My fucking guy (Pausada)

"Quer vir comigo?"

My Fucking Guy

Capitulo 18

Assim que chego a casa, ainda com a ideia de falar com o Jhonatan vagando pela minha cabeça, me deparo com uma cena tão confusa que faz meus pensamentos saírem voando para todos os lados.

A primeira coisa que me chama a atenção é a Jasmim. Ela está à mesa com uma postura elegante e acompanhada pela a meus pais. Minha mãe parecia paparica-la enquanto meu pai balançava a cabeça em negação em direção à esposa.

A segunda coisa que me chama a atenção é a quantidade de comida presente na mesa: Têm frutas, sucos, sanduíches, bolos, um pudim, pães, café, chá, leite e até um refrigerante. Parecia que meus pais tinham tirado toda a comida da despensa para manter a Jasmim por perto, comprando-a com lanches.

– Ora, fique um pouco mais – Diz minha mãe com os dentes à mostra na direção da vizinha, sem nem notar minha presença – Faz tempo que não nos vemos.

Jasmim concorda com relutância, colocando uma das mechas soltas do seu cabelo atrás da orelha.

Olho para trás na esperança de ter entrado na casa errada. Penso até em sair de fininho, aproveitando o fato de ninguém ter me visto entrar, mas quando dou um passo para trás esbarro no vaso que fica ao lado da porta com a minha mochila e assim chamo atenção de todos os presentes ao redor da mesa na minha direção.

Minha mãe, por mais anestesiada que está pela presença da Jasmim, uma garota na qual gostava tanto, me encarou com um olhar mortal ao ver que quase quebro seu jarro. E muda para o um sorriso mais natural possível, falando em seguida na minha direção:

– Olha só quem chegou. Entre filho, sente-se com sua família.

– O que está acontecendo? – Pergunto ainda receoso com toda cena e me aproximo com passos lentos na direção deles, me esforçando ao máximo a manter uma expressão neutra, que insistia em passar de vergonha a desespero a cada segundo.

– Encontramos com a Jasmim em frente à casa quando chegamos, a mais ou menos uma hora atrás, e sua mãe não resistiu em convida-la para lanchar. Agora ela é nossa refém – Zomba meu pai.

Consigo ver minha mãe dando um chutinho na perna dele por baixo da mesa.

– Fer, por favor... – Diz Elizabeth, minha mãe, dentre um sorriso forçado e colocando suas mãos por cima das de Jasmim – Faz quanto tempo que não recebemos a doce Jasmim em nossa casa, eu senti muita falta dela e de seu carisma. Estamos nos divertindo muito em colocar a conversa em dia, não é mesmo?

– Claro senhor e senhora Cooper. Gostaria de ter tempo o suficiente para vir visitar vocês todos os dias – Responde a garota com gentileza.

Elizabeth balança a cabeça.

– Pode nos chamar de “mãe e pai”, querida. Você já é praticamente da família.

Fuzilo minha mãe com o olhar de mais profundo desespero e ao encarar meu pai em busca de apoio vejo que ele está tão vermelho quanto um tomate, tentando ao máximo segurar sua risada com a mão cobrindo os lábios.

Mantenho meus olhos fixos nele até que ele me encara de volta e toma sua postura de pai responsável novamente e corta minha mãe com uma tosse forçada.

Olho na direção da Jasmim e murmuro “Foi mau” entre os lábios trêmulos. Ela apenas me retribui com um sorriso compreensivo.

Na mesma hora, o relógio da sala de jantar toca, com um bipe irritante, como costuma fazer todos os dias, indicando que a primeira hora da tarde já tinha passado.