Novas Espécies - CONTOS

O Milagre de Jessie

Olázinho!!! :-D

Sim, quase um ano depois de começar o projetinho estamos de volta.

Mesmo com este hiato, esperamos que ainda haja leitores interessados em mais contos no universo NE, pois traremos mais alguns além do que está abaixo.

E sim, a fanfic está sendo escrita e irá unir os personagens destes contos. Que vale lembrar, não obedecem a uma ordem cronologia, MAS, se interligam com as fanfics que logo serão postadas.

Sem mais... apreciem o novo conto <3

O Milagre de Jessie

Positivo. Jessie encarava o exame que fizera mais cedo naquele dia, estava perdida num misto de emoções desde que confirmou sua gravidez. Sabia que seu companheiro ficaria feliz, sabia o quanto ele amaria seu filhote, assim como a amava e era devoto a ela.

A grande família Nova Espécie ficaria em festa com mais um filhote chegando. Como sempre presentes seriam enviados, felicitações e não apenas Justice a mimaria assim como todo Nova Espécie com quem tivesse contato dali em diante. E isso não a preocupava, nem lhe deixava apreensiva, em algum momento durante a tarde se pegou pensando em como evitar algumas fêmeas durante a gestação. Não por maldade ou desafetos, Jessie apenas as queria preservar e se preservar de receber aquele olhar melancólico.

Apesar dos avanços que a medicina está fazendo entre os Novas Espécies, fêmeas ainda não podiam engravidar, e isso para algumas estava se tornando uma ferida à medida que mais companheiras humanas engravidavam. E por um momento Jessie pensou em como amenizar a situação para estas fêmeas, desde que acasalou e que se tornou legalmente um NE se sentiu tão responsável quanto seu companheiro pelo bem estar de cada NE em Homeland e na Reserva. E agora com a gestação via uma oportunidade de atuar mais no campo político com Justice e menos em campo, afinal montou uma boa equipe e pode coordená-los da central de segurança.

Os pensamentos de Jessie foram interrompidos pela entrega de sua refeição, jantaria sozinha naquela noite pois seu companheiro ainda estava a caminho da reserva. Preferia contar a novidade da gravidez em casa, mas os compromissos de Justice na Capital e sua ultima missão de campo os manteve separados por uma semana. E talvez por isso demorou tanto para descobrir a gestação. Seu companheiro também não teve tempo de notar a mudança em seu aroma e em seu corpo, atolados em trabalho.

Mais uma preocupação que deveria incomodar Jessie, como a incomodou no início da relação, porém, a mesma apenas reorganizou sua agenda durante o jantar. Jessie aproveitou também para organizar a agenda de Justice, atividade que já estava familiarizada, tentando ao máximo liberar espaço para ambos. E apesar de amar o manjar de coco, que lhe serviam sempre que estava de visita na Reserva, desta vez só seu cheiro já a deixou enjoada.

E foi mais tarde naquela noite, em que Jessie encarava o nada no quarto escuro enquanto acariciava a pequenina protuberância em sua barriga, algo surgiu. Um pequeno e inofensivo pensamento que sem notar, a feriu. A ruiva não pensava tanto em maternidade, e nas poucas vezes que fantasiou sobre isso durante sua vida, filhos eram desejados sim, três para ser exato. Três filhos, dois meninos e uma menina.

Por um momento Jessie ficou triste, tentou não alimentar essa sensação, mas aos poucos foi dominada pela ideia de que nunca conheceria sua filha. Ela amava seu companheiro, tanto quanto sabia que amaria seu filhote. Todos os filhotes que teriam. Entretanto, nenhum deles seriam como ela. Seus filhotes seriam lindos, como o pai, tinha essa certeza. O filhote em seu ventre teria a pele bronzeada como a do pai, e seus cabelos negros e espessos, as maçãs do rosto seriam proeminentes e lindas como o pai. E era isso, seu filhote seria lindo como o pai. Mas de Jessie nada lembraria.