Vermelho sangue e azul turquesa

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Rosas azuis turquesa e sangue eram as coisas predominantes na cena. Izuku estava completamente congelado, mas não era pelo cheiro de sangue, e sim pelo menino albino encolhendo chorando no meio das flores.

— Kae, mandem ele cercar o perímetro, acho que encontrei o refém.— Izuku avisou aí policial, que também estava chocado.

Devagar e aos poucos, Izuku caminhou para perto do garoto, que o olhou assustado. Na tentativa de transparecer calma e segurança ao menino, Izuku esboçou um sorriso simpático e um olhar acolhedor em sua face.

— Está tudo bem, posso sentar ao seu lado?— A voz calma e melódica do esverdeado pareceu fazer o garoto relaxar, e hesitante ele assentiu bakancando sua cabeça cheia de cachos brancos. Com cuidado, Midoryia se sentou ao lado do garoto.

Apesar de poder parecer arriscado, o menino tinha muita noção do que estava fazendo. No trabalho final da faculdade, Izuku tinha feito um estudo de 23 páginas sobre como lidar com reféns e vítimas de sequestro, violência ou outro crime. Ele poderia arriscar dizer ser o mais apto da delegacia para esses casos.

— E-Ele... ele está aqui?— a voz rouca e tímida do garoto soou, e Izuku sentiu a vontade absurda de socar quem quer que o deixou naquele estado.

— Vamos acha-lo. Qual seu nome?— enquanto mantinha constante contato visual, Midoryia conseguiu perceber mais detalhes do garoto.

Ele possuía pele pálida, olhos azuis escuros e profundos, corpo magro e machucado. Além disso, alguns brotos de rosas nasciam do braço do menino, eram provavelmente sua individualidade. Ele parecia atordoado e seus olhos já não tinham luz.

( ele era assim)

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( ele era assim)

— K-Kanashi Itami, eu

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— K-Kanashi Itami, eu... eu estou com frio.— Foi ai que Izuku percebeu como aquela casa era gélida e fria. Imediatamente, o esverdeado acenou para o policial que estava na porta dar seu casaco. Colocando delicadamente ele ao redor do garoto, o detetive percebeu como o albino hesitava a cada aproximação dele.

— Itami, você não quer um chocolate quente pra esquentar? Meu amigo trouxe e acho que vai gostar...— Um brilho rápido nos olhos do albino aqueceu o coração do esverdeado, quebrava seu coração ver pessoas naquela situação e era revigorante vê-las felizes ou animadas. Calmamente, o esverdeado se levantou, tentando não assustar o garoto com movimentos muito rápidos. Quando o albino foi se levantar, Izuku percebeu que ele so vestia alguns trapos que mal cobriam seu corpo e sentiu o ódio subir a cabeça.— Não quer colocar uma roupa melhor? Acho que não esta muito confortável nesta.— Quando o garoto assentiu, Izuku o guiou para fora da casa até o carro e deu um sinal para os policiais vasculharem a casa. No carro, Izuku pegou suas roupas extras de policial e as entregou para Itami vestir, não sem antes colocar o pano preto usado para esconder cadáveres como uma cortina, dando mais privacidade ao menino.

Quando ele acabou, Izuku arrumou as coisas e percebeu como o garoto era magro e frágil. Entao, ele pegou a garrafinha de Kaemaki, que continha o prometido chocolate quente.  Assim que Itami tomou o primeiro gole, o brilho nos olhos dele se fez presente novamente e Izuku deu um sorriso calmo.

— Itami, eu tenho que inspecionar a casa, enquanto eu não volto fique aqui tomando chocolate quente ok?— O menino assentiu, voltando seu foco para a bebida quente. Quando ia saindo, percebeu uma forte dor nas costas arranhadas pelos espinhos das rosas.

— Droga.— ele disse baixinho se aproximando do policial chefe, que já havia rondado a casa. Todos ao redor dele tinham caras deprimentes, e isso não era um bom sinal.

— Detetive Midoriya.— Ele disse com a voz levemente trêmula.— Encontramos essas fotos e um porão escondido e... acho melhor ver por si só...

Midoriya encarou as fotos sem acreditar. Eram fotos de um homem, que usava uma máscara medonha escura, tocando Itami. Era nojento. Lutando a vontade de vomitar, Izuku as folheou. Tinha fotos de Itami sendo torturado, mas com uma aparência bem mais jovem, aparentemente ele era criança nessa época. Outras mostravam ele desde criancinha sendo estuprado das piores formas possíveis. Uma chamou a atenção de Izuku, era Itami inconsciente e o tal homem cortando as rosas que nasciam de seu braço, ao redor haviam varias coisas semelhantes a um laboratório, o que era medonho.

— Onde é o porão escondido?— Izuku tentou manter sua voz o mais firme e não abalada possível, mas aquelas imagens eram mais fortes que as mostradas na área de autopsia da policia, e isso não era pouca coisa.

Enquanto isso...

— Que comportamento absurdo!! Eu duvido minha licença de herói que aquele menino é só um estagiário narcisista!!— Eraserhead disse ao policial ao seu lado, que o olhou enojado.

— Sinto muito senhor Eraserhead, mas ele é realmente o detetive chefe da operação indicado pelo próprio Naosama. Se alguém é um gênio aqui, é ele!!—Depois o policial saiu para acompanhar Izuku enquanto ele entrava na casa deixando um herói com o queixo caído.

"Nezu vai querer saber disso!" Foi o que ele pensou.

Continua...
832 palavras

DETECTIVEOnde histórias criam vida. Descubra agora