Prólogo

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Mais uma vez lá estava Kita discutindo com seu pai, o mais velho não conseguia aceitar o fato de que seu filho não queria saber de um ômega ou que nem sequer tivesse a curiosidade de conhecer um.

-Quantas vezes vou ter que te dizer, você é um alfa!
Se comporte como tal, tem que decidir o que quer da sua vida!

Falou o mais velho o reprimindo mais uma vez, pois até os dias de hoje não tinha interesse em qualquer tipo de relação com ômegas

-Quantas vezes vou ter que te dizer que não quero conhecer ômega algum?
É tão difícil entender?!

Falou o platinado e seu pai esbravejou mais uma vez

-Uma hora ou outra você vai ter que conhecer alguém, ou quer mesmo arruinar nossa família mais uma vez com esse seu jeito?

Falou o mais velho dando ênfase no "mais uma vez" por conta de um incidente passado em que Kita havia rejeitado o ômega que lhe foi apresentado para um casamento arranjado, se recusando a ter qualquer tipo de relação com ele

-Diga o que quiser, não vou ceder aos seus caprichos e fazer o que você quer.
Acho que se acostumou tanto a ter sempre tudo o que quis em sua vida que não respeita nem mesmo a vontade do próprio filho, não é mesmo?
Estou cansado de todos os dias ter você falando na minha cabeça que preciso arrumar alguém logo!

Falou o mais novo já nervoso

-Quer saber, pra mim já chega de todo esse caos, estou me mudando daqui hoje!
Não foi você quem disse que eu precisava decidir o que fazer da minha vida?
Pois então, decidi que agora não quero mais olhar na sua cara!

Falou dando as costas para seu pai

-E de onde vai tirar dinheiro para se manter sozinho?
Você precisa de mim garoto, sem mim você não tem onde cair morto!

O alfa riu ao escutar aquilo, a estupidez de seu pai só o fez ter mais certeza de que nunca precisou dele

-Sempre andou tão ocupado com seu trabalho e suas coisas fora de casa que nem sequer se deu conta de que estou trabalhando já faz mais de um ano.

Falou Kita em tom sarcástico

-Como eu já te disse, não preciso de você, nunca precisei.
Agora se me da licença, vou arrumar as minhas coisas.
Não quero mais olhar pra sua cara nem sequer um segundo.

Falou dando as costas e indo para o andar de cima, adentrando em seu quarto e pegando as duas malas que estavam guardadas em baixo da cama
Colocou todas as roupas que havia comprado com seu próprio dinheiro ali, fez questão de não levar nada que seu pai havia lhe dado, não podia dar nem um motivo sequer para que o velho fosse lhe procurar.
Assim que terminou de arrumar suas coisas, desceu para o andar de baixo, abrindo a porta e voltando somente para deixar a chave em cima do criado mudo, mas antes que pudesse sair, sentiu a mão de sua mãe tocar seu ombro de forma delicada

-Sabe que se precisar de algo sempre vou estar aqui não é?

Sorrindo fraco o alfa concorda e deposita um beijo carinhoso na testa da mais velha

-Não precisa se preocupar comigo, já faz algum tempo que tenho planejado isso, não é como se tivesse sido tudo em cima da hora, eu só adiei um pouco mais por sua causa mãe.
Espero que fique tudo bem por aqui.
Sempre que quiser me visitar vai ser muito bem vinda, a única pessoa que não quero mais ver a cara nem por um segundo é daquele velho que só fez infernizar a minha vida até os dias de hoje.

Falou e soltou um suspiro pesado.
Já estava falando demais, não queria deixar sua mãe preocupada

-Eu te amo mãe, vou te mandar notícias todos os dias.

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