O ÚLTIMO lugar que Taylor esperava passar a tarde de sábado era numa quadra de esportes, assistindo policiais e bombeiros jogarem basquete. Ficou de mau humor por quase todo o primeiro quarto, os cotovelos nos joelhos, o queixo nas mãos. Afinal, Joe não havia mencionado o jogo, não a havia convidado diretamente. Estava lá para testemunhar o que era obviamente uma importante rivalidade anual apenas por causa da sobrinha. Não que isso tivesse importância para ela, garantiu. Joe, certamente, não tinha obrigação de incluí-la em seus divertimentos pessoais. O canalha.
Ao lado dela, Aly estava no paraíso do basquete, torcendo pelos camisas vermelhas com o entusiasmo apaixonado de uma admiradora incondicional. Os olhos castanho-claros brilhavam enquanto ela seguia os movimentos na quadra do antigo ginásio na zona oeste.
— Não é um jeito tão ruim de passar a tarde — comentou Bella acima do som agudo do apito do juiz. — Olhando um bando de caras meio despidos suar. Por falar nisso, seu cara é bem bonito.
— Já lhe disse, não é o meu cara. Nós apenas...
— Sei, você me contou. — Rindo, Bella passou um braço pelos ombros de Taylor. — Alegre-se, Tay. Se tivesse ido com Austin e os meninos descarregar o carro na casa de Gigi, seu irmão a estaria interrogando agora mesmo.
— Você tem razão. — Deixou escapar um suspiro. Apesar de supostamente aborrecida, estava acompanhando o jogo com atenção. Os tiras perseguiam Joe o tempo todo, observou. Não era uma estratégia ruim, já que ele jogava como um trator e fizera sete pontos no primeiro quarto. Não que estivesse contando...
— Ele não me falou sobre este jogo — resmungou.
— Oh? — Lutando para não sorrir, Bella passou a língua nos dentes. — Devia ter outra coisa em mente. Ei! — Ficou de pé num pulo, como quase toda a multidão, quando um dos camisas azuis deu uma forte cotovelada nas costelas de Joe. — Falta! — gritou Bella, as mãos fazendo uma concha na boca.
— Ele aguenta — resmungou Taylor, e tentou não se incomodar quando Joe se aproximou da linha para fazer o lançamento. — Tem um estômago de ferro. — Lutou entre o orgulho e o ressentimento quando ele converteu os três pontos.
— Joe é o melhor. — Aly sorriu, já mergulhada na adoração ao herói. — Viu como ele se move para o campo adversário? E tem um salto sensacional. Já bloqueou três lançamentos sob a cesta.
Então, talvez ele fosse bom, admitiu Taylor. Aquelas longas e musculosas pernas pulando, aqueles ombros largos molhados de suor, todo aquele cabelo maravilloso voando enquanto se virava ou pulava. E também via aquela expressão nos olhos dele, feroz e arrogante. Assim, talvez quisesse que ele vencesse. O que significava que ficaria em pé e torceria.
No terceiro quarto, ela já estava em pé, como o resto da plateia, gritando e erguendo os braços, quando Joe fez três cestas de falta, e com isso os Smoke Eaters passaram os Bloodhounds em dois pontos.
— Direto no saco! — gritou, segurando o braço de Bella. — Você viu aquilo?
— Ele tem movimentos extraordinários — comentou Bella —, mãos rápidas.
— Sim... — Taylor sentiu um sorriso idiota se espalhar pelo rosto. — Nem me diga.
O coração aos pulos, ela se sentou de novo. Estava inclinada, o olhar preso à bola. O som de pés correndo ecoava enquanto os homens avançavam pela quadra. Os tiras fizeram um lançamento: os Smoke Eaters o bloquearam. A confusão que se seguiu deixou dois homens no chão e os demais rosnando uns para os outros enquanto o juiz apitava. Agora, pensou Taylor, zangada, estavam jogando sujo. Com uma exclamação de desprezo, mergulhou a mão num saco de amendoim salgado que Bella lhe oferecia. O treinador pediu falta. Cotovelos voavam, uma mistura de corpos sob a rede enquanto a bola subia, batia na borda, era perseguida.
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Amor & fogo
FanfictionJoseph Alwyn, o tipo de cara que faz o que tem de ser feito, sem se importar com os obstáculos. Taylor Swift, fria, calma, contida. Até alguém transformar sua empresa em fumaça. Literalmente. Criado nas ruas, não se podia dizer que Joe combinava...