - quase achou graça, piscou várias vezes, ainda se sentindo confusa, estava com aquela terrível sensação de tontura, como se estivesse com labirintite. Passou as mão nos olhos novamente para clarear a visão meio nublada, viu alguns rostos meio que no borrão, alguém estava lhe ajudando a ficar de pé, pôde ver um rosto embaçado de um homem que usava um grande chapéu lhe cobrindo o rosto, - Não entendia de primeiros socorros, mas via em filmes que uma queda da altura em que cairá, possivelmente não deveriam ter lhe tirado do chão, ou os danos seriam mais graves, mais não tinha força para contestar, estava se sentindo muito fraca, pra ser sincera nem acreditava que ainda estava viva, tentou olhar para cima para ver a altura da queda, achou estranho por não ver nada além de um céu já meio escurecido, um deserto montanhoso, com alguns galhos de árvores espalhado pelo chão seco. - Devo está sonhando... - disse baixo sem nem saber o que ela mesmo dizia.

- Esses são o seus pertences? - alguém perguntou, recolhendo alguns objeto do chão, - A moça tentou responder balbuciou qualquer coisa inaudível, e si viu ser tomada por uma sensação de desmaio.

- Ela está acordando! - abriu os olhos devagar, se deparando com cinco  pares de olhos afritos lhe encarando, meio incomodada, se concertou, pois estava rescostada em um assento, de um táxi que sacolejava como se estivesse em...- parou seus pensamentos forçando mais as vistas, sem acreditar no que via, levou as mãos ao peito em choque,

- A jovem está biem? - o homem de chapelão perguntou parecendo preocupado.

- Acho que não, estou tendo alucinações - Ela respondeu sem acreditar que estava em uma carroça, esticou a cabeça para olhar lá fora, se dando conta que estava em um lugar deserto desconhecido, com homens estranhos e ...armados? - quase gritou já imaginando que se tratava de um seqüestro  - Eu não tenho dinheiro, deixe-me ir, prometo nao ir à polícia! - Improrou em desespero, tentou sair do veículo em movimento, mas foi impedida por braços fortes.

- Não sabemos o que passou, para está nesse estado - Um deles disse olhando para seu corpo, incomodada se encolheu no seu acento que ficava ao lado da portilhola feita de madeira, cobrindo-se com suas próprias roupa apertou o casaco completamente empoeirado, puchando as partes aberta para cobrir as pernas, à mostra. - Mais só queremos te ajudar, vamos passar pela vila, lá é só procurar o xerife, ele irá providenciar que retorne a sua família, se for de família rica mais rápido será. - o homem gargalhou mostrando os dentes amarelos.

Não sabia por quanto tempo avia ficado apagada, mais viu que o sol já estava se pondo, não tinha ideia se estava vivendo um sonho, ou se era real, de uma coisa estava certa, a noite estava chegando e estava rodeada por pessoas estranhas, real ou não sentia um perigo se aproximando,
— Por quanto tempo eu apaguei?– perguntou.
— Entre acordar é voltar a dormi, muitas horas eu digo. – o homem do chapelao respondeu.
— o que traz nesse bauzinho? – outro perguntou olhando de forma interesseira para o objeto. O que a fez se alarmar ainda mais das intenções dos homens.
pegou o baú que estava ao seu lado e segurou firme, seus pensamentos voou a dias atrás quando lia uma das cartas da Bisa, era estranho pensar naquilo justo agora? pouco depois ouviu -se um tiro, pareceu perto dalir, ouviu os animais relichar assustados depois os cavalos aumentaram a velocidade fazendo os passageiros se chocaram uns contar outros, alguns começarem a rezar, dois deles sacaram as armas se puseram diante das janelinhas e dispararam na direção que avia vindo os tiros.

