Que vento forte esse que fazia sobre minha face. Arrastava os restos de comida e os papéis deixados pela calçada. A criança, acompanhada da mulher, chorava ao ser traída pelo redemoinho, que levara seu sorvete de chocolate junto ao lixo acumulado. Criança essa que parecia-me estar acima do peso, com relação as outras de sua idade. Certamente, era consequência da má alimentação que parecia estar acostumada em consumir.
Para aquele que me lê, devo informar-lhe que esses descritos ainda tratam-se da manhã de domingo. Eu, estou a caminho da casa de Gabriel. O motivo? Não sei bem dizer. Era apenas dia de domingo. Nos dias de domingo ía à casa de Gabriel. Era isso o que sabia. E fazia.
Virei a esquerda, passando por uma lanchonete que expunha em um cartaz, não muito longe dalí, com um convite para "degustar a melhor comida fastfood do mundo". Não sei para qual tipo de pessoa o cartaz tentava atrair, mas, certamente, considerar uma comida fastfood algo "bom" evidênciara a péssima dieta alimentar desses consumidores.
Após alguns passos, vi-me na entrada do edifício em que Gabriel morava. Entrei. No elevador, apertei o número 6. Fiquei me imaginando em um daqueles momentos cinematográfica, em que os amantes dos filmes escolhem e dividem, ao acaso, o mesmo elevador. Fiquei na expectativa de que Julie Hans surgisse diante das portas que se abriam vez ou outra. Contudo, nada aconteceu. Cheguei ao sexto andar e me dirigi ao apartamento de meu amigo. Já dentro do local, compartilhei algumas doses de álcool e as esperadas descrições daquela garota de sexta-feira com o anfitrião e Müller, que havia chegado minutos antes que eu.
Eles não ficaram apenas servindo como ouvintes. Também deram relatos de acontecimentos amorosos. Principalmente Müller.
Continua......
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Meus dias com ela
RomanceCaro leitor, quero adverte -lhe, antes de tudo, que essa não é uma daquelas repetidas história de amor. Pelo contrário. Essa é a história de como Julie Hans partiu meu coração- aquela vaca. Boa leitura!