My fucking guy (Pausada)

Jasmim

My Fucking Guy
Capitulo 15 

Eu detesto educação física.

Essa foi à conclusão logica na qual cheguei depois do professor ter feito não apenas eu, mas toda a turma, a dar umas dez voltas ao redor da quadra por não termos cumprido com o combinado da semana passada sobre não deixar de fazer a pesquisa que ele mandou, em uma aula teórica.

Mas decido ficar quieto e guardar a mágoa para mim mesmo, pois eu também não tinha feito à pesquisa.

O bom de ter aula prática no último horário de uma sexta feira é que o professor sempre nos libera cinco minutos mais cedo do que os demais. Assim não enfrentamos os tumultos nos portões, na hora da saída.

E hoje não foi diferente. Mesmo bravo conosco pelos deveres que não fizemos ele cedeu a nossa saída com cinco minutos de antecedência, igual aos outros dias.

Passo em frente a algumas turmas do terceiro, caminhando lentamente e apenas percebo de relance que em uma delas havia uma multidão de alunos levantados perto da porta, todos esperando o bater do sinal para serem liberados.

Sequer me preocupo em olhar pra eles, pois minha única vontade era chegar logo aos portões e voltar a minha casa mais cedo. Esperando que meu escolar já esteja a minha espera.

Tomo um tremendo susto quando do nada sinto um braço ao redor do meu pescoço. 

– Cara, você está em todo lugar – Falo para a figura alta e de cabelo platinado que se apoiava em mim.

– Não se sinta especial. Já queria sair daquela sala mesmo, de qualquer maneira – Diz Jhonatan, lançando um olhar pra trás na direção da sua turma – Vamos rápido, acho que minha professora me viu sair.

– Mas... 

Nem me sobra tempo de questionar. O rapaz me puxa pelo braço e sai em disparada, me levando junto. Não consigo nem olhar para trás, a única coisa na qual consigo fazer (ou quase) é correr.

Não falamos nada até ele diminuir o ritmo quando nos aproximamos do estacionamento, que fica ao lado dos portões, separados apenas por um gramado e uma cerca.

Paramos bem no meio de alguns carros, um pouco escondidos. Meu amigo espiava a galera dos portões atrás da lataria dos veículos, tentando não ser notado.

– Espera... Espera só até eu recuperar o fôlego – Falo com dificuldade, tentando ao máximo controlar minha respiração agitada e meu coração que batia violentamente devido a correria.

– Ei, lembra na semana passada que eu te falei sobre um cara chamado Cesar, o aluno novo? – Pergunta ele, focado no pequeno grupo do outro lado, bem em frente os portões, apenas esperando para serem abertos.

– E o quê que tem? – Digo, recuperando o fôlego aos poucos.

– É aquele cara alto ali, de cabelo arrumadinho, apoiado no corrimão – Ele me indica a direção com um aceno de cabeça.

Dou uma olhada não muito sutil na direção do sujeito. Ele mantinha o queixo bem levantado, como se medisse as outras pessoas. Seu cabelo parecia impecável, sem uma única mecha fora do lugar. Isso sem falar da sua postura, que de modo inegável contribuía para sua aparência elegante.

– Ele parece mesmo ser do tipo de cara antipático – Falo.

– E é. Não fala com ninguém e quando falam com ele, ele é um tremendo cuzão. Pelo menos, foi isso que o Igor disse esses dias.

– Entendi. Então ele é tipo você quando a gente se conheceu na quadra.

O platinado se vira pra mim com a testa franzida.