- Tem um bando em nosso encalse! - um deles disse, com ar preocupado,  atirando sem tréguas, com aquele barulho ensurdecedor, Samantha aproveitou a distração abriu a potilhola agarrou -se a seu pertence e pulou para fora, não pensou duas vezes só queria ficar livre daqueles bandidos, com certeza era a polícia que estavam atrás deles. Graças adeus estau segura! - Pensou antes de acertar a cabeça em cheio em algo duro.

Perto dali, alguém observava a tentativa de assalto do bando mais temido pelos viajantes daquela região,
E com olhos de facão atentos como sempre, mesmo estando bem distante da estrada, pode ver alguém ser jogado da diligência que fujia em disparada.
Aquele era um índio apache que calvagava sozinho, e estava retornando a sua tribo depois de uma longa viagem até a tribo vizinha os cheyennes.
Estava exausto, avia feito uma jornada de uma semana, seu cavalo era forte mas decidira parar ali nas montanhas altas para pernoitar, da tempo ao animal descansar, assim não precisaria abandona- lo, não achava justo perder um amigo vindo da mãe natureza. Depois que a confusão passou, decidiu juntar galhos secos para uma fogueira, a noite já estava começando esfriar, logo escureceria de vez, seria impossível enxergar um palmo de terra além do seu nariz. Pouco depois já com a fogueira acesa, saiu para caçar algo para comer, parou quando caminhava escutando um leve gemido, preparou a flecha para atirar, caminhou cauteloso na direção do barulhinho, e percebeu algo se mexendo no chão, logo abaixo de um pequeno barranco, lembrou-se do passageiro abandonado, virou as costas para voltar, não queria se meter com aquela gente, era melhor deixar que morresse ali, ou que alguém do seu próprio povo o encontrasse.
- Quanto menos melhor, para essa gente não passamos de animais selvagens, então me comportarei  como um, ingnorando-os. - disse com ódio, já que os brancos os odiavam, aprendera a olha-los também, - pensou voltando por onde veio.
— Pelas águias que voam no seu de lua cheia!!! -  Espraguejou, sua consciência, obrigou-o a voltar minutos depois de consegui matar uma lebre. Encontrou o corpo ineste, balançou com o pé, acreditando ja está morto, abaixou-se um pouco e olhou a respiração percebendo que ainda estava vivo, pegou-o levando para perto da fogueira, logo viu que se tratava de uma mulher jovem, não era branca, e sim negra.
- Uma das poucas que vivem na região, pelo fato de também serem tratados como escória, bichos, escravos, assim como meu povo! - lamentou, enquanto preparava algumas ervas que carregava sempre consigo, daria para a moça, para que ficasse boa, observou que ela sangrava com um pequeno corte na testa, - Que os espíritos possa decidir seu destino, se deve libertar seu corpo desse sofrimento terreno, ou se terá uma segunda chance. - disse fazendo presses aos bons espíritos de luz.
Ficou confuso quando viu o anel antigo brilhar no dedo da desconhecida, as chamas da fogueira fazia com que a prata do objeto brilhante, chamasse sua atenção segurou a mão dela e pode reconhecer, aquele anel pertencia a seu povo, só em casos raros era presenteado a alguém digno de uma segunda chance. Sem compreender como era possível a moça possuir aquilo, sentiu na obrigação de acreditar que o espírito do falcão negro avia escolhido aquela mulher, que não pertencia a seu povo, mas que tão sofrida quanto, não iria questionar os espíritos, tomaria aquele fardo de deixá-la a salvo com seu próprio povo.
Sabia que a o povoado não estava longe, se desse sorte, seu cavalo amanheceria melhor, contando com no máximo um dia e uma noite estariam na Vila, mesmo desviando seu caminho por quase um dia a mais, não questionara, era o desejo dos espíritos protetores, e seu dever.

Voto
Comentários
Ajuda bastante
Obrigada por ler
Abraços de ursa 🐻💋

29/04/21

Intrigas do velho Oeste- Samantha Ó Reley  - E A Viagem Atravez DO TempoOnde histórias criam vida. Descubra agora