16 de Novembro de 1978 - Espionagem

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Alastor Moody tinha passado para Ordem da Fênix informações apuradas que Frank Longbottom tinha conseguido depois de uma investigação minuciosa no Ministério da Magia. Ambos acreditavam que os Malfoy tinham envolvimento direto com Voldemort, no entanto o Ministro em pessoa – Haroldo Minchum – havia vetado uma revista na mansão da família. Como o governo decidiu não agir, a Ordem agiria por si. 

Depois dessa reunião, James se achou perfeito para a missão de espionar os Malfoy. Ser um animago se provava cada vez mais vantajoso, Sirius também se ofereceu como voluntário e – com um pouco de pressão – Pettigrew aceitou fazer parte da investigação também. Claro, nenhum deles disse ser um animago, não só para não expor Remus, mas Moody continuava sendo um auror do Ministério e a magia que fizeram continuava sendo ilegal – no entanto só porque não haviam se registrado.  

Então, lá estavam os três, acabando de montar um acampamento com os mais reforçados feitiços de proteção para espionarem os Malfoy. A ideia era ficar apenas do lado de fora e observar a movimentação da casa, quem entrava e quem saia, só que talvez eles conseguissem entrar.

– Tem certeza disso? – Perguntou Peter saindo da barraca junto com Potter. 

– É claro. Os Malfoy jamais reparariam em um rato no meio deles, e você sempre soube ser discreto. – Pettigrew achou melhor não falar que ele dava a impressão de ser discreto porque seus amigos sempre chamaram mais atenção.– Óbvio que eu não vou poder entrar com na minha forma animago, mas foi pra isso que eu trouxe a velha capa da invisibilidade, não?

Os dois que discutiam o assunto passaram a reparar em Black depois que ele deu uma risada – que poderia muito bem ser confundida com um latido. Quando acabou de fazer o último feitiço de proteção, Protego Totalum, ele se virou para o irmão com a expressão debochada e de braços cruzados. 

– Você não vai entrar! – Com essa afirmação James fechou a cara nada contente com a imposição. 

– Eu não me importo de esperar aqui se você quiser entrar, Sirius! – Wormtail se apressou em dizer para livrar sua pele. 

No entanto, Peter também queria evitar uma briga arriscando que os dois entregassem a posição deles. A cena lembrava um pouco a época do colégio, quando os dois discutiam sobre com qual etapa da pegadinha de Halloween queriam executar. 

– Não, Wormtail! Você vai, sua forma animago é mais discreta do que a minha e de Prongs! – Falou apontando para Pettigrew, em seguida apontou o irmão. – Mas ele, definitivamente, fica! Por dois motivos! – Então, entrou na barraca para pegar a capa e os amigos o seguiram. – Primeiro, Evans, mais conhecida por nós como futura senhora Potter, só não se escalpelou de preocupação pois não entraríamos na casa. Sem falar que essa ideia de casar foi sua! Se você morrer antes disso, a ruiva vai até o inferno pra te trazer de volta só para te matar de novo. – Falou em tom acusatório para James.

– Sabe, faz sentido, Prongs. – Peter não pode deixar de concordar.

– Segundo ponto muito importante! – Continuou ainda apontando o irmão. – Ter um cervo do lado de fora de uma casa no meio de uma floresta é muito mais normal do que ter um cachorro preto gigante que se parece com um sinistro. – Sorriu convencido de que Potter não teria como refutar nenhum dos argumentos. 

Mas não pensem em momento algum que Black estava feliz de entrar na mansão, muito pelo contrario. Rever sua tão odiada prima Narcisa – cujo nome combinava muito bem com a personalidade vaidosa – e não poder lhe lançar uma bela azaração era horrível. 

– E, Prongs? – James suspirou antes de se virar para Sirius uma última vez. – Não se esqueça do espelho, precisaremos falar com você de algum jeito.

A Ordem da Fênix Original {CONCLUÍDO}Onde histórias criam vida. Descubra agora