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Na noite do jantar, eu havia hesitado por alguns minutos antes de ir atrás da Charlie, que não era Charlie, e havia conseguido ver sua silhueta entrando em um carro.
A segui até a casa que eu julgava tê-la visto entrar e no dia seguinte, lá estava eu tocando a companhia. Eu não sabia o que dizer e muito menos se ela estaria lá porém o meu coração não me deixava tomar outra decisão. Eu estava desesperado por ela.
— Olá? — Uma mulher morena apareceu sorridente na porta.
— Oi, eu sou...Jaden. — Forcei um sorriso, o que eu iria dizer para ela?
— Bem vindo genrinho. — Ela sorriu animada enquanto eu arqueava as sobrancelhas.
— Eu sou Brianna Smith, creio que está aqui pela minha filha.
Não tive tempo para respondê-la já que ela simplesmente sumiu e empurrou uma garota morena para a porta. Madelyn Smith?Era impossível que ela fosse a Charlie.
— Madelyn? — Perguntei confuso, enquanto ela dava um sorriso parecido com o da mãe dela.
— Fico feliz que você tenha vindo me ver, não que eu estivesse esperando por você! Longe de mim.
— Você é a...Charlie?
— Charlie? — Ela perguntou confusa.
Ela não era a Charlie , eu podia ver pela altura da garota.
A Charlie era menor do que eu e Madelyn era praticamente da minha altura. Eu também sabia que aquela não era a voz da garota da noite passada, não mesmo.
— Esquece! Mora mais alguma garota nessa casa?
—Só a minha irmã Maria mas eu te garanto que ela não é quem você procura! — Ela disse de forma desesperada e então se aproximou de mim, passando a mão pelo meu rosto.
— Você é tão bonito, eu não acredito que você está aqui. Sorri animado por perceber que a garota que estava mexendo com o meu coração, não era a Madelyn.
A minha Charlie jamais diria aquilo, ela não era a fim de mim e aquela era a melhor parte dela.
— Eu não vim aqui por você Madelyn, sinto muito. — Tirei suas mãos do meu rosto, vendo seu sorriso se desfazer aos poucos.
— Você veio sim! Pode ficar para jantar se quiser, o meu pai vai chegar em breve.
— Não insista por favor. — Dei um passo para trás.
— Você jura que a Maria é a única garota que está aí além de você?
— É claro que sim! — Ela cruzou os braços. — E eu não consigo entender essa sua atitude!
— Então eu quero falar com ela. — Dei de ombros, vendo a raiva invadir o seu olhar. Era como se eu tivesse agredido alguém da família dela.
—Babaca.
A ruiva entrou dentro da casa e então saiu batendo os pés. Eu não sabia ao certo se ela chamaria a garota mas resolvi esperar, logo a outra garota também ruiva apareceu com os braços cruzados.
Olhei em seus olhos que eram azuis e ela era mais baixa do que eu. Apesar de que aqueles olhos não eram familiares e que eu não estava sentindo aquela sensação, haviam grandes chances da Maria ser a Charlie.
— Você...se lembra de ontem? — A encarei, esperando alguma reação dela que continuava me encarando sem sentimento algum.
— Sei lá garoto. — Ela deu de ombros— Eu vou sair com você no final de semana e você paga, aí a gente pode começar a conversar.